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Pelotas e RS

Pedro Hallal deve encerrar um ciclo de reitores à esquerda na UFPel

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Pedro Hallal e colegas

Atualizada às 13h42 | 

Decisões recentes do MEC, que, para efeitos políticos, anulam a Autonomia Universitária, apesar desta estar prevista na Constituição Federal, mudam o quadro para a eleição dos próximos reitores.

Na UFPel, por exemplo, o atual reitor Pedro Hallal, que tem sido um crítico do MEC, deve estar pensando se vale a pena concorrer à reeleição. Como é um crítico público do governo, mesmo que concorra e se eleja em 2020, a tendência, no caso dele, como de outros com perfil parecido, é de que seu nome seja recusado pelo MEC, já que o governo tem dado evidentes sinais da disposição de expurgar dos cargos diretivos da universidades lideranças com viés de esquerda, mesmo que sejam capazes e preferidas pela comunidade acadêmica.

Processo eleitoral

No estrito legal, eleições de reitor devem ocorrer no Conselho Universitário (Consun), onde o peso dos votos de professores é maior do que o peso dos votos de servidores e de alunos, na proporção de 70% a 30% (30% divididos em porcentagens iguais entre servidores e alunos).

Ocorre que, por conta da Autonomia Universitária, é concedida às universidades a liberdade de decidir o formato da eleição. Se ocorrerá pelo voto do colegiado do Conselho Universitário. Ou se pelo voto de todos os membros da comunidade acadêmica, como tem sido na UFPel nos últimos pleitos, nas chamadas “Consultas à comunidade”.

Daqui em diante, o MEC manterá a liberdade de as universidades decidirem o formato do processo eleitoral, se pelo Consun ou aberto à comunidade acadêmica. No final, porém, contrariando uma conduta dos governos desde FHC, que em geral respeitavam as escolhas democráticas dos reitores, o governo Bolsonaro não abrirá mão de escolher ele próprio, para os cargos de reitores, os candidatos que quiser, caso não aprove os vencedores.

Isso significa, por exemplo, que, numa eleição dentro do Conselho Universitário, onde o quórum é pequeno, um candidato que conquiste apenas dois votos no escrutínio poderá ser declarado reitor, desde que o governo queira.

Governo Bolsonaro quer fraturar a Autonomia Universitária e assumir o controle político e executivo das universidades

Jornalista. Editor do Amigos. Ex-funcionário do Senado Federal, do Ministério da Educação e do jornal Correio Braziliense. Prêmio Esso Regional Sul de Jornalismo. Top Blog. Autor do livro Drops de Menta. Fã de livros e filmes.

2 Comments

2 Comments

  1. João Monteiro

    28/07/19 at 19:05

    Eleição por “consulta à comunidade” significa eleição tendenciosa; votos de cabresto, votos pela “simpatia” do candidato, votos para aquele que grita mais alto e critica o Governo, se não for de esquerda; se for de “esquerda”, então a eleição é daquele que discursa defendendo o Governo. Chega de hipocrisia! A Universidade deve ser administrada com eficiência, valorizando a qualidade da formação de seus estudantes, com isenção política e senso crítico. Felizmente a escolha dos reitores se dará com base na sua capacidade administrativa e pedagógica, e não na sua capacidade de manipular eleitores com pouca experiência de Vida.

  2. Alarico

    24/07/19 at 22:09

    Se continuar fazendo as escolhas e os discursos que tem feito até aqui, e teimando em oferecer bondades em plena crise, é possível que o MEC nem precise rejeitar o seu nome.

Eleições 2024

Motivos que podem fazer Daniel Trzeciak não concorrer a prefeito

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Está longe, mas, como as especulações eleitorais começaram, não é descabido considerar que o deputado federal Daniel Trzeciak, do PSDB, possa não concorrer a prefeito de Pelotas em 2014.

Pelos seguintes motivos:

1. Os eleitores não gostam de políticos que abandonam mandatos no meio. Além disso, a região perderia seu único representante no parlamento, logo ele, responsável por trazer grande quantidade de verbas de emendas para hospitais, obras etc.

2. O salário de deputado é de R$ 41,6 mil. O de prefeito, R$ 15 mil.

3. Prefeitura está com déficit grave nas contas públicas. Somados o déficit de 2023 e o previsto em lei para 2024, dá um acumulado de R$ 400 milhões, um quinto do orçamento público anual da cidade, de R$ 2 bilhões.

4. O clima de Brasília, seco, segundo orientações de saúde, é mais favorável à filha do deputado, de um ano de idade, do que o úmido clima pelotense.

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Pelotas e RS

Prefeita insiste e vai recorrer contra decisão judicial que suspende projeto de lei que autoriza Associação Rural a construir empreendimento imobiliário

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A pedido da prefeita Paula Mascarenhas, a Procuradoria do Município vai recorrer judicialmente para manter em curso na Câmara um projeto de lei do Executivo que autoriza a Associação Rural de Pelotas a construir um empreendimento imobiliário sobre um terreno de 25 hectares (igual ao tamanho de 25 campos de futebol profissional).

A Procuradoria vai alegar que, pela Lei 948, de 1959, o terreno está doado pelo Município à entidade. É verdade. Porém, com base na mesma lei citada, o juiz Bento Barros suspendeu nesta semana o trâmite do projeto de lei. Ele se assenta no seguinte argumento presente na mesma Lei 948:

Decisão surpreendente a da prefeita!

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