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Opinião

Cinema: Sicário, dia do soldado

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Sicário: Terra de Ninguém estreou em 2015 como um bem-vindo respiro no gênero do policial de fronteira.

Indicado a três Oscars, o filme se destacou pela direção de Denis Villeneuve e roteiro de Taylor Sheridan, em uma produção pesada, sombria e claustrofóbica.

Além disso, méritos para a primorosa fotografia do mestre Roger Deakins e a trilha sonora do saudoso Jóhann Jóhannsson. Sicário: Dia do Soldado é a continuação que surge três anos depois do filme original. Mas ela é realmente necessária?

Na trama, o oficial da CIA Matt Graver (Josh Brolin) volta a trabalhar com o misterioso sicário Alejandro (Benicio Del Toro, fantástico), desta vez para uma audaciosa missão: sequestrar Isabel Reyes (Isabela Moner), filha de um chefão de drogas mexicano.

Agora, os cartéis são considerados células terroristas e o objetivo da missão, orientada secretamente pelo alto escalão do governo, é criar uma guerra entre os grupos rivais.

Sem o talento de Villeneuve, quem dirige é o italiano Stefano Sollima, com o roteiro novamente assinado por Taylor Sheridan.

Íntimo dos personagens principais, Sheridan aprofunda ainda mais seus traumas, complementando o que já tinha sido criado.

A narrativa explora a sujeira de ambos os lados retratados, mantendo o clima sujo e sangrento, mas de uma maneira mais crua e sem levantar muito as questões do filme anterior.

Se em Terra de Ninguém, a cinematografia de Roger Deakins entregou cenas memoráveis, Dia do Soldado não apresenta nenhuma inovação estética. Visualmente, os tons amarelados da fotografia de Dariusz Wolski e os ângulos de câmera são apenas réplicas exatas do capítulo anterior.

Dispensável como continuação, Sicário: Dia do Soldado é aquela sequência que ninguém pediu, mas que apresenta uma história envolvente, atual e longe de ser repetitiva.

Com um final que dá espaço para uma terceira parte, fontes afirmam que Taylor Sheridan planeja sim a conclusão da trilogia, inclusive com o retorno de Emily Blunt para o encerramento da franquia.

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Opinião

Incômodas indicações para cargos na prefeitura

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Há pouco a prefeitura demitiu Pai Cleber de Xangô do cargo de “diretor de Patrolamento” da Secretaria de Obras. Numa cidade com muitas ruas de terra nos bairros, o setor é visado. Quando chove, as ruas, esburacadas, alagam. Ao ver a patrola, os moradores ficam felizes. O ponto: segundo o vereador César Brizolara, do PSB, Pai Cleber foi indicado ao cargo pelo vereador Márcio Santos, do PSDB, partido da prefeita Paula Mascarenhas. A demissão veio após Brizolara afirmar que Cleber entregava aos moradores cartões oferecendo serviços religiosos e propagandeando que o serviço de patrola ocorria graças a Santos.

Já na Secretaria de Assistência Social, o servidor Juliano Nunes foi guindado ao cargo de função gratificada de “diretor de Alta Complexidade”. Segundo o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, em depoimento ontem (19) na Câmara, Nunes foi indicado ao cargo pelo vereador Carlos Júnior, do PSD, da base do governo. Como Pai Cleber, Nunes foi afastado do cargo, depois de denúncias de que desviava dinheiro público de beneficiários do Serviço de Prestação Continuada. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado esteve na casa de Nunes, onde fez buscas e apreensões.

Já no Pronto Socorro Municipal, Misael da Cunha, então vice-presidente do PSDB e ex-tesoureiro do partido, foi elevado ao cargo de “gerente executivo do Pronto Socorro”, de onde acabou afastado após a descoberta de pagamentos em duplicidade a uma empresa específica. O caso motivou uma CPI, em curso na Câmara, onde Brizolara tem insistido em que se abra uma outra CPI específica para investigar a Secretaria de Assistência Social.

Por esses casos estima-se os riscos da indicação política de pessoas para cargos-chave. De apelo eleitoral. E que operam verbas.

Vereadores indicando cargos, de qualquer tipo, e a autoridade na prefeitura aceitando, é um sinal da miséria brasileira, da falta de entendimento do papel institucional. Às vezes cansa falar disso.

A imagem da patrola parece resumir o que ocorre.

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