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Brasil e mundo

“A esquerda elegeu Bolsonaro”, diz José Padilha

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Da Veja:

José Padilha, criador e produtor executivo de ‘O Mecanismo’, fala sobre sua decepção com Sergio Moro e avalia o governo Bolsonaro

O Brasil mudou desde a primeira temporada. Encaixar Bolsonaro no final da segunda temporada é um recurso para atualizar a trama? Escrevemos a cena do discurso do Bolsonaro na votação do impeachment da Dilma antes de ele ser presidente. Aquele voto (com homenagem ao torturador coronel Ustra) é condenável do ponto de vista ético e moral.

Mesmo assim ele foi eleito.  Quem elegeu Bolsonaro foi a esquerda. Antes das eleições, eu disse que três nomes estavam na disputa: Bolsonaro, Haddad e Ciro Gomes. Só Bolsonaro e Ciro, que não tinham ligações com a Lava-­Jato, tinham chances. Mas a esquerda decidiu apoiar o Haddad.

O senhor votou no Ciro? Não votei. Não me dei ao trabalho. Estava em Los Angeles. Justifiquei meu voto e olhei a tragédia de longe.

Observando os casos em que o PSL se envolveu até o momento, diria que ele entra no mecanismo da série? A família Bolsonaro nunca teve tamanho político para participar do mecanismo no seu alto escalão. Mas está claro que não recusou aquilo a que teve acesso, que é uma corrupção rasteira. Roubinho de gabinete é igualmente desonesto. Quero saber o que o Moro, que é o esteio moral do governo, vai fazer quando abrirem as contas do Queiroz e ficar explícito o que está implícito.

O senhor já disse que a Lava-­Jato não tinha viés político. Ainda acredita nisso? A Lava-Jato não tinha viés político. Moro é outra coisa. Ele saiu de uma luta árdua e admirável contra a corrupção sistêmica e se associou a um governo que tem ligações com a esgotosfera da milícia no Rio. Ou ele não sabia, o que demonstra falta de inteligência, ou ele sabia, e aí vou ter de rever tudo o que sempre achei da Lava-Jato.

(…)

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Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Leite posta encontro com o Papa

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Atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite foi recebido pelo Papa Francisco nesta quarta-feira (14). Aproveitando o espaço na agenda do Pontífice, levou à Sua Santidade uma réplica das ruínas das Missões e uma caixa com camisas do Grêmio, do Inter e do Xavante, pra ficar de bem com todas as torcidas.

Aproveitando, convidou o Papa a visitar o Rio Grande do Sul em 2026, como parte das comemorações dos 400 anos das missões jesuíticas no estado — por coincidência ano da próxima eleição presidencial, sonho que Leite persegue.

No X, Leite postou: “Foi uma conversa muito gentil e muito amável do Papa, que lembrou ter ido muitas vezes à cidade de Pelotas, onde um tio dele (Victor José Bergoglio) morou”.

Leite acrescentou: “A sua mensagem de hoje (do Papa) é muito oportuna. O Papa Francisco falou sobre temperança e pediu aos fiéis que exercitem o equilíbrio. É uma mensagem que serve para as relações nas redes sociais, pessoais, profissionais e políticas nesse mundo tão dividido”. Com essas palavras, Leite, que tem discursado contra a polarização na política, parece confirmar uma impressão. Ele é conhecido nos bastidores como “Governador Casio”. Tudo calculado, nada é espontâneo, com vistas ao pleito de 2026”.

Na última semana, Leite gravou vídeo de apoio a Matteus, participante gaúcho da final do BBB, aproveitando a onda da audiência do programa. Matteus perdeu, contudo, e o comentário é de que “perdeu por causa do apoio de Leite”. Era o comentário hoje na aula do Pilates.

Terá sido a derrota de Matteus um mau agouro para Fernando Estima, de quem se fala que poderá ser candidato dos tucanos a prefeito de Pelotas?

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