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Pelotas e RS

Governo Bolsonaro quer fraturar a Autonomia Universitária e assumir o controle político e executivo das universidades

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Atualizado às 16h24 |

A decisão do governo Bolsonaro de que os pró-reitores de Universidades Federais terão seus nomes submetidos à avaliação e aprovação da Casa Civil é mais um golpe no sentido de fraturar as pernas da Autonomia Universitária, apesar desta estar prevista na Constituição Federal.

Os reitores não terão mais direito de escolher suas equipes. Poderão, no máximo, indicar nomes, mas a palavra final será do MEC.

Outras duas medidas do governo federal no sentido do fim da Autonomia Universitária:

1) Estabelecer que parte da verba das universidades passará a ser gerida não pelas instituições federais de ensino, mas por Organizações Sociais, entidades privadas. Esta previsão está expressa no Programa Future-se, anunciado há pouco pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. As universidades deverão decidir se aderem ou não ao Future-se. Podem recusar, mas não aderir pode significar dificuldades no acesso a verbas futuras.

2) A determinação do governo de que a escolha final dos reitores caberá ao MEC, contrariando uma prática vigente desde o governo FHC, em que o MEC respeita a decisão das urnas nas eleições de reitor, ainda que possua o poder de vetar nomes, discordando dos resultados. O MEC quer exercer o direito de escolher o reitor, mesmo que seja o candidato que menos votos tiver no pleito na comunidade acadêmica.

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O governo Bolsonaro vê na Autonomia Universitária um inimigo, pela convicção de que, com ela, essas instituições tendem a ser geridas por administrações com viés de esquerda. O governo quer trazer para si o controle político e executivo das Universidades.

Pedro Hallal deve encerrar um ciclo de reitores à esquerda na UFPel

Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

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Brasil e mundo

UFPel entregou título de Dr. Honoris Causa a Mujica

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Discretamente, na sexta passada, a direção da UFPel viajou ao Uruguai para entregar a Pepe Mujica o título de Doutor Honoris Causa. A notícia foi divulgada ontem, terça, no site da Universidade.

Algumas frase dos dirigentes universitários presentes à homenagem, às vezes em tom juvenil:

“Pepe é um grande exemplo de pessoa que consegue lutar por direitos humanos, justiça social e democracia. Resistiu bravamente aos movimentos da ditadura e, como um jardineiro, sempre plantou a esperança, a luta e a vontade dessa luta em cada companheiro. Ele planta hoje a esperança para os nossos jovens”.

“Muito obrigada por ser quem é, muito obrigada por nos inspirar a defender a educação como uma forma mais poderosa de semear o futuro”.

“A visão humanista de Mujica ressoa profundamente com os ideais que nós da Universidade Federal aspiramos cultivar, nossa instituição sempre se pautou na crença de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e igualitária, as bandeiras defendidas por Mujica colocam o bem-estar humano e a preservação do planeta acima do materialismo e do consumo desmedido e enlouquecedor, inspiram nossos esforços e reafirmam o nosso compromisso com a busca por dias melhores”.

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Cmt meu: Mujica é de fato um homem incomum. Coerente. Vive modestamente, de acordo com suas ideias. Há nele uma ausência de vaidades materiais que chega a ser comovente. Se morasse em Pelotas, e fosse professor de Universidade, jamais o veríamos, por exemplo, no Dunas Clube, à beira da piscina, tomando cerveja depois de disputar uma partida de tênis – em greve por salário ainda mais alto do que os que já receberia (R$ 20 mil, digamos), pensando em justiça social num país de esmagadora maioria pobre, com ganhos mensais médios de R$ 3 mil.

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Na cerimônia, Mujica disse: “Sigo confiando em los hombres, a pesar que todos los dias me deconcertan”.

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Pelotas e RS

Assis Brasil sofre com falta de professores e aulas suspensas

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A gente finge não ver, porque choca. Vai tocando a vida. Este o colégio estadual Assis Brasil. A aparência atual fala por si. Descuidado, “sem vida”.

Pais têm agora reclamado que estão faltando professores e que, por isso, muitas aulas são suspensas. O problema de arrasta desde o começo do ano.

Com professores afastados por atestado médico, a escola não tem professores substitutos.

Escolas municipais também têm sofrido com a falta de estrutura. Já nos releases oficiais do governo do estado e da prefeitura, essas notícias não são divulgadas.

Não é preciso imaginar os indicadores de desempenho escolar.

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