Connect with us

Opinião

Eduardo Leite: “Não é só sobre promessas de campanha”

Publicado

on

Eduardo Leite, governador |

Nosso governo tem orgulho e responsabilidade em relação às promessas de campanha que nos conduziram à tarefa de governar o Rio Grande do Sul. Elas são, ao mesmo tempo, ponto de partida e meta administrativa, incorporadas à própria lógica com a qual conduzimos os nossos desafios de gestão. Promessas de campanha são o nosso norte, mas não são perseguidas com um fim em si mesmo.

Como governador, todos os dias revisito o que me comprometi a fazer durante a campanha de 2018, para me certificar das prioridades e ajustar o foco. Os gaúchos podem ter certeza: todas as nossas ações carregam, em menor ou maior grau, um traço do nosso conjunto de propostas submetido aos eleitores e democraticamente aprovado por eles.

Não nos desfazemos da palavra empenhada, inclusive as de colocar o salário do servidor em dia até o final do primeiro ano de governo. Nos cerca de 80 dias que o calendário ainda reserva para 2019, seguiremos buscando uma solução, mas o espírito nunca será o de apenas cumprir promessas. Queremos criar soluções duradouras. Não é só voltar a pagar em dia: é nunca mais atrasar.

Apresentamos aos gaúchos um conjunto de medidas para modernizar as carreiras do funcionalismo. Elas podem gerar uma economia de R$ 25 bilhões em 10 anos. A proposta prevê ajustar carreiras, corrigir distorções e adequar a legislação a mudanças que o governo federal já fez, criando condições de viabilidade e sanidade financeira para administrar a maior das nossas despesas.

Com diálogo, bom senso e serenidade, convocamos servidores – o nosso maior patrimônio –, deputados e população em geral a conhecer as raízes históricas dessa crise que desanima o crescimento econômico, a compreender os motivos que nos levam às duras medidas que serão adotadas e também a desfazer alguns mitos. Não é hora de pirotecnia, acabou a era do malabarismo fiscal.

O Rio Grande do Sul está frente a frente com um dos seus maiores desafios. Estamos pagando o preço da crise com impostos elevados, pagamentos atrasados e falta de investimentos. Todos perdem, porque perdemos perspectiva. As medidas apontadas têm o objetivo estratégico de recuperar a capacidade de o Estado investir. Não é só sobre promessas de campanha: é sobre deixar um legado, inclusive aos futuros governos, mas, acima de tudo, às próximas gerações.

Publicado originalmente em ZH.

Brasil e mundo

Felicidade de “segunda”, não dá mais

Publicado

on

Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

Continue Reading

Opinião

De fato, Pelotas “mudou”

Publicado

on

Às vezes encontro com pessoas que estão voltando a morar em Pelotas. É comum comentarem isso: “Pelotas mudou. Havia uma vibração visível. Tinha uma intelectualidade… hoje não tem mais. O Sete de Abril, mesmo, está fechado… há 14, 13 anos… é isso mesmo?”.

Aqui vão sete coisas que parecem ter mudado a vida em Pelotas. Nem pra pior nem pra melhor. Apenas a vida mudou.

1. Condomínios fechados: as pessoas se preocupam mais com o condomínio do que com o passeio público. Com sua vida em seus espaços fechados ou, se abertos, integrados, como o Parque Una.

2. Alunos da UFPel vêm de fora por causa do Enem. Vão embora nas férias e no fim do curso. Não são daqui. Não chegam a formar um elo emocional forte com a cidade.

3. Professores da UFPel vêm de fora.

4. A cidade se espalhou.

5. A população está envelhecendo.

6. Digitalização da vida, com trabalho remoto.

7. Globalização, compras pela internet, streaming.

O mundo mudou.

Continue Reading

Em alta

Descubra mais sobre Amigos de Pelotas

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading