Após 15 anos de espera, faltam 11 dias para a largada de O Sertões Series Rota Sul, que terá Pelotas como cenário principal. Entre os dias 5 e 7 de dezembro, o município receberá a competição de rally promovida pelos mesmos organizadores do antigo Rally dos Sertões.
As equipes inscritas começarão a chegar em Pelotas no dia 5 de dezembro, ocupando a Vila Sertões, espaço montado na Associação Rural de Pelotas para acolher os atletas inscritos.
A grande largada ocorrerá no dia 6 de dezembro, quando 500 quilômetros de chão serão percorridos, saindo de Pelotas, indo até o Chuí e retornando à cidade.
Em 7 de dezembro, pilotos e copilotos rodarão outros 450 quilômetros, partindo novamente do município, em direção ao Cassino, em Rio Grande, prosseguindo, depois, a Porto Alegre, destino final da corrida.
A prova de rally tem apoio institucional da Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti) e do Sanep, pertencente à administração indireta; da Associação Rural de Pelotas; da a Ecosul; e da Vetorial Internet.
Quase R$ 2 milhões devem ser movimentados nos três dias, gerando retorno à economia municipal, sem que o Poder Público local precise investir recursos no evento.
A disputa
O trajeto vai misturar trechos velozes e outros mais lentos, mesclando asfalto, terra e areia das praias localizadas ao longo da costa sul gaúcha.
A fase “sul” servirá como teste logístico para um grande “Sertões”, previsto para 2022. Quatro categorias integrarão a disputa – Carro, Moto, UTV e Quadriciclo –, que vale classificação ao Campeonato Sul-americano de Carros (Codasur), além de ser a última etapa do Brasileiro de Rally Cross Country.
Está longe, mas, como as especulações eleitorais começaram, não é descabido considerar que o deputado federal Daniel Trzeciak, do PSDB, possa não concorrer a prefeito de Pelotas em 2014.
Pelos seguintes motivos:
1. Os eleitores não gostam de políticos que abandonam mandatos no meio. Além disso, a região perderia seu único representante no parlamento, logo ele, responsável por trazer grande quantidade de verbas de emendas para hospitais, obras etc.
2. O salário de deputado é de R$ 41,6 mil. O de prefeito, R$ 15 mil.
3.Prefeitura está com déficit grave nas contas públicas. Somados o déficit de 2023 e o previsto em lei para 2024, dá um acumulado de R$ 400 milhões, um quinto do orçamento públicoanual da cidade, de R$ 2 bilhões.
4. O clima de Brasília, seco, segundo orientações de saúde, é mais favorável à filha do deputado, de um ano de idade, do que o úmido clima pelotense.
Prefeita insiste e vai recorrer contra decisão judicial que suspende projeto de lei que autoriza Associação Rural a construir empreendimento imobiliário
A pedido da prefeita Paula Mascarenhas, a Procuradoria do Município vai recorrer judicialmente para manter em curso na Câmara um projeto de lei do Executivo que autoriza a Associação Rural de Pelotas a construir um empreendimento imobiliário sobre um terreno de 25 hectares (igual ao tamanho de 25 campos de futebol profissional).
A Procuradoria vai alegar que, pela Lei 948, de 1959, o terreno está doado pelo Município à entidade. É verdade. Porém, com base na mesma lei citada, o juiz Bento Barros suspendeu nesta semana o trâmite do projeto de lei. Ele se assenta no seguinte argumento presente na mesma Lei 948:
“A legislação mencionada estabelecia que a sociedade beneficiária (Associação Rural) não poderia alienar o imóvel ou parte dele em nenhum momento, sob pena de caducidade da doação e retorno do imóvel, juntamente com todas as benfeitorias existentes, ao patrimônio do Município de Pelotas. Portanto, até o momento, o direito de dispor e reaver o imóvel é do Município de Pelotas, integrando o seu patrimônio.
Estima-se que o terreno valha ao redor de R$ 100 milhões. A prefeita quer abrir mão do terreno em favor da Rural, em vez de vendê-lo. Na prática, por alguma razão incompreensível, quer dar o terreno.
Um negócio assim, se consumado, seria típico do Brasil, possível graças à mão caridosa e amiga do Estado. Pior é que o projeto de lei do Executivo autorizando a transação já tinha passado numa comissão da Câmara. Vereadores, que no papel são fiscais do interesse público, estão apoiando.
Ainda falta muito para o Brasil ser uns Estados Unidos, onde o empreendedorismo é tão admirado pelos nossos liberais. Se é que seria possível uma empreitada semelhante.