O Ginásio João Carlos Gastal, do Colégio Municipal Pelotense, foi reinaugurado, na manhã desta quarta-feira (25), após seis anos com os portões fechados. O lugar foi reformado pela prefeitura.
O governador Eduardo Leite esteve na cidade para a cerimônia de inauguração. Ao lado dele, a prefeita Paula disse que “o Colégio Municipal Pelotense e o Ginásio são símbolos de Pelotas” e que “o atual governador foi responsável, quando prefeito, pela decisão que viabilizou o dia de hoje”.
Para Leite, os seis anos em que o Ginásio esteve fechado foram decorrentes “da falta de manutenção de responsabilidade de governos anteriores e pela ilusão de promessas de emendas parlamentares e do MEC que nunca saíram do papel”.
Paula lembrou que, quando secretária de Educação no governo Leite, em 2013, lhe coube a interdição do Ginásio. “Sem condições de uso, por falta de segurança, não me restou alternativa a não ser fechar”, desabafou.
Após descerramento da placa de reinauguração do Ginásio, o ex-integrante da Banda de Música do Colégio, José Cláudio Vidal, tocou no saxofone o hino do “Gato Pelado”. A seguir, a cantora Priscila Olave e o músico Alci Vieira Júnior executaram os hinos Nacional e Rio-Grandense.
“Em nome dos pelotenses, agradecemos e entregamos um ginásio com qualidade, dentro dos padrões oficiais. Aqui se formaram e vão se formar atletas e cidadãos de bem. Temos a obrigação de preservá-lo para gerações que vão se construir aqui”, afirmou a prefeita Paula.
A cargo da empresa Marques Imóveis Construtora e Imobiliária Ltda, a área de 1,3 mil metros quadrados originais foi ampliada em mais 923 metros quadrados, totalizando 2,3 mil metros quadrados.
A ampliação garantiu a construção de salas para ginástica olímpica, de educação física, academia de musculação, sanitários com acessibilidade, oito vestiários, bar, almoxarifado, galeria de troféus e reservatórios de água.
Está longe, mas, como as especulações eleitorais começaram, não é descabido considerar que o deputado federal Daniel Trzeciak, do PSDB, possa não concorrer a prefeito de Pelotas em 2014.
Pelos seguintes motivos:
1. Os eleitores não gostam de políticos que abandonam mandatos no meio. Além disso, a região perderia seu único representante no parlamento, logo ele, responsável por trazer grande quantidade de verbas de emendas para hospitais, obras etc.
2. O salário de deputado é de R$ 41,6 mil. O de prefeito, R$ 15 mil.
3.Prefeitura está com déficit grave nas contas públicas. Somados o déficit de 2023 e o previsto em lei para 2024, dá um acumulado de R$ 400 milhões, um quinto do orçamento públicoanual da cidade, de R$ 2 bilhões.
4. O clima de Brasília, seco, segundo orientações de saúde, é mais favorável à filha do deputado, de um ano de idade, do que o úmido clima pelotense.
Prefeita insiste e vai recorrer contra decisão judicial que suspende projeto de lei que autoriza Associação Rural a construir empreendimento imobiliário
A pedido da prefeita Paula Mascarenhas, a Procuradoria do Município vai recorrer judicialmente para manter em curso na Câmara um projeto de lei do Executivo que autoriza a Associação Rural de Pelotas a construir um empreendimento imobiliário sobre um terreno de 25 hectares (igual ao tamanho de 25 campos de futebol profissional).
A Procuradoria vai alegar que, pela Lei 948, de 1959, o terreno está doado pelo Município à entidade. É verdade. Porém, com base na mesma lei citada, o juiz Bento Barros suspendeu nesta semana o trâmite do projeto de lei. Ele se assenta no seguinte argumento presente na mesma Lei 948:
“A legislação mencionada estabelecia que a sociedade beneficiária (Associação Rural) não poderia alienar o imóvel ou parte dele em nenhum momento, sob pena de caducidade da doação e retorno do imóvel, juntamente com todas as benfeitorias existentes, ao patrimônio do Município de Pelotas. Portanto, até o momento, o direito de dispor e reaver o imóvel é do Município de Pelotas, integrando o seu patrimônio.
Estima-se que o terreno valha ao redor de R$ 100 milhões. A prefeita quer abrir mão do terreno em favor da Rural, em vez de vendê-lo. Na prática, por alguma razão incompreensível, quer dar o terreno.
Um negócio assim, se consumado, seria típico do Brasil, possível graças à mão caridosa e amiga do Estado. Pior é que o projeto de lei do Executivo autorizando a transação já tinha passado numa comissão da Câmara. Vereadores, que no papel são fiscais do interesse público, estão apoiando.
Ainda falta muito para o Brasil ser uns Estados Unidos, onde o empreendedorismo é tão admirado pelos nossos liberais. Se é que seria possível uma empreitada semelhante.