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Reitor diz que decisão de aderir ou não ao Future-se será tomada em plebiscito pela comunidade acadêmica da UFPel

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Em coletiva de imprensa no campus Anglo, nesta quinta-feira (18), o reitor Pedro Hallal, da UFPel, disse ver pontos positivos e negativos no Programa Future-se, anunciado pelo Ministério da Educação nesta semana.

Mesmo que tenha visto pontos com bons olhos, os pontos negativos que enxergou impedem uma adesão da Reitoria ao Programa.

Por exemplo, o reitor é contra submeter a gestão da UFPel a uma Organização Social (OSs) de caráter privado, como exige o Future-se, ainda que parcialmente, uma vez que a Universidade, mesmo que não adira ao Programa, continuará recebendo verba para custeio e investimento.

O Future-se estabelece que as OSs fiquem responsáveis por gerir recursos de um Fundo Especial destinado a financiar, nas universidades e institutos federais, a pesquisa, a inovação, o empreendedorismo e a internacionalização daquelas instituições.

Pessoalmente, Hallal não aceita essa ingerência, pois, para efeitos práticos, as OSs anulam a Autonomia das Universidades, pela qual zela. Segundo ele, o modelo do novo Programa federal, embora não signifique privatização, insere a terceirização da gestão, uma diminuição do papel do Estado no financiamento. Por isso, optou por um caminho salomônico.

O reitor informou que transferirá a decisão de “aderir ou não” ao Future-se a plebiscito na comunidade acadêmica, e em votação universal, na qual a opinião da maioria selará o destino da UFPel em relação ao Programa.

No pleito democrático universal, não há pesos maiores aos votos de professores sobre servidores sobre estudantes. O voto de cada indivíduo, independente da categoria acadêmica a que pertença, vale o mesmo (1 voto = 1 voto).

O pleito universal permite um exercício de futurologia sobre o resultado do escrutínio na UFPel, onde, por tradição, a ideologia reativa ao capital privado é dominante e onde o alunado, setor em que a resistência ao governo Bolsonaro costuma ser maior, supera servidores e professores em número de componentes-votos.

Pode o plebiscito ter um resultado favorável à adesão da UFPel ao Future-se, mas, se ocorrer, será uma surpresa.

Para reitor, apresentação do Future-se, ‘apressada’, deixou dúvidas no ar

Programa Future-se propõe parceria de Universidades com capital privado

Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

1 Comment

1 Comments

  1. Alarico

    18/07/19 at 21:57

    Uma decisão típica dos populistas, que adoram dar as notícias boas, mas esquivam-se de assumir a responsabilidade na hora da verdade. Corre o risco de ver a adesão rejeitada por 110%, num plebiscito universal. Pobre UFPel!

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UFPel entregou título de Dr. Honoris Causa a Mujica

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Discretamente, na sexta passada, a direção da UFPel viajou ao Uruguai para entregar a Pepe Mujica o título de Doutor Honoris Causa. A notícia foi divulgada ontem, terça, no site da Universidade.

Algumas frase dos dirigentes universitários presentes à homenagem, às vezes em tom juvenil:

“Pepe é um grande exemplo de pessoa que consegue lutar por direitos humanos, justiça social e democracia. Resistiu bravamente aos movimentos da ditadura e, como um jardineiro, sempre plantou a esperança, a luta e a vontade dessa luta em cada companheiro. Ele planta hoje a esperança para os nossos jovens”.

“Muito obrigada por ser quem é, muito obrigada por nos inspirar a defender a educação como uma forma mais poderosa de semear o futuro”.

“A visão humanista de Mujica ressoa profundamente com os ideais que nós da Universidade Federal aspiramos cultivar, nossa instituição sempre se pautou na crença de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e igualitária, as bandeiras defendidas por Mujica colocam o bem-estar humano e a preservação do planeta acima do materialismo e do consumo desmedido e enlouquecedor, inspiram nossos esforços e reafirmam o nosso compromisso com a busca por dias melhores”.

***

Cmt meu: Mujica é de fato um homem incomum. Coerente. Vive modestamente, de acordo com suas ideias. Há nele uma ausência de vaidades materiais que chega a ser comovente. Se morasse em Pelotas, e fosse professor de Universidade, jamais o veríamos, por exemplo, no Dunas Clube, à beira da piscina, tomando cerveja depois de disputar uma partida de tênis – em greve por salário ainda mais alto do que os que já receberia (R$ 20 mil, digamos), pensando em justiça social num país de esmagadora maioria pobre, com ganhos mensais médios de R$ 3 mil.

***

Na cerimônia, Mujica disse: “Sigo confiando em los hombres, a pesar que todos los dias me deconcertan”.

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Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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