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Brasil e mundo

“Radiodifusão e falsidades”. Por Renato Sant’Ana

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Renato Sant’Ana √

Um dia ainda largo o vício de ouvir rádio. Mas enquanto não consigo, aproveito para examinar certa militância travestida de jornalismo – a farsa de fulanos que não respeitam a sua própria condição de repórter.

Dia destes, tive o azar de, ligando meu vício depois do almoço, sintonizar a Rádio Guaíba. Entrevistavam e lhe davam status de autoridade a uma tal Sinara, que não sei quem é.

Pois com estes ouvidos que a terra há de comer escutei-a prelecionar: “O comunismo não matou ninguém, quem matou foram as ditaduras. Existe ditadura comunista e capitalista. E o comunismo é uma ideia, e as ideias não matam.”

Oh, sim, ideias não matam, assim como armas não matam: são homens que, munidos de ideias nefastas ou de armas letais, assassinam os seus semelhantes. Achar que uma ideia odiosa é inofensiva é tão estúpido quanto dizer que um revólver não é letal.

Mais de 76 milhões de chineses foram mortos pelo regime comunista entre 1949 e 1987, além dos 3,5 milhões de civis que o Partido de Mao Tsé-Tung já tinha assassinado antes de consumar a revolução chinesa (totalizando 80 milhões); e na União Soviética o regime comunista matou 62 milhões de pessoas entre 1917 e 1987. São mais de 140 milhões de mortos em apenas dois casos! Para a entrevistada, porém, a matança de pessoas perpetrada pelos profetas vermelhos não teve a ver com o comunismo.

Vale lembrar que “comunismo” é um regime político, ao passo que “capitalismo” é um sistema econômico. Agora se, por um lado, existem ditaduras cujo sistema econômico é capitalista, por outro nunca existiu e jamais haverá  comunismo sem ditadura. Porque é da sua gênese eliminar os direitos fundamentais (ou direitos humanos), o que está evidente em todas as experiências concretas, sem exceção.

Aliás, a estratégia revolucionária para impô-lo prevê “forjar um homem novo”, significando modelar as pessoas conforme a engenharia social do partido, reduzindo-as a parafusos de um mecanismo garantidor do regime: quem não se submete é torturado e morto. Liberdade não há!

Mas, que um entrevistado fale besteiras não é, por si só, extraordinário. Dependendo de quem seja, é até previsível. Anormal e inaceitável é, num programa jornalístico, um entrevistado, recorrendo a falsificações, pregar uma ideologia totalitária sem ser questionado.

Sob qualquer aspecto, é insustentável o que a tal Sinara falou. Por que motivo, então, Taline Oppitz e Juremir Machado (os entrevistadores) não questionaram e não a confrontaram com dados históricos que a contradizem Terá sido por serem eles, como se sabe, alinhados com o lulopetismo e guiados pelas diretrizes do nefasto Foro de S. Paulo?

A grande mentira do programa foi a de que o comunismo é uma ideia boa que pode ser mal executada. Todas as experiências (atuais ou pretéritas) mostram que, como regime político, comunismo é totalitarismo (a mais cruel ditadura). E que, no plano econômico, com o Estado controlando tudo, é um fracasso. Mas será que a verdade vence a sedução da mentira?

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Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Leite posta encontro com o Papa

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Atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite foi recebido pelo Papa Francisco nesta quarta-feira (14). Aproveitando o espaço na agenda do Pontífice, levou à Sua Santidade uma réplica das ruínas das Missões e uma caixa com camisas do Grêmio, do Inter e do Xavante, pra ficar de bem com todas as torcidas.

Aproveitando, convidou o Papa a visitar o Rio Grande do Sul em 2026, como parte das comemorações dos 400 anos das missões jesuíticas no estado — por coincidência ano da próxima eleição presidencial, sonho que Leite persegue.

No X, Leite postou: “Foi uma conversa muito gentil e muito amável do Papa, que lembrou ter ido muitas vezes à cidade de Pelotas, onde um tio dele (Victor José Bergoglio) morou”.

Leite acrescentou: “A sua mensagem de hoje (do Papa) é muito oportuna. O Papa Francisco falou sobre temperança e pediu aos fiéis que exercitem o equilíbrio. É uma mensagem que serve para as relações nas redes sociais, pessoais, profissionais e políticas nesse mundo tão dividido”. Com essas palavras, Leite, que tem discursado contra a polarização na política, parece confirmar uma impressão. Ele é conhecido nos bastidores como “Governador Casio”. Tudo calculado, nada é espontâneo, com vistas ao pleito de 2026”.

Na última semana, Leite gravou vídeo de apoio a Matteus, participante gaúcho da final do BBB, aproveitando a onda da audiência do programa. Matteus perdeu, contudo, e o comentário é de que “perdeu por causa do apoio de Leite”. Era o comentário hoje na aula do Pilates.

Terá sido a derrota de Matteus um mau agouro para Fernando Estima, de quem se fala que poderá ser candidato dos tucanos a prefeito de Pelotas?

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