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A lição belga útil ao Brasil

Felipe Camozzato √

O hexa não veio. Mas por que não aproveitamos a ocasião pra fazer do limão uma limonada e aprender um pouco com as experiências estrangeiras? O que aconteceu em campo deixamos pros jornalistas esportivos analisarem, mas e fora dele?

Localizada no centro do continente europeu, a Bélgica tem uma economia diversificada, com uma ampla combinação de transporte, serviços, manufatura e indústrias high-tech, o que ajuda a explicar a 13° posição em termos de renda per capita com US$ 48 mil.

Com uma estrutura política bastante particular, o país é uma monarquia constitucional popular e, ao mesmo tempo, uma democracia parlamentar federal. Possui ao todo seis parlamentos e governos que destinam-se a distribuir o poder entre as comunidades regionais e linguísticas: holandesa (60% dos habitantes), francófona (40%), e também a de língua alemã (menos de 1%).

Atualmente, o governo de centro-direita do primeiro-ministro Charles Michel tenta diminuir o déficit público, a fim de combater a alta dívida pública, de cerca de 104% do PIB. Nessa linha, o governo comprometeu-se com um programa de reformas para melhorar a competitividade da Bélgica, incluindo mudanças nas regras do mercado de trabalho e benefícios sociais.

Em 2017, a Bélgica aprovou um plano de reforma fiscal para reduzir as taxas corporativas de 33% para 25% até 2020, com o objetivo de estimular a competitividade e o investimento privado.

Enquanto isso, por aqui ainda parece difícil um movimento no sentido de eliminar ou baixar taxas e impostos (e tem quem queira aumentá-los), e muitos insistem em adiar ou barrar reformas indispensáveis para o país.

√ Felipe é vereador em Porto Alegre.

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