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Pelotas e RS

Programa LGBT da prefeitura ganha fonoaudióloga

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Do site da prefeitura – O Programa de Saúde LGBT da Prefeitura ganhou o reforço de uma fonoaudióloga.

A atuação da profissional soma-se aos serviços da equipe formada por psicólogos e assistentes sociais, além de médicos endocrinologistas oriundos de parceria entre o Executivo e o Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HU/UFPel), filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Juntos, esses profissionais ajudam no processo de transição de gênero daqueles que procuram a unidade em busca de ajuda.

Baseado no Programa de Identidade de Gênero (Protig) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), a iniciativa pelotense nasceu da vontade de facilitar o acesso ao processo transexualizador no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para isso, são realizadas reuniões quinzenais em que os participantes recebem informações sobre temas, como reposição hormonal, um assunto complexo e realizado sem orientação médica por muitos, apesar dos efeitos colaterais.

“Aqui eles são informados de todos os passos necessários para fazer a redesignação e auxiliados nesse processo. Nosso objetivo é acolher cada um em sua especificidade e ajudá-lo a encontrar ou reforçar sua identidade”, afirma a coordenadora, a assistente social Bianca Medeiros da Silveira.

Segundo ela, o programa também atende vítimas de homofobia. “Muitos sofreram violências horríveis e precisam de acompanhamento psicológico. Outros não tem apoio da família e temem o afastamento”, garante a assistente social.

Conforme a psicóloga Angelina Pontes da Silva, colaboradora do programa, alguns usuários chegam com muitas dúvidas, no entanto, a maioria já sabe o que deseja.

No entanto, o processo é longo – leva mais de dois anos pelo SUS – e exige muitas etapas até estar concluído. Os tratamentos envolvem reposição hormonal, terapia e trabalho de voz com a fonoaudióloga.

Mesmo assim, depois de tudo, eles demonstram satisfação por mente e corpo estarem finalmente de acordo. “Por ser uma cirurgia irreversível, precisa ser muito bem pensada e decidida. Nesses casos, o acompanhamento de uma equipe é fundamental, o que antes não ocorria em Pelotas”.

Quando corpo e mentem convergem

Hoje, metade dos pacientes que integram o programa municipal têm suporte familiar, enquanto a outra parte luta contra o preconceito dentro de casa. No caso de Allan Souza, de 34 anos, o processo de descobrimento e aceitação da própria sexualidade foi difícil, passando pela pressão de ter nascido em uma família tradicional e em uma cidade pequena.

Natural de Caçapava do Sul, ele – que nasceu ela – precisou vir para Pelotas, aonde conseguiu libertar-se das correntes que o amarravam ao passado. Nesse processo, a participação no programa da Prefeitura ajudou bastante.

A expectativa agora é pela mudança oficial do nome nos documentos de identidade. “O apoio de uma amiga muito querida também contribuiu para essa descoberta. Foi ela que me ajudou a entender que eu era um homem em um corpo feminino”, conta.

Ele lembra ainda o apoio da mãe, que escolheu a nova identidade: “eu perguntei: ‘mãe, se eu fosse homem, que nome eu teria?’ Rápido ela disse ‘Allan’, e largou ‘tu vai trocar de nome, né?’. Ali foi meu renascimento”.

Souza explica que em seguida passou a participar do programa Saúde LGBT, após ser encaminhado ao SUS. A ideia era entrar no processo de mudança de gênero do Protig, na Capital, mas ele foi abordado pela assistente social Bianca e passou a fazer parte do projeto pelotense, conquistando uma nova vida após iniciar o tratamento hormonal.

“São só rótulos, mas a sociedade pede isso, pede que tu explique tudo da tua vida e isso vem junto no processo de mudança. Hoje minha mente está mais confortável com meu corpo, mas não foi fácil”, revela Souza, que se considera um homem heterossexual e está no programa desde abril de 2018.

Atualmente, participam da iniciativa 15 homens e mulheres com idades que variam dos 18 aos 34 anos. A maioria deseja fazer a redesignação de gênero, no entanto, isso não é regra. Quem quiser fazer parte do projeto, pode ir até a rua Lobo da Costa, 1.764, sala 201, das 7h às 13h ou ligar para 3284-7767. O contato também pode ser feito pelo e-mail saudelgbtpelotas@gmail.com.

Entenda

Criado em 2016, o programa pelotense de Saúde LGBT já atendeu cerca de 30 pessoas. Atualmente, 15 participam das reuniões quinzenais e muitos estão em processo de redesignação. A palavra transgênero refere-se ao indivíduo que se identifica com um gênero diferente daquele que corresponde ao seu sexo. No Brasil, estima-se que exista um caso para cada 30 mil homens e um caso para cada 100 mil mulheres.

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Brasil e mundo

UFPel entregou título de Dr. Honoris Causa a Mujica

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Discretamente, na sexta passada, a direção da UFPel viajou ao Uruguai para entregar a Pepe Mujica o título de Doutor Honoris Causa. A notícia foi divulgada ontem, terça, no site da Universidade.

Algumas frase dos dirigentes universitários presentes à homenagem, às vezes em tom juvenil:

“Pepe é um grande exemplo de pessoa que consegue lutar por direitos humanos, justiça social e democracia. Resistiu bravamente aos movimentos da ditadura e, como um jardineiro, sempre plantou a esperança, a luta e a vontade dessa luta em cada companheiro. Ele planta hoje a esperança para os nossos jovens”.

“Muito obrigada por ser quem é, muito obrigada por nos inspirar a defender a educação como uma forma mais poderosa de semear o futuro”.

“A visão humanista de Mujica ressoa profundamente com os ideais que nós da Universidade Federal aspiramos cultivar, nossa instituição sempre se pautou na crença de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e igualitária, as bandeiras defendidas por Mujica colocam o bem-estar humano e a preservação do planeta acima do materialismo e do consumo desmedido e enlouquecedor, inspiram nossos esforços e reafirmam o nosso compromisso com a busca por dias melhores”.

***

Cmt meu: Mujica é de fato um homem incomum. Coerente. Vive modestamente, de acordo com suas ideias. Há nele uma ausência de vaidades materiais que chega a ser comovente. Se morasse em Pelotas, e fosse professor de Universidade, jamais o veríamos, por exemplo, no Dunas Clube, à beira da piscina, tomando cerveja depois de disputar uma partida de tênis – em greve por salário ainda mais alto do que os que já receberia (R$ 20 mil, digamos), pensando em justiça social num país de esmagadora maioria pobre, com ganhos mensais médios de R$ 3 mil.

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Na cerimônia, Mujica disse: “Sigo confiando em los hombres, a pesar que todos los dias me deconcertan”.

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Pelotas e RS

Assis Brasil sofre com falta de professores e aulas suspensas

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A gente finge não ver, porque choca. Vai tocando a vida. Este o colégio estadual Assis Brasil. A aparência atual fala por si. Descuidado, “sem vida”.

Pais têm agora reclamado que estão faltando professores e que, por isso, muitas aulas são suspensas. O problema de arrasta desde o começo do ano.

Com professores afastados por atestado médico, a escola não tem professores substitutos.

Escolas municipais também têm sofrido com a falta de estrutura. Já nos releases oficiais do governo do estado e da prefeitura, essas notícias não são divulgadas.

Não é preciso imaginar os indicadores de desempenho escolar.

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