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Opinião

Para quê a Câmara, com 21 vereadores, precisa de painel eletrônico?

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O presidente da Câmara, vereador José Sizenando, atualmente no DEM, acertou em rescindir um contrato para que uma empresa instalasse no Legislativo um painel eletrônico de controle de presença e dos votos dos vereadores.

O contrato foi assinado às pressas, no apagar das luzes da gestão do presidente anterior, Fabrício Tavares, PSD, final do ano passado.

Entre o edital anunciando a licitação e a assinatura do contrato transcorreram apenas 10 dias úteis. Edital lançado no dia 13 de dezembro, contrato assinado no dia 30 do mesmo mês. Mesmo em dias corridos, 17, foi um tempo curto.

Sizenando rescindiu o contrato porque, segundo ele, detectou problemas técnicos na licitação, vencida pela empresa Città Informática, de Marau (RS) – orçamentos elaborados sem projeto técnico. Tavares nega que tenha falhado no processo.

A empresa receberia R$ 395 mil pelo trabalho completo.

Sizenando, contudo, diz que é a favor do serviço, mas o deseja quando a Câmara tiver seu prédio próprio, em negociação.

Se pensasse bem, Sizenando cancelaria o projeto. Afinal, um painel eletrônico para registrar presenças e votos de “21 vereadores” é um gasto desnecessário, absurdo até. Se priorizasse o bom senso, inclusive a inteligência, encerraria em definitivo o caso. E daria publicidade à decisão.

Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

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Opinião

Incômodas indicações para cargos na prefeitura

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Há pouco a prefeitura demitiu Pai Cleber de Xangô do cargo de “diretor de Patrolamento” da Secretaria de Obras. Numa cidade com muitas ruas de terra nos bairros, o setor é visado. Quando chove, as ruas, esburacadas, alagam. Ao ver a patrola, os moradores ficam felizes. O ponto: segundo o vereador César Brizolara, do PSB, Pai Cleber foi indicado ao cargo pelo vereador Márcio Santos, do PSDB, partido da prefeita Paula Mascarenhas. A demissão veio após Brizolara afirmar que Cleber entregava aos moradores cartões oferecendo serviços religiosos e propagandeando que o serviço de patrola ocorria graças a Santos.

Já na Secretaria de Assistência Social, o servidor Juliano Nunes foi guindado ao cargo de função gratificada de “diretor de Alta Complexidade”. Segundo o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, em depoimento ontem (19) na Câmara, Nunes foi indicado ao cargo pelo vereador Carlos Júnior, do PSD, da base do governo. Como Pai Cleber, Nunes foi afastado do cargo, depois de denúncias de que desviava dinheiro público de beneficiários do Serviço de Prestação Continuada. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado esteve na casa de Nunes, onde fez buscas e apreensões.

Já no Pronto Socorro Municipal, Misael da Cunha, então vice-presidente do PSDB e ex-tesoureiro do partido, foi elevado ao cargo de “gerente executivo do Pronto Socorro”, de onde acabou afastado após a descoberta de pagamentos em duplicidade a uma empresa específica. O caso motivou uma CPI, em curso na Câmara, onde Brizolara tem insistido em que se abra uma outra CPI específica para investigar a Secretaria de Assistência Social.

Por esses casos estima-se os riscos da indicação política de pessoas para cargos-chave. De apelo eleitoral. E que operam verbas.

Vereadores indicando cargos, de qualquer tipo, e a autoridade na prefeitura aceitando, é um sinal da miséria brasileira, da falta de entendimento do papel institucional. Às vezes cansa falar disso.

A imagem da patrola parece resumir o que ocorre.

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