Na tarde desta terça-feira (16), o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), do Pacto Pelotas pela Paz, apresentou a análise quantitativa dos crimes violentos.
Os números analisados pelo Observatório da Segurança Pública são baseados em dados fornecidos pelo 4º Batalhão de Polícia Militar, Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Instituto Médico Legal e 18ª Delegacia Regional de Polícia.
Os únicos indicadores que apresentaram aumento foram os relacionados a crimes envolvendo residências. No primeiro semestre de 2018, foram registrados 40 roubos a residências, contra 43 no mesmo período de 2019. Já os furtos em residências passaram de 255 em 2018, para 285 em 2019. “Precisamos fortalecer o combate a esse tipo de crime. Está na hora de ver esses indicadores caírem”, pediu a chefe do Executivo.
Variação dos indicadores em relação ao ano passado:
Crimes violentos | – 36%
Roubo a pedestre | – 19,4%
Roubo a estabelecimentos comerciais | – 34%
Roubo a transporte público | – 35%
Roubo de veículos | – 32%
Furto de veículos | – 24%
Roubo a residência | + 8%
Furto a residência | + 12%
Arma de fogo apreendida | – 6%
Crimes acumulados | – 15%
Pessoas presas | – 20%
*Números comparativos entre janeiro/junho de 2018 e janeiro/junho de 2019
O GGI
Fazem parte do Gabinete a Prefeitura, por meio das secretarias de Segurança Pública (SSP), Transporte e Trânsito (STT) e Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana (SGCMU); o Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul; o 4º Batalhão de Polícia Militar; o 3º Batalhão de Bombeiros Militar; a 2ª Companhia de Bombeiros Militar; o Instituto Geral de Perícias; o Foro de Pelotas; Polícia Civil; Consepro; Defensoria Pública; Guarda Municipal; Ordem dos Advogados do Brasil; 8ª Brigada de Infantaria Motorizada; Polícia Federal; 7ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal; Ministério Público; 5ª Delegacia Penitenciaria Regional; Susepe; Ministério Público; Judiciário e 3ª Companhia do Batalhão Ambiental da Brigada Militar.
Está longe, mas, como as especulações eleitorais começaram, não é descabido considerar que o deputado federal Daniel Trzeciak, do PSDB, possa não concorrer a prefeito de Pelotas em 2014.
Pelos seguintes motivos:
1. Os eleitores não gostam de políticos que abandonam mandatos no meio. Além disso, a região perderia seu único representante no parlamento, logo ele, responsável por trazer grande quantidade de verbas de emendas para hospitais, obras etc.
2. O salário de deputado é de R$ 41,6 mil. O de prefeito, R$ 15 mil.
3.Prefeitura está com déficit grave nas contas públicas. Somados o déficit de 2023 e o previsto em lei para 2024, dá um acumulado de R$ 400 milhões, um quinto do orçamento públicoanual da cidade, de R$ 2 bilhões.
4. O clima de Brasília, seco, segundo orientações de saúde, é mais favorável à filha do deputado, de um ano de idade, do que o úmido clima pelotense.
Prefeita insiste e vai recorrer contra decisão judicial que suspende projeto de lei que autoriza Associação Rural a construir empreendimento imobiliário
A pedido da prefeita Paula Mascarenhas, a Procuradoria do Município vai recorrer judicialmente para manter em curso na Câmara um projeto de lei do Executivo que autoriza a Associação Rural de Pelotas a construir um empreendimento imobiliário sobre um terreno de 25 hectares (igual ao tamanho de 25 campos de futebol profissional).
A Procuradoria vai alegar que, pela Lei 948, de 1959, o terreno está doado pelo Município à entidade. É verdade. Porém, com base na mesma lei citada, o juiz Bento Barros suspendeu nesta semana o trâmite do projeto de lei. Ele se assenta no seguinte argumento presente na mesma Lei 948:
“A legislação mencionada estabelecia que a sociedade beneficiária (Associação Rural) não poderia alienar o imóvel ou parte dele em nenhum momento, sob pena de caducidade da doação e retorno do imóvel, juntamente com todas as benfeitorias existentes, ao patrimônio do Município de Pelotas. Portanto, até o momento, o direito de dispor e reaver o imóvel é do Município de Pelotas, integrando o seu patrimônio.
Estima-se que o terreno valha ao redor de R$ 100 milhões. A prefeita quer abrir mão do terreno em favor da Rural, em vez de vendê-lo. Na prática, por alguma razão incompreensível, quer dar o terreno.
Um negócio assim, se consumado, seria típico do Brasil, possível graças à mão caridosa e amiga do Estado. Pior é que o projeto de lei do Executivo autorizando a transação já tinha passado numa comissão da Câmara. Vereadores, que no papel são fiscais do interesse público, estão apoiando.
Ainda falta muito para o Brasil ser uns Estados Unidos, onde o empreendedorismo é tão admirado pelos nossos liberais. Se é que seria possível uma empreitada semelhante.