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Brasil e mundo

Os apelos psicológicos

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As propagandas eleitorais são apelos psicológicos aos eleitores para lhes infundir medo nos candidatos adversários, mais que apontar virtudes do próprio candidato. No whatsapp e outras redes sociais, infundir o medo é a prática principal dos candidatos a presidente, e em algum grau também nas campanhas estaduais.

A preponderância do “falar mal do outro” sobre o “falar bem de si” vem do descrédito na política, onde é difícil acreditar em virtudes, sendo mais fácil acreditar em maldades. E não bastassem vários absurdos já ditos pelos próprios candidatos, vídeos apelativos com todo tipo de fake news seguem prosperando.

Essa eleição de 2018 consagrou o poder do whatsapp e minimizou a influência da TV e da própria imprensa, visivelmente menos influentes que as redes de transmissão de vídeos pelo zap. E o teor desses, sem dúvida, foi o de aterrorizar as pessoas com as “maldades” – reais ou imaginárias – do “outro lado”.

O que vem depois disso? Como se governará um país dividido? Qual a postura dos novos governantes em relação às diferenças de opinião que existem hoje na sociedade?

O que se espera, num país democrático, é que o conjunto da população respeite o resultado das urnas e que os governantes, por sua vez, respeitem o pleno funcionamento das instituições. Nestas se incluem parlamentares das oposições e lideranças da sociedade civil, além dos representantes das demais instituições (além do Executivo), às quais cabem o papel de fiscalizar a transparência dos atos dos novos governantes, dentro dos limites legais.

Se não houvessem vozes contrárias seria muito fácil governar qualquer entidade, mas sabemos que até uma reunião de condomínio é complicada. A capacidade de liderar um país-continente, de mais de 200 milhões de habitantes, portanto, dependerá de um respeito ao conjunto da sociedade, que vai muito além dos simpatizantes dos eleitos.

O melhor que se pode esperar dos novos governantes é o chamado “espírito republicano”, que se refere à consciência de governar a “coisa pública” (“res publica”) para todos e, portanto, não só para os seus correligionários.

A partir do momento da eleição, deveriam cessar os ataques aos adversários e o conjunto dos eleitores deveriam ser respeitados, sejam quais tenham sido as suas preferências. Isso de todas as partes, com os derrotados reconhecendo a vitória da outra parte e dos vitoriosos respeitando os adversários e se comprometendo a governar para todos. Será possível isso, após a “guerra eleitoral” de 2018 ? Para o bem do Brasil, é hora das apelações psicológicas serem sucedidas por, em vez de enfrentar adversários, informações úteis para enfrentar os problemas do país.

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Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Leite posta encontro com o Papa

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Atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite foi recebido pelo Papa Francisco nesta quarta-feira (14). Aproveitando o espaço na agenda do Pontífice, levou à Sua Santidade uma réplica das ruínas das Missões e uma caixa com camisas do Grêmio, do Inter e do Xavante, pra ficar de bem com todas as torcidas.

Aproveitando, convidou o Papa a visitar o Rio Grande do Sul em 2026, como parte das comemorações dos 400 anos das missões jesuíticas no estado — por coincidência ano da próxima eleição presidencial, sonho que Leite persegue.

No X, Leite postou: “Foi uma conversa muito gentil e muito amável do Papa, que lembrou ter ido muitas vezes à cidade de Pelotas, onde um tio dele (Victor José Bergoglio) morou”.

Leite acrescentou: “A sua mensagem de hoje (do Papa) é muito oportuna. O Papa Francisco falou sobre temperança e pediu aos fiéis que exercitem o equilíbrio. É uma mensagem que serve para as relações nas redes sociais, pessoais, profissionais e políticas nesse mundo tão dividido”. Com essas palavras, Leite, que tem discursado contra a polarização na política, parece confirmar uma impressão. Ele é conhecido nos bastidores como “Governador Casio”. Tudo calculado, nada é espontâneo, com vistas ao pleito de 2026”.

Na última semana, Leite gravou vídeo de apoio a Matteus, participante gaúcho da final do BBB, aproveitando a onda da audiência do programa. Matteus perdeu, contudo, e o comentário é de que “perdeu por causa do apoio de Leite”. Era o comentário hoje na aula do Pilates.

Terá sido a derrota de Matteus um mau agouro para Fernando Estima, de quem se fala que poderá ser candidato dos tucanos a prefeito de Pelotas?

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