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Pelotas e RS

Museu do Doce publica uma foto/comentário sobre doceiras de raiz

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Na fotografia em destaque vemos um grupo de trabalhadores da indústria doceira de Pelotas organizados em torno de mesas compridas.

Esses operários executam diversas tarefas tendo como objeto de trabalho a fruta do pêssego, em sua maior parte apoiada nas próprias mãos ou em bacias de metal.

De caráter casual, a foto revela o sorriso de alguns dos retratados, enquanto outros a encaram, e um terceiro grupo é alheio ao ato fotográfico ao manter suas atividades.

De acordo com o professor Alcir Bach – pesquisador da indústria do pêssego em pelotas e região – a cena foi capturada nas dependências da Conservas Casarin no ano de 1971, fábrica localizada na Colônia Maciel, zona rural de Pelotas, e propriedade do senhor João Casarin.

Casarin, já no início de sua trajetória profissional esteve envolvido com a produção fabril de pêssegos, até que no ano de 1961 inaugurou uma fábrica própria.

Aspecto curioso a destacar-se a partir dessa foto é que o espaço de produção da fábrica, quando fora do período das safras, servia também como um salão de baile, onde os mesmos trabalhadores, no mesmo espaço, encontravam-se então para momentos de lazer, fato esse também documentado em outras imagens pertencentes ao acervo do Museu do Doce.

Certo ou não, o fato é que lazer e trabalho em vários momentos estão atravessados na vida dessas pessoas por uma mesma realidade: a do chão de fábrica.

Se esses aspectos já justificam o destaque que se dá a foto, vale ainda mencionar-se o rico panorama social e cultural do mundo do trabalho na indústria doceira de Pelotas de décadas passadas, que se mostra ao olhar a partir dessa imagem.

No anonimato desse conjunto de trabalhadores oriundos das classes populares, revela-se um mosaico de culturas e etnias da antiga Pelotas.

Se por um lado somos guiados pelo senso comum a imaginar uma colônia pelotense somente protagonizada por descendentes de alemães e italianos, os afrodescendentes também foram, junto a outras etnias tais como poloneses e franceses, presença nesse universo.

Se por um lado a história dos colonos europeus na região é relativamente bem documentada, a história dos afrodescendentes, e suas relações com as tradições doceiras, merecem melhor compreensão, ainda que estudiosos como o professor Alcir Bach informem que os negros da colônia de Pelotas seriam descendentes de trabalhadores escravizados à época das charqueadas, ou até mesmo “[…] fugidos que se escondiam na localidade de Quilombo, no interior da colônia de Pelotas, local de relevo bastante dobrado, coberto por matas, se constituindo em região de difícil acesso.”

Uma foto, muito conhecimento e muita história. Fiquem atentos e aqui todo mês aprenderemos um pouco mais sobre o passado das tradições doceiras de Pelotas e da antiga Pelotas. — em Museu do Doce.

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Brasil e mundo

Leite posta encontro com o Papa

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Atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite foi recebido pelo Papa Francisco nesta quarta-feira (14). Aproveitando o espaço na agenda do Pontífice, levou à Sua Santidade uma réplica das ruínas das Missões e uma caixa com camisas do Grêmio, do Inter e do Xavante, pra ficar de bem com todas as torcidas.

Aproveitando, convidou o Papa a visitar o Rio Grande do Sul em 2026, como parte das comemorações dos 400 anos das missões jesuíticas no estado — por coincidência ano da próxima eleição presidencial, sonho que Leite persegue.

No X, Leite postou: “Foi uma conversa muito gentil e muito amável do Papa, que lembrou ter ido muitas vezes à cidade de Pelotas, onde um tio dele (Victor José Bergoglio) morou”.

Leite acrescentou: “A sua mensagem de hoje (do Papa) é muito oportuna. O Papa Francisco falou sobre temperança e pediu aos fiéis que exercitem o equilíbrio. É uma mensagem que serve para as relações nas redes sociais, pessoais, profissionais e políticas nesse mundo tão dividido”. Com essas palavras, Leite, que tem discursado contra a polarização na política, parece confirmar uma impressão. Ele é conhecido nos bastidores como “Governador Casio”. Tudo calculado, nada é espontâneo, com vistas ao pleito de 2026”.

Na última semana, Leite gravou vídeo de apoio a Matteus, participante gaúcho da final do BBB, aproveitando a onda da audiência do programa. Matteus perdeu, contudo, e o comentário é de que “perdeu por causa do apoio de Leite”. Era o comentário hoje na aula do Pilates.

Terá sido a derrota de Matteus um mau agouro para Fernando Estima, de quem se fala que poderá ser candidato dos tucanos a prefeito de Pelotas?

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Cultura e entretenimento

UnaMúsica inicia temporada com show da Gafieira do Clube

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O projeto UnaMúsica inicia sua temporada 2024 com show da Gafieira do Clube nesta quinta-feira, dia 18, às 18h. A apresentação será ao ar livre, no Anfiteatro do Parque Una e coincide com a abertura da Semana Nacional do Choro em Pelotas.

O evento, que ocorrerá de 18 a 27 de abril, celebra o  10º aniversário do Clube do Choro de Pelotas e o reconhecimento pelo Iphan do Choro como Patrimônio Cultural do Brasil. Durante o período, diversas atividades acontecerão em diferentes locais da cidade.

UnaMúsica

O UnaMúsica surgiu em 2020 com a intenção de valorizar a produção musical local ao promover shows de diferentes estilos no Anfiteatro do Parque Una. Porém, devido à pandemia de Covid-19, o projeto foi reestruturado e, dos cinco shows selecionados para aquela temporada, quatro foram realizados de forma virtual. Em 2022, o plano original foi retomado e a última apresentação foi realizada presencialmente.

Tendo o espaço público do Parque Una como cenário, o projeto retorna em 2024, buscando  levar boa música aos moradores e visitantes do bairro.

Gafieira do Clube

O projeto Gafieira do Clube reúne instrumentistas participantes do Clube do Choro e foi concebido com base nas tradicionais bandas de gafieiras do Rio de Janeiro que se destacavam em casas noturnas renomadas, como as estudantinas, oferecendo um repertório especialmente elaborado para a dança, com arranjos de músicas populares e composições instrumentais.

Apresentando uma formação moderna que combina os instrumentos do choro com nuances jazzísticas, incluindo contrabaixo, bateria e instrumentos de sopro, a Gafieira do Clube surge com o propósito de proporcionar uma experiência musical instrumental mais vibrante e envolvente, mesclando os ritmos do choro, maxixe, samba e outros, para o deleite dos apreciadores da música brasileira.

Participam do projeto: Rafael Velloso (sax), Rui Madruga (violão 7 cordas), Fabrício Moura (violão de 6 cordas/cavaquinho), Pedro Nogueira (cavaquinho solo), Paulinho Martins (bandolim), Gil Soares (flauta), Paulo Lima(contrabaixo) e Everton Maciel (percussão).

O QUÊ: Projeto UnaMùsica 2024 – Show Gafieira do Clube

QUANDO: Dia 18 de abril, às 18 horas

ONDE: Anfiteatro do Parque Una

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