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Mundo | 29.01.2018 - 13h42
Mudanças no panorama político europeu
O site Deutsche Welle traz matéria interessante sobre a vitória de Milos Zeman sobre Jiri Drahos à presidência da República Tcheca. Zeman foi primeiro ministro de um governo de centro-esquerda e acabou por assumir uma posição muito mais à direita nos últimos tempos. Ele recebeu a maioria de votos, mais de 51%.Drahos, um liberal convicto, que, como a premier Angela Merkel, também é formado em química, reconheceu a vitória de seu oponente.
Embora tais mudanças no panorama político europeu demonstrem por um lado que grande parte da opinião pública tem optado por não eleger governos de orientação mais à esquerda, e, no caso da República Tcheca, muito em decorrência da posição de tais correntes em relação aos problemas de imigração (Zeman é crítico ferrenho e contrário à imigração), por outro podem dificultar a relação do país dentro da comunidade europeia, a saber, o fato de que Zeman ser pró-Rússia.
Em relação à imigração, o pano de fundo é o mesmo que se estabelece em outros países.
Por um lado, os cidadãos que clamam por empregos para sustentarem a si mesmos e suas famílias de forma digna, e veem na imigração um empecilho a esta demanda; por outro as grandes corporações, que veem a imigração como possibilidade de mão de obra barata, o que supostamente tornaria os negócios mais rentáveis (embora não necessariamente do ponto de vista qualitativo).
Entretanto, na política há a necessidade de desenvolver boas relações internacionais, e sabe-se que Vladimir Putin (presidente Russo) é de difícil trato, que mantém uma relação delicada com a União Européia, e Zeman, buscando reatar as relações desgastadas por dívidas históricas entre os dois países, provavelmente fará um esforço para manter posições favoráveis a Putin e seu governo.
Que se possa ver um desenvolvimento europeu e a resolução destes problemas sem que se precise vivenciar novas e sangrentas guerras.
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