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Brasil e mundo

Zé, um brasileiro

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Zé é o apelido mais popular de todos, quem não conhece pelo menos um Zé? Nada mais informal que chamar um amigo de Zé, o apelido confere uma certa intimidade. O meu amigo Zé sempre foi a essência da informalidade, da espontaneidade, a transparência em pessoa, daquelas que dá pra ver pela expressão do rosto o que a pessoa está sentindo.

Nada mais brasileiro, também, que botar a boca nas redes sociais. Pois o Zé nunca mediu palavras, não contemporizou, sempre disse tudo que pensava, nunca poupou presidentes, governadores, deputados, prefeitos, vereadores. Às vezes irônico, às vezes revoltado, mas nunca perdendo a esperança de que sua voz repercutisse, não importava o número de curtidas.

Uma propaganda dizia que “o brasileiro não desiste nunca”, o que faz sentido diante de tantas dificuldades, o Zé sempre foi assim, um brasileiro, sem nunca deixar de se manifestar. Mas o mais gratificante para os amigos nunca foi sua transparência, foi sua afetividade, sua alegria e seu entusiasmo. Nunca conheci ninguém com tanta vontade de viver, sendo intenso a cada momento, colocando todo coração no seu fazer. Onde houve um encontro, uma reunião, o Zé sempre foi o primeiro a colaborar, a arrumar o salão para receber os outros.

Ser brasileiro é ser simples, participativo, é gostar de se reunir com os amigos, é manifestar sua afetividade, é ser emotivo, alegre, ser intenso a ponto de parecer às vezes passional, apaixonado pelas causas em que acredita. Não sei o Zé que você conhece, mas esse é o retrato perfeito do meu amigo Zé.

Nós criticamos os políticos, mas sabemos que não existe bem-estar coletivo sem política, sem governo, a sociedade precisar enfrentar seus problemas. Então faz parte seguir criticando, propondo, criticando, apoiando, reclamando dos políticos em geral mas tendo às vezes esperança em algum em particular. O Zé também sempre foi bem brasileiro assim, criticando os políticos em geral mas mantendo sua esperança em algumas exceções, que lhe representavam.

Espero que seu amigo Zé lhe dê muitas alegrias no convívio, nas conversas, nas parcerias, nas boas lembranças do cotidiano. Eu vou sentir muita falta do meu amigo Zé Renato, conhecido líder comunitário e político de Viamão, que foi assassinado agora em janeiro. Uma perda absurda, difícil de aceitar, revoltante pelo banditismo que tem ceifado a vida de tantos brasileiros. O Zé tinha fé espírita e espero que Deus dê forças a seus filhos para suportar a dor da saudade. Da minha parte fica a revolta contra o banditismo – um flagelo brasileiro atual – e muita saudade do amigo mais alegre, afetivo e cheio de vida que já conheci, o Zé.

© Montserrat Martins é médico, brasileiro

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Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Leite posta encontro com o Papa

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Atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite foi recebido pelo Papa Francisco nesta quarta-feira (14). Aproveitando o espaço na agenda do Pontífice, levou à Sua Santidade uma réplica das ruínas das Missões e uma caixa com camisas do Grêmio, do Inter e do Xavante, pra ficar de bem com todas as torcidas.

Aproveitando, convidou o Papa a visitar o Rio Grande do Sul em 2026, como parte das comemorações dos 400 anos das missões jesuíticas no estado — por coincidência ano da próxima eleição presidencial, sonho que Leite persegue.

No X, Leite postou: “Foi uma conversa muito gentil e muito amável do Papa, que lembrou ter ido muitas vezes à cidade de Pelotas, onde um tio dele (Victor José Bergoglio) morou”.

Leite acrescentou: “A sua mensagem de hoje (do Papa) é muito oportuna. O Papa Francisco falou sobre temperança e pediu aos fiéis que exercitem o equilíbrio. É uma mensagem que serve para as relações nas redes sociais, pessoais, profissionais e políticas nesse mundo tão dividido”. Com essas palavras, Leite, que tem discursado contra a polarização na política, parece confirmar uma impressão. Ele é conhecido nos bastidores como “Governador Casio”. Tudo calculado, nada é espontâneo, com vistas ao pleito de 2026”.

Na última semana, Leite gravou vídeo de apoio a Matteus, participante gaúcho da final do BBB, aproveitando a onda da audiência do programa. Matteus perdeu, contudo, e o comentário é de que “perdeu por causa do apoio de Leite”. Era o comentário hoje na aula do Pilates.

Terá sido a derrota de Matteus um mau agouro para Fernando Estima, de quem se fala que poderá ser candidato dos tucanos a prefeito de Pelotas?

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