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  • Cultura, Opinião | 02.09.2017 - 13h37

    O Filme da Minha Vida

    Déborah Schmidt

    O Filme da Minha Vida acompanha a história do jovem Tony (Johnny Massaro), que decide retornar a Remanso, sua cidade natal. Ao chegar, ele vê seu pai Nicolas (Vincent Cassel) partindo no mesmo trem, sem explicação, de volta à França.

    Ao mesmo tempo em que precisa lidar com a ausência do pai, Tony se torna professor e se vê em meio aos conflitos e inexperiências da vida adulta. O longa explora o cotidiano do protagonista e seus relacionamentos, seja com os seus alunos, o convívio com Paco (Selton Mello), o melhor amigo do pai, e a descoberta do amor com Luna (Bruna Linzmeyer).

    Baseado no livro “Um Pai de Cinema”, do chileno Antonio Skármeta, de “O Carteiro e o Poeta”, o filme é co-escrito e dirigido por Selton Mello, que após Feliz Natal (2008) e O Palhaço (2011), faz seu retorno de forma bela e melancólica. A direção acerta ao utilizar a paixão pelo cinema como elo entre pai e filho, em especial com a referência ao clássico Rio Vermelho (1948). Há, ainda, uma sequência lírica na qual Tony, literalmente, flutua e que remete à obra de Fellini.

    O filme é uma reverência ao passado, com uma maravilhosa ambientação da Serra Gaúcha nos anos 60 e que entrega lindas paisagens. Com a perfeita trilha sonora de Plínio Profeta, a primorosa fotografia de Walter Carvalho opta por utilizar o primeiro plano, em uma cinematografia que dá a sensação de que estamos assistindo a um filme antigo. A paleta de cores é quase toda em tons pastéis, apenas destacando o vermelho para realçar o tom romântico e, algumas vezes, erótico.

    No excelente elenco, Johnny Massaro consegue transmitir sentimentos apenas com seu olhar triste e distante e Selton Mello interpreta o personagem mais interessante da narrativa. O astro francês Vincent Cassel possui pouco tempo em cena, mas é eficaz como sempre.

    Em certo momento do filme, ao explicar para Tony por que não gosta de ir ao cinema, Paco diz que “este é um troço escuro, que você fica lá dentro vendo a vida dos outros em vez de cuidar da sua e perde duas horas da vida”.

    Da minha parte só tenho a agradecer aos responsáveis por esta obra poética e sensível. O Filme da Minha Vida emociona do início ao fim. Um belo filme que merece ser visto.

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