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Pelotas e RS

UFPel tem dez propostas aprovadas no Programa de Internacionalização da Pós-Graduação no RS

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A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) aprovou dez propostas no Programa de Internacionalização da Pós-Graduação no RS da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A UFPel foi a segunda IES com mais propostas aprovadas de forma isolada, totalizando 10 pesquisas. Também foi a segunda Instituição de Ensino com mais propostas enviadas (junto com a UFSM), com 32 proposições. Dos 45 Programas da UFPel elegíveis, 32 enviaram propostas, representando 71,11% dos PPGs.

Entre as propostas contempladas está a Pesquisa em Biotecnologia do Câncer em parceria com a University of Illinois – USA, que prevê determinar o comportamento das linhagens celulares de Oncopigs, frente ao desafio de quimioterápicos utilizados em estudos e tratamentos de câncer de Mama, câncer de Pulmão e em especial esforços em câncer de Bexiga. De acordo com o coordenador do estudo, professor Tiago Collares, “considerando que ainda há uma emergente necessidade de um modelo específico para avaliação de novos produtos anti-tumorais baseados em nanotecnologia, o grupo propôs o desafio do sistema de screening também para quimioterápicos nanoencapsulados”, destaca.

Outro contemplado foi o projeto de cooperação estratégica para Desenvolvimento de Pesquisa: Populismo no Brasil e no Reino Unido (uma abordagem pós-estruturalista)”. Trata-se de uma parceria que será realizada entre o PPG em Ciência Política da UFPel e o Centre for Applied Philosophy, Politics and Ethics, da University of Brighton/Reino Unido. Para o coordenador Daniel de Mendonça, o ponto central do projeto aprovado está focado em pesquisas, aulas, palestras, missões docentes e discentes, em Pelotas e em Brighton. “As atividades abordarão a relação entre populismo e democracia, tomando como pontos de partida de análise os casos do Lulismo e do Bolsonarismo, no Brasil e o do Brexit, no Reino Unido”, explica.

O Edital

O Edital é destinado a pesquisadores doutores interessados em aumentar o intercâmbio científico dos programas de pós-graduação do Rio Grande do Sul com instituições conceituadas no exterior, oportunizando missões de trabalho de pesquisadores brasileiros no exterior, missões de trabalho de professores visitantes estrangeiros junto a programas de pós-graduação no Rio Grande do Sul, missões de estudo de estudantes em instituições estrangeiras, a realização de seminários e workshops junto a programas de pós-graduação no Rio Grande do Sul e a submissão de um projeto de pesquisa conjunto para uma agência de fomento internacional.

O Programa de Internacionalização terá um período de execução de 30 meses destinando R$ 6 milhões para financiar propostas de cooperação internacional de até R$ 100 mil. A Fapergs informou que inicialmente 74 propostas foram contempladas. Contudo, muitas propostas bem avaliadas acabaram não alcançando nota para classificação entre as contempladas. Após uma readequação do orçamento de cada proposta, a Fapergs conseguiu acolher mais cinco propostas, todas originalmente avaliadas com nota superior a nove. Ao final, foram 79 propostas contempladas com um valor médio por proposta de aproximadamente R$ 76 mil.

Conheça as pesquisas aprovadas

As pesquisas aprovadas contemplam as áreas de Agronomia, Ciências dos Alimentos, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Química, Ciências Humanas e Sociais, Ciência da Educação, Ciências Biológicas, Veterinária, Zootecnia e recursos Pesqueiros.

Melhoramento genético de trigo para resistência à brusone: buscando genes de resistência em parentes silvestres por meio de ferramentas genômicas – coordenador Antonio Costa de Oliveira

Senescência celular e seu papel no envelhecimento ovariano em camundongos – coordenador Augusto Schneider

Projeto de Cooperação Estratégica para Desenvolvimento de Pesquisa: Populismo no Brasil e no Reino Unido (uma abordagem pós-estruturalista) – coordenador Daniel de Mendonça

Internacionalização da Pós-Graduação em Química da UFPel: Colaboração com o grupo Nanoscale Chemistry & Biomass/Waste Valorisation – NANOVAL – coordenador Diego da Silva Alves

