Câmara de Vereadora foi criativa na hora de montar sua árvore de Natal.
Por ideia da vereadora Cristina Oliveira, a árvore de Natal, no hall de entrada do Poder Executivo, foi enfeitada com fotos e informações de animais para adoção.
Os adereços, que no verso informam o sexo, idade e número para contato dos pets, chamam a atenção principalmente para o número de animais que atualmente vivem no Canil Municipal a espera de um lar.
“Em torno de 70 animais hoje estão para adoção no Canil, e por conta dessa superlotação não conseguimos solicitar apoio do Poder Executivo para resgatar outros”, explica Cristina que há mais de dez anos trabalha pela causa animal.
Além disso, o mandato da vereadora também solicitou que os protetores enviassem as fotos dos animais que estão disponíveis para adoção. Cristina acredita que pelo grande fluxo de pessoas na Câmara, a proposta terá êxito na finalidade de dar uma família definitiva a esses cães e gatos. “Muitos projetos polêmicos estão sendo votados nesse final de ano, então muitas pessoas têm participado das sessões e das audiências”, afirma.
A adoção responsável é uma das principais bandeiras da vereadora. “É importante que a gente desmistifique essa questão, que possamos promover também a adoção dos animais que não possuem raça, mas muito amor para dar”, afirma. “Infelizmente, muitos desses bichinhos sofrem com abandono e maus-tratos, e o que queremos é ajudá-los, além de facilitar o trabalho do município”, finaliza.
As fotos dos animais que estão no Canil Municipal foram registradas pelo programa Pró-Bicho Centro de Artes, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), coordenado pela professora Juliana Angeli. “São fotos mais atrativas, que facilitam a adoção”, explica a parlamentar.
Está longe, mas, como as especulações eleitorais começaram, não é descabido considerar que o deputado federal Daniel Trzeciak, do PSDB, possa não concorrer a prefeito de Pelotas em 2014.
Pelos seguintes motivos:
1. Os eleitores não gostam de políticos que abandonam mandatos no meio. Além disso, a região perderia seu único representante no parlamento, logo ele, responsável por trazer grande quantidade de verbas de emendas para hospitais, obras etc.
2. O salário de deputado é de R$ 41,6 mil. O de prefeito, R$ 15 mil.
3.Prefeitura está com déficit grave nas contas públicas. Somados o déficit de 2023 e o previsto em lei para 2024, dá um acumulado de R$ 400 milhões, um quinto do orçamento públicoanual da cidade, de R$ 2 bilhões.
4. O clima de Brasília, seco, segundo orientações de saúde, é mais favorável à filha do deputado, de um ano de idade, do que o úmido clima pelotense.
Prefeita insiste e vai recorrer contra decisão judicial que suspende projeto de lei que autoriza Associação Rural a construir empreendimento imobiliário
A pedido da prefeita Paula Mascarenhas, a Procuradoria do Município vai recorrer judicialmente para manter em curso na Câmara um projeto de lei do Executivo que autoriza a Associação Rural de Pelotas a construir um empreendimento imobiliário sobre um terreno de 25 hectares (igual ao tamanho de 25 campos de futebol profissional).
A Procuradoria vai alegar que, pela Lei 948, de 1959, o terreno está doado pelo Município à entidade. É verdade. Porém, com base na mesma lei citada, o juiz Bento Barros suspendeu nesta semana o trâmite do projeto de lei. Ele se assenta no seguinte argumento presente na mesma Lei 948:
“A legislação mencionada estabelecia que a sociedade beneficiária (Associação Rural) não poderia alienar o imóvel ou parte dele em nenhum momento, sob pena de caducidade da doação e retorno do imóvel, juntamente com todas as benfeitorias existentes, ao patrimônio do Município de Pelotas. Portanto, até o momento, o direito de dispor e reaver o imóvel é do Município de Pelotas, integrando o seu patrimônio.
Estima-se que o terreno valha ao redor de R$ 100 milhões. A prefeita quer abrir mão do terreno em favor da Rural, em vez de vendê-lo. Na prática, por alguma razão incompreensível, quer dar o terreno.
Um negócio assim, se consumado, seria típico do Brasil, possível graças à mão caridosa e amiga do Estado. Pior é que o projeto de lei do Executivo autorizando a transação já tinha passado numa comissão da Câmara. Vereadores, que no papel são fiscais do interesse público, estão apoiando.
Ainda falta muito para o Brasil ser uns Estados Unidos, onde o empreendedorismo é tão admirado pelos nossos liberais. Se é que seria possível uma empreitada semelhante.