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Opinião

A GRANDE JOGADA

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Roteirista renomado e vencedor do Oscar por A Rede Social, Aaron Sorkin construiu uma sólida carreira na TV com as séries West Wing e The Newsroom. Seu estilo, inconfundível, traz diálogos ágeis em um ritmo verborrágico que também esteve nos bem-sucedidos longas O Homem que Mudou o Jogo e Steve JobsA Grande Jogada marca a sua estreia como diretor.

Após perder a chance de participar das Olimpíadas devido a um grave acidente, a esquiadora Molly Bloom (Jessica Chastain) decide tirar um ano de folga dos estudos e ir trabalhar como garçonete em Los Angeles. Lá ela conhece Dean Keith (Jeremy Strong), um produtor de cinema que decide contratá-la como assistente. Logo, Molly passa a coordenar jogos de cartas clandestinos, organizados por Dean, que conta com clientes ricos e famosos.

Criada por um pai exigente (Kevin Costner), Molly primeiramente focou sua energia no esporte com o objetivo de se tornar uma atleta olímpica, porém acabou se tornando uma simples secretária de um figurão de Hollywood.

Ao organizar jogos de pôquer promovidos por seu chefe, Molly usou de toda sua inteligência para aprender sobre o submundo da jogatina ilegal e fazer todos os contatos necessários para se tornar a maior organizadora de jogos de pôquer repletos de astros de Hollywood, além de magnatas e a máfia russa. Até ser pega pelo FBI.

Baseado na autobiografia da própria Molly Bloom, Sorkin traz, como esperado, sua marca registrada para o filme, ou seja, um texto extremamente bem escrito e didático e diálogos inteligentes, o que dá espaço suficiente para que a história seja bem desenvolvida. Assim, Sorkin não tem dificuldade na direção, entregando um trabalho que, se não é excepcional, ao menos cumpre aquilo que promete.

Quase todo narrado em off, o filme se destaca por ser protagonizado por uma das melhores atrizes da atualidade. Jessica Chastain vive a “princesa do pôquer” com a força de uma mulher única, daquelas que sabe o que quer e o que precisa fazer para alcançar seus objetivos.

Ao seu lado, o ótimo Idris Elba interpreta Charlie Jaffey, o advogado de Molly, em um personagem construído com o propósito de contestar a protagonista. Entre os coadjuvantes, Michael Cera aparece como o Jogador X apenas para representar o astro de Hollywood que dominava as noites de pôquer na época.

Em uma jornada sobre fracasso e sucesso, A Grande Jogada acerta com o carisma de Jessica Chastain e a estreia promissora do brilhante roteirista Aaron Sorkin como diretor. Um ótimo filme que vale a pena ser conferido.

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Brasil e mundo

Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Opinião

De fato, Pelotas “mudou”

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Às vezes encontro com pessoas que estão voltando a morar em Pelotas. É comum comentarem isso: “Pelotas mudou. Havia uma vibração visível. Tinha uma intelectualidade… hoje não tem mais. O Sete de Abril, mesmo, está fechado… há 14, 13 anos… é isso mesmo?”.

Aqui vão sete coisas que parecem ter mudado a vida em Pelotas. Nem pra pior nem pra melhor. Apenas a vida mudou.

1. Condomínios fechados: as pessoas se preocupam mais com o condomínio do que com o passeio público. Com sua vida em seus espaços fechados ou, se abertos, integrados, como o Parque Una.

2. Alunos da UFPel vêm de fora por causa do Enem. Vão embora nas férias e no fim do curso. Não são daqui. Não chegam a formar um elo emocional forte com a cidade.

3. Professores da UFPel vêm de fora.

4. A cidade se espalhou.

5. A população está envelhecendo.

6. Digitalização da vida, com trabalho remoto.

7. Globalização, compras pela internet, streaming.

O mundo mudou.

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