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Opinião

“Discussão sobre eleição na UFPel deve ficar para depois da votação da MP 914”, diz Hallal

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Reitor da UFPel, Pedro Hallal (foto), entende que as discussões sobre a eleição na Universidade devem ficar mais para frente no ano.

“Isso porque a Medida Provisória 914, que deve ser discutida no Congresso em Abril próximo, mudaria completamente a eleição em relação ao que vem sendo feito até hoje”.

A Medida Provisória 914, a que o reitor se refere, foi assinada pelo presidente Bolsonaro e publicada em dezembro de 2019. Ela muda o processo de escolha dos dirigentes das universidades federais e dos institutos federais. A MP fixa, para eleições de reitor, o peso dos votos dos professores em 70%, para servidores, em 15% e para estudantes, em 15% (na UFPel, o processo, hoje, é paritário, 33% para cada segmento).

A MP acaba com a reeleição de reitor. Cada reitor poderá exercer apenas um mandato.

O texto esvazia o Consun (Conselho Universitário), órgão deliberativo composto por professores, técnicos e alunos, que tem hoje poder de definir a lista tríplice de onde sai o reitor. A lista tríplice seria composta pelos três mais bem votados no pleito, sem margem para novas composições.

O reitor passaria a ser escolhido e nomeado pelo presidente da República entre os três candidatos mais bem votados. O presidente não teria obrigação de nomear o 1º colocado da lista tríplice. Já o reitor passaria a escolher o vice-reitor entre aqueles professores que cumprirem os pré-requisitos. Este, por sua vez, seria nomeado pelo presidente para cumprir mandato em período coincidente ao do titular.

Hallal é contra a MP, por entender que o protagonismo no processo deve ser das entidades acadêmicas, Associação de Docentes (Adufpel), Associação de Servidores (Asufpel) e DCE, Diretório Central de Estudantes. Ele também é a favor da democratização plena do voto.

“A Reitoria atual defenderá, como o fez na eleição anterior, o voto universal (cada pessoa vale um voto, independente de ser professor, técnico-administrativo ou estudante)”, diz o reitor atual.

Apesar de sua defesa do voto universal, os dois últimos processos eleitorais na UFPel ocorreram pela regra dos 33% de peso para os votos de cada segmento.

Movimentos suspeitos para a eleição da UFPel

Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

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Opinião

Incômodas indicações para cargos na prefeitura

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Há pouco a prefeitura demitiu Pai Cleber de Xangô do cargo de “diretor de Patrolamento” da Secretaria de Obras. Numa cidade com muitas ruas de terra nos bairros, o setor é visado. Quando chove, as ruas, esburacadas, alagam. Ao ver a patrola, os moradores ficam felizes. O ponto: segundo o vereador César Brizolara, do PSB, Pai Cleber foi indicado ao cargo pelo vereador Márcio Santos, do PSDB, partido da prefeita Paula Mascarenhas. A demissão veio após Brizolara afirmar que Cleber entregava aos moradores cartões oferecendo serviços religiosos e propagandeando que o serviço de patrola ocorria graças a Santos.

Já na Secretaria de Assistência Social, o servidor Juliano Nunes foi guindado ao cargo de função gratificada de “diretor de Alta Complexidade”. Segundo o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, em depoimento ontem (19) na Câmara, Nunes foi indicado ao cargo pelo vereador Carlos Júnior, do PSD, da base do governo. Como Pai Cleber, Nunes foi afastado do cargo, depois de denúncias de que desviava dinheiro público de beneficiários do Serviço de Prestação Continuada. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado esteve na casa de Nunes, onde fez buscas e apreensões.

Já no Pronto Socorro Municipal, Misael da Cunha, então vice-presidente do PSDB e ex-tesoureiro do partido, foi elevado ao cargo de “gerente executivo do Pronto Socorro”, de onde acabou afastado após a descoberta de pagamentos em duplicidade a uma empresa específica. O caso motivou uma CPI, em curso na Câmara, onde Brizolara tem insistido em que se abra uma outra CPI específica para investigar a Secretaria de Assistência Social.

Por esses casos estima-se os riscos da indicação política de pessoas para cargos-chave. De apelo eleitoral. E que operam verbas.

Vereadores indicando cargos, de qualquer tipo, e a autoridade na prefeitura aceitando, é um sinal da miséria brasileira, da falta de entendimento do papel institucional. Às vezes cansa falar disso.

A imagem da patrola parece resumir o que ocorre.

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