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Opinião

Um momento de mau tempo para Pelotas

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Amigos observaram. A atmosfera da cena pública, em Pelotas, anda carregada de nuvens, e com maior frequência.

O que outros estão sentindo, eu tb estou, e é como um “apartamento”, no sentido de que a vida nos tem empurrado para nosso quadrado, circunscritos pela hostilidade do ambiente.

É um sentimento…

Além das próprias dificuldades, a cena pública pelotense reflete a do País, acentuada em nós, porque caminhamos sobre pedras centenárias. Há dias, especialmente os úmidos, em que, nos percursos, a gente sente como se uma farsa houvesse sido descoberta e os envolvidos não a admitissem, por causa das obrigações da representação.

Fosse usar uma imagem, eu diria que a sensação na cena pública local, hoje, é de uma nuvem que não chove, e não chovendo, não deixa transparecer o sol.

O mundo em que vivem os gestores públicos é diferente do mundo em que vive a maioria dos pelotenses, 80% de famílias com renda de até 2 salários mínimos e meio, gente que necessita dos serviços públicos oferecidos pelo Município, cuja qualidade todos conhecemos.

Mesmo assim, nas fotos, as autoridades sorriem, em dessincronia cênica com a realidade ou em descolamento proposital, por proteção emocional.

É apenas um estado de coisas que pode mudar amanhã. Desejamos que mude.

Na iniciativa privada na cidade, apesar de tudo, as coisas vão melhores.

A vida não está fácil em Pelotas

Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

Brasil e mundo

Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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Opinião

Incômodas indicações para cargos na prefeitura

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Há pouco a prefeitura demitiu Pai Cleber de Xangô do cargo de “diretor de Patrolamento” da Secretaria de Obras. Numa cidade com muitas ruas de terra nos bairros, o setor é visado. Quando chove, as ruas, esburacadas, alagam. Ao ver a patrola, os moradores ficam felizes. O ponto: segundo o vereador César Brizolara, do PSB, Pai Cleber foi indicado ao cargo pelo vereador Márcio Santos, do PSDB, partido da prefeita Paula Mascarenhas. A demissão veio após Brizolara afirmar que Cleber entregava aos moradores cartões oferecendo serviços religiosos e propagandeando que o serviço de patrola ocorria graças a Santos.

Já na Secretaria de Assistência Social, o servidor Juliano Nunes foi guindado ao cargo de função gratificada de “diretor de Alta Complexidade”. Segundo o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, em depoimento ontem (19) na Câmara, Nunes foi indicado ao cargo pelo vereador Carlos Júnior, do PSD, da base do governo. Como Pai Cleber, Nunes foi afastado do cargo, depois de denúncias de que desviava dinheiro público de beneficiários do Serviço de Prestação Continuada. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado esteve na casa de Nunes, onde fez buscas e apreensões.

Já no Pronto Socorro Municipal, Misael da Cunha, então vice-presidente do PSDB e ex-tesoureiro do partido, foi elevado ao cargo de “gerente executivo do Pronto Socorro”, de onde acabou afastado após a descoberta de pagamentos em duplicidade a uma empresa específica. O caso motivou uma CPI, em curso na Câmara, onde Brizolara tem insistido em que se abra uma outra CPI específica para investigar a Secretaria de Assistência Social.

Por esses casos estima-se os riscos da indicação política de pessoas para cargos-chave. De apelo eleitoral. E que operam verbas.

Vereadores indicando cargos, de qualquer tipo, e a autoridade na prefeitura aceitando, é um sinal da miséria brasileira, da falta de entendimento do papel institucional. Às vezes cansa falar disso.

A imagem da patrola parece resumir o que ocorre.

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