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Opinião

Vereadores gastam demais em coisas inúteis

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Não parei de analisar os gastos dos vereadores de Pelotas. Há uma conclusão óbvia: eles gastam demais em coisas que podem ser consideradas inúteis.

Devo frisar que não há ilegalidade alguma, pois tudo está de acordo com a lei. Mas sugiro que o povo pense e repense em quem votou.

A Câmara de Vereadores precisa de oxigênio. Na votação que outorgou o aumento de 9,6% aos funcionários da Casa, não foi levada em conta a realidade do funcionário pelotense que labora na iniciativa privada.

Lembro de alguns discursos interessantes.

Otávio Soares, antigo presidente da Casa, disse que um parente seu que trabalhava em seu gabinete era merecedor do cargo, pois trabalhava até mais que ele. À época ele criticava a Lei do Nepotismo.

Voltando ao Legislativo atual, causa estranheza a discrepância do gasto com diárias. A Câmara dispõe de R$ 200.000,00 por ano para estas despesas. Nos primeiros cinco meses do ano, foram gastos R$ 47.985,00, cujo líder é o vereador Ademar Ornel, com R$ 5.840,00 reembolsados.

Há vereadores que não constam da lista.

Ornel, apenas em 2018, esteve 12 vezes em Porto Alegre e uma vez em Canoas.

Ivan Duarte, cujo somatório dos gastos é bem menor, R$ 572,50, foi reembolsado de uma visita a Santa Vitória do Palmar para um Debate no IFSUL. Fico me perguntando se a sua vereança ocorre em Pelotas ou em outra cidade, pois esses debates deveriam se dar aqui em Pelotas e, quando fora, não deveriam ser reembolsados; repito, todavia, não há ilegalidade, mas falta bom senso.

Há um número de despesas suficientes para se escrever uma pauta por dia, quiçá duas ou três.

É necessária uma reflexão.

Você se lembra em quem votou? Você fiscaliza o seu vereador? Você vai até ele? Se sim, ele o recebe? Ele o trata de que maneira.

Há alguns anos fui até o gabinete do vereador em quem votei na Eleição de 2016. Sugeri a ele enviar uma Mensagem ao órgão competente para a solução dos problemas de trânsito na Avenida Francisco Caruccio. Na oportunidade estava junto do meu irmão.

O vereador fingiu anotar o meu pedido.

Algumas semanas passadas retomei o contato e o assessor do seu assessor me disse que ele estava ocupado e me retornaria. Estou aguardando até hoje.

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Cultura e entretenimento

Guerra civil, o grande filme do ano até agora. Por Déborah Schmidt

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Guerra Civil mostra a fotojornalista Lee Smith (Kirsten Dunst) e o redator Joel (Wagner Moura) em meio a uma guerra civil que dividiu os Estados Unidos em diversas facções políticas. A dupla pretende conseguir uma entrevista com o presidente, mas para isso, precisa atravessar um país dividido e enfrentar uma sociedade em guerra consigo mesma. A dupla é acompanhada por Jessie (Cailee Spaeny), uma jovem fotógrafa, e Sammy (Stephen McKinley Henderson), um repórter veterano.

Dirigido e roteirizado pelo premiado Alex Garland, o filme explora uma trama ambientada em um futuro distópico, porém não tão distante e nem tão improvável. Conhecido por filmes como Ex Machina (2014) e Aniquilação (2018) e pelos roteiros de Extermínio (2002), de Danny Boyle e Não Me Abandone Jamais (2010), de Mark Romanek, Garland apresenta uma mistura de ação e suspense ao apresentar a viagem de carro do quarteto de Nova York até Washington. Durante o trajeto, registram a situação e a dimensão da violência que tomou conta das ruas, envolvendo toda a nação e eles mesmos, quando se tornam alvos de uma facção rebelde.

Como a dupla de protagonistas, os sempre ótimos Kirsten Dunst e Wagner Moura criam um contraponto perfeito. Enquanto Lee já está entorpecida e demonstra frieza com relação ao caos, Joel é mais relaxado e conquista o público através do carisma. A serenidade do grupo pertence a Sammy, em um personagem que é impossível não simpatizar, ainda mais com a excelente atuação de  Stephen McKinley Henderson. Cailee Spaeny, que já havia se destacado em Priscilla (2023), repete a qualidade com Jessie, uma jovem tímida, mas ousada, e que está seduzida pela adrenalina da cobertura de uma guerra. Ainda no elenco, Nick Offerman vive o presidente dos EUA, e Jesse Plemons faz uma participação curta, porém intensa, na cena mais perturbadora do longa.

Com a qualidade técnica já conhecida dos filmes da A24, a produção mescla a todo o momento sons de tiros ensurdecedores a um silêncio que fala ainda mais alto, em uma verdadeira aula de edição e mixagem de som. A fotografia de Rob Hardy (parceiro de Garland desde Ex Machina) flerta com o documentário e a trilha sonora de Geoff Barrow e Ben Salisbury (também parceiros de longa data do diretor) é discreta, mas extremamente competente ao servir como alívio de momentos mais tensos.

É instigante acompanhar a jornada desses jornalistas e o filme definitivamente se beneficia deste fato. Através de frames com fotos realistas, em preto e branco, que surgem em meio às cenas mais duras, o filme aposta na fotografia para contar sua narrativa. Mesmo que acostumados com a violência, os jornalistas são os melhores personagens para retratarem essa história e, por mais que tenham seu posicionamento frente ao conflito, o trabalho deles é apenas registrar o que está acontecendo, deixando que o público tire as suas próprias conclusões. Guerra Civil é uma bela homenagem ao papel desses profissionais em momentos de crise.

Em cartaz nos cinemas, Guerra Civil é o grande filme do ano até o momento. Um olhar crítico e sensível, ainda que essencial, sobre a nossa própria realidade.

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Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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