Novas perspectivas de pesquisa para minorias literárias e linguísticas no Brasil e na Alemanha: política da hospitalidade, (inter)compreensão – coordenador Helano Jader Cavalcante Ribeiro

Cooperação entre o PPGC-UFPel e a Universidade de Lisboa na Investigação sobre Codificação de Vídeos de Alto Desempenho com Paralelismo Massivo em GPUs e Computação Aproximada – coordenador Luciano Volcan Agostini

Cooperação internacional estratégica para desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação no setor orizícola – Nathan Levien Vanier

Internacionalização da Pós-Graduação em Biotecnologia da UFPel através da Colaboração com o grupo de pesquisa “Oxidação de proteínas na patofisiologia de doenças” – coordenadora Lucielli Savegnago

Building the Next Generation of Weed Scientists – coordenador Luis Antonio de Avila

Pesquisa, desenvolvimento Tecnológico e Inovação através de colaborações PPGBiotecnologia UFPel- Brasil e University of Illinois – USA em Biotecnologia do Câncer – coordenador Tiago Veiras Collares

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Cultura e entretenimento

Luiz Carlos Freitas lança novo romance: Confissões de um cadáver adiado

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O escritor e jornalista Luiz Carlos Freitas autografa na próxima quinta-feira (30), a partir das 18, na Livraria Mundial, seu novo romance: Confissões de um cadáver adiado. Freitas mergulhou no trabalho durante um ano até bater o ponto final.

O romance tem como ponto de partida e chegada a própria vida do autor, que sobreviveu a uma sentença que parecia de morte.

O prefácio fala por si:

Realidade e ficção na hora da morte Amém!

Sou filho do povo pobre e escravizado, a literatura me libertou e salvou. Perambulei por aqui e ali, encontrei guarida, força e sobrevivência financeira no jornalismo, oásis e alegria no ofício de escrever romances de cunho social, em paralelo, nas horas roubadas ao lazer e ao convívio familiar. Escrever me bastava, ser famoso e ganhar dinheiro não me atraia – expulsar fantasmas íntimos era o objetivo. Até que, no final de abril de 2011, ocorreu o que eu previa desde quando perdi meu pai, em 1973, aos 43 anos, vitimado por câncer no estômago e metástase no fígado.

Eu trabalhava na conclusão do romance MoriMundo e, em função de desconforto gástrico, fui me consultar. Desconfiança do médico, endoscopia, diagnóstico de enfermidade anunciada: tumor maligno de 2,5 cm (a mesma doença paterna) no Piloro (parte do estômago). Solução? Cirurgia. Pra ontem! Fui operado dia 13 de maio de 2011. Tudo certo! Extraíram o tumor e parte do estômago – deram-me como curado. Milagrosamente. Sem metástases. Tirei o prêmio da Mega Sena. Hurras! Vivas! Safei-me. Em julho dispensei o auxílio-saúde do INSS, voltei ao trabalho e à conclusão do MoriMundo, com a responsa de retornar a consultar-me com o oncologista em novembro, já com a tomografia em mãos.

Terminei o livro e o publiquei em setembro daquele ano. Ufa! Em novembro fiz a “Tomo” e me apresentei ao médico, pacificado, tranquilo, sem nada a temer. Choque! De alta voltagem! O cara leu o laudo do exame e me disse na lata: Problemas! Novo tumor no estômago, outro no pâncreas, um terceiro no baço e necrose no fígado. Puta… Balancei. No pâncreas! Tremi, me senti mal, meu mundo caiu, pensei: É o fim, prezado Freitas. Deu pra ti, camarada! O que temia há 40 anos se tornou realidade. Dei um tempo. Recuperei-me. E perguntei ao oncologista: Quanto tempo de vida? Entre seis meses e dois anos! Respondeu na hora, insensível e habituado às dores alheias. O que devo fazer? Extirpar os tumores por meio de cirurgia, a fim, talvez, de prolongar a vida, respondeu: Tchau e benção!

