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Opinião

O que leva alguém a arriscar a vida?

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Odilson Silva, médico, do Facebook do autor

Meu pai, antes da maioridade, falsificou a assinatura da minha avó, para alistar-se e ir à 2a Guerra Mundial. Nos dias de hoje, qualquer jovem diria que é loucura. Talvez seja mesmo, pois tinha clara noção de que poderia morrer. Mas o que move cada pessoa, nós não temos como avaliar.

Talvez ele tenha feito isso por puro patriotismo. Não tenho como saber. Talvez princípios morais ou ideológicos, a necessidade de participar de algo maior e sentir-se útil, ou simplesmente um impulso de um jovem.

O fato é que ele foi à guerra, lutou e voltou.

Além das lembranças, ficou o trauma, algumas cicatrizes no corpo e no subconsciente, e algumas medalhas, que talvez só tenham algum valor para algum colecionador. Para o mundo, meu pai não existiu, mas para mim, mesmo morto, ainda é um dos meus heróis.

O que leva alguém a arriscar a vida? A adrenalina, a emoção, o dinheiro, a fama, o desafio… São muitos os motivos. Da mesma forma, são muitos os arrependimentos. Um corredor de fórmula 1, mesmo sabendo que pode morrer a cada corrida, chega ao seu limite, por todos esses motivos listados acima. O que faz alguém surfar uma onda gigante? Saltar de paraquedas? Escalar o Everest? Fazer a travessia entre 2 edifícios, na corda-bamba, sem equipamentos proteção?

São muitas situações possíveis e muitas sem resposta. Ou com uma resposta simples: Pelo prazer!

Mas há quem arrisque a vida, todos os dias, por necessidade, e nem sempre por prazer. Há quem arrisque a vida, para manter-se vivo. Para sobreviver e sustentar sua família. Assim é com o policial militar, bombeiros, pescadores de alto mar, eletricistas de helicópteros, mineiros, pedreiros, motoboys, dublês de ação e tantos outros.

Hoje, voltando para casa, vi esta cena da foto. Pode parecer uma bobagem, mas eu não pularia entre essas facas. Nem sugeriria que alguém o fizesse, pois, sempre vai existir a possibilidade de alguma coisa dar errado. E é questão de tempo para dar errado. Portanto, em respeito a quem se arrisca, dê a ele o devido valor e tente colocar-se no seu lugar.

Não fiquei para ver a apresentação, mas, para compensar, ofereci algum dinheiro e perguntei se poderia tirar algumas fotos.

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Brasil e mundo

Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Opinião

De fato, Pelotas “mudou”

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Às vezes encontro com pessoas que estão voltando a morar em Pelotas. É comum comentarem isso: “Pelotas mudou. Havia uma vibração visível. Tinha uma intelectualidade… hoje não tem mais. O Sete de Abril, mesmo, está fechado… há 14, 13 anos… é isso mesmo?”.

Aqui vão sete coisas que parecem ter mudado a vida em Pelotas. Nem pra pior nem pra melhor. Apenas a vida mudou.

1. Condomínios fechados: as pessoas se preocupam mais com o condomínio do que com o passeio público. Com sua vida em seus espaços fechados ou, se abertos, integrados, como o Parque Una.

2. Alunos da UFPel vêm de fora por causa do Enem. Vão embora nas férias e no fim do curso. Não são daqui. Não chegam a formar um elo emocional forte com a cidade.

3. Professores da UFPel vêm de fora.

4. A cidade se espalhou.

5. A população está envelhecendo.

6. Digitalização da vida, com trabalho remoto.

7. Globalização, compras pela internet, streaming.

O mundo mudou.

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