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Opinião

Educar para a Cidadania Plena. Por Neiff Satte Alam

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O encanto jamais desaparecerá se a capacidade de sonhar do educador prevalecer sobre a amargura e as dificuldades do caminho, pois, pela estrada que nos leva ao horizonte inatingível do conhecimento absoluto, vamos descobrindo outros “eus”, escondidos nos nossos tempos anteriores em que, atemorizados pelo desconhecido, temíamos as novas descobertas. Buscamos, então, o saber – conhecimento do conhecimento. Centrando nossas ações no “pensamento” e, valorizando o sonho, passamos à ação…

Pensar, agir, pensar …, sequência que enriquece o ato de conhecer, estabelece linhas imaginárias sobre o concreto e concretiza a imaginação. Criamos a partir desta premissa, revolvemos a teoria em sintonia com a prática.

Desde o momento de formação de nosso embrião aprendemos as coisas do mundo real e, gradativamente, vamos conectando este mundo real ao nosso mundo imaginário. Se a tarefa se refere a uma existência, temos um universo de ideias, teorias e hipóteses a nossa disposição, mas se esta tarefa conecta existências de diferentes indivíduos em diferentes épocas, a linha de aprendizagem passa a envolver outros elementos que, detentores de informações que se transmitem de uma geração a outra, irão interferir na aprendizagem individual, dando-lhe sequência, lógica e cumprindo etapas que se comparam as que entendiam existir Piaget e outros.

O educador é o mago que, sem a varinha de condão, faz fluir da mente dos pequeninos a vontade de vencer etapas, trilhar caminhos, ultrapassar abismos de ignorância ignorando os abismos impostos pelos apóstolos da inapetência, do “não querer fazer” e da vontade de não ter vontade.

Levantando o véu que cobre o desconhecido, o educador, lenta e progressivamente, vai desvendando os mistérios do conhecer, do saber e do criar. Com a humildade de um aprendiz, com a tolerância de um companheiro e com a sabedoria de um mestre, o educador segue semeando os ensinamentos que farão fluir da pedra bruta os cidadãos que serão responsáveis pelos destinos dos povos.

Felizes são os povos que têm educadores respeitados pelos seus dirigentes, amados pelos cidadãos livres e de bons princípios, pois estes terão dignidade de caminhar sobre as estradas que, obscuras, vão se iluminando com sua passagem.

Todos nós educadores que desvendamos os mistérios da sabedoria para crianças, jovens e adultos somos uma peça na construção de homens que anseiam por liberdade, que conheçam seus limites, que tenham a compreensão da natureza humana para poderem entender a si próprios e, erguendo sua auto-estima, sejam felizes e façam a felicidade de seus semelhantes.

A paz, que é o anseio de todo o mundo quando estamos envolvidos em uma guerra planetária onde são usadas armas de destruição em massa, como a fome, o desemprego e as doenças, só poderá ser conseguida quando as mãos dos educadores estiver sem as amarras de interesses mesquinhos dos que detém o poder, quando a palavra dita pelos mestres do aprender não for sufocada pelos ruídos da intolerância e da incompreensão e, principalmente, quando a liberdade não for apenas uma palavra, mas uma realidade.

Educador, mestre, professor, dedica-te a um momento de reflexão da importância que tens para com a universalização da paz, da cidadania plena…da liberdade.

© Neiff Satte Alam é professor Universitário Aposentado – UFPEL Biólogo e Especialista em Informática na Educação

Facebook do autor | E-mail: neiff.olavo@yahoo. com.br

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Brasil e mundo

Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Opinião

De fato, Pelotas “mudou”

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Às vezes encontro com pessoas que estão voltando a morar em Pelotas. É comum comentarem isso: “Pelotas mudou. Havia uma vibração visível. Tinha uma intelectualidade… hoje não tem mais. O Sete de Abril, mesmo, está fechado… há 14, 13 anos… é isso mesmo?”.

Aqui vão sete coisas que parecem ter mudado a vida em Pelotas. Nem pra pior nem pra melhor. Apenas a vida mudou.

1. Condomínios fechados: as pessoas se preocupam mais com o condomínio do que com o passeio público. Com sua vida em seus espaços fechados ou, se abertos, integrados, como o Parque Una.

2. Alunos da UFPel vêm de fora por causa do Enem. Vão embora nas férias e no fim do curso. Não são daqui. Não chegam a formar um elo emocional forte com a cidade.

3. Professores da UFPel vêm de fora.

4. A cidade se espalhou.

5. A população está envelhecendo.

6. Digitalização da vida, com trabalho remoto.

7. Globalização, compras pela internet, streaming.

O mundo mudou.

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