Dei entrada ao hospital dia 1º de janeiro de 2012, com cirurgia marcada para a manhã seguinte. No íntimo se digladiavam a esperança, a desesperança, o medo e um vago sentimento de aceitação do inevitável. Fiquei novehoras na mesa de cirurgia. Extraíram o tumor e o que restava do estômago, a cauda e a cabeça do pâncreas, o baço, e rasparam a necrose do fígado. Acordei e percebi que continuava no mundo dos vivos. Por pouco tempo. Deu rolo. Intercorrências nas cirurgias. Abriram-me mais cinco vezes consecutivas e instalaram um dreno no fígado para filtrar o excesso de bílis. Fui indo, dois, três dias… Bactéria estava à toa na vida e decidiu infectar-me.

Peguei infecção hospitalar das bravas. Dê-lhe litros de antibiótico e parará. A coisa piorou, choque séptico, falência de órgãos múltiplos… Adeus mundo! Quinze dias em coma! Caixão e sepultura prontos, família conformada, médicos nem aí para mais um caso perdido (aqui é força de expressão, “licença poética”). Acordei! Vi três rostos em forma de santa – não lembro a ordem: minha mãe, minha companheira, minha irmã caçula. Acordei do coma para espanto geral – milagre! –, permaneci três meses no hospital, perdi 30 quilos, voltei pra casa – milagre! A enfermidade foi superada, estou limpo  há 11 anos e 25 dias, completados hoje, 26 de setembro de 2023. Não tenho estômago, partes do pâncreas, o baço, a vesícula, a aparência e a energia de outrora…

Nesses quase 12 anos de recuperação física e mental, ganhei sobrevida, 15 quilos (meu peso oscila entre 52 e 55 Kg), paz, tranquilidade, tempo para escrever, certa lucidez, aposentadoria por invalidez, uma coluna política três vezes por semana no centenário Diário Popular (desde 2014 até dezembro de 2020), e uma vida praticamente normal – sem sequelas graves. Ainda que sobre mim paire a sombra do medo da recidiva. Entre 2014 e 2015 escrevi o romance Homo Perturbatus, publicado em 2016, reeditei Amáveis inimigos íntimos, em 2017, Odeio muito tudo isso, em 2019, e publiquei o romance Ninguém em 2020. Enquanto isso, Confissões de um cadáver adiado maturava na mente e no espírito, à minha revelia, esperando o momento certo para vir à luz. Comecei a escrevê-lo em maio de 2022, após necessária visita à aldeia Campelo, no Norte de Portugal, onde nasceram meus avôs paternos. Concluí a obra em março de 2023. Foi doloroso reabrir velhas feridas, descobrir outras, furtivas. Às vezes, chorava e lamentava meus erros, geralmente a melancolia, a nostalgia e a culpa ditaram o ritmo e as palavras. Fui em frente!

Confissões de um cadáver adiado não é um manual de superação da enfermidade – longe disso. Mas é testemunho inequívoco de que o diagnóstico de câncer – mesmo os considerados irremediáveis – já não é sinônimo de finitude. Tampouco tem a pretensão de “colonizar” o outro, como diz Saramago. O objetivo da obra é compartilhar experiências, plantar esperança, mostrar a ambiguidade, a imperfeição e a mesquinhez do ser. Há outros. Diversos.  Descubra-os!

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Pelotas e RS

Nova estapa da obra na ponte do Laranjal levará 10 dias, se não chover

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A prefeitura avisa que começou uma nova etapa da obra na ponte do Laranjal.

Dizem que, nexta-feira (24), começaram uma nova etapa da obra de recuperação da cabeceira da ponte sobre o arroio Pelotas, a terceira. “A empreiteira contratada fez a perfuração das microestacas e começou o trabalho de concretagem”. 

“Entramos, agora, na terceira etapa da obra, que é a das estacas que servirão de cortina para a contenção. O prazo para conclusão dessa parte é de, aproximadamente, dez dias, se o tempo for bom”, diz o secretário de Obras e Pavimentação, Giovan Pereira.

A obra é decorrência de problemas na contenção do material na travessia. Custo: R$ 400 mil, dos cofres do Município.

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