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Brasil e mundo

Coronavírus: E o meu negócio? Como vou pagar as contas?

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Eduardo Affonso |

Todo mundo já sabe da importância do isolamento social para conter o avanço da pandemia. Mas e o meu negócio, como é que fica? Como vou pagar as contas, os salários?

A alternativa é parar por um mês ou dois, apertar por onde der e retornar em junho ou julho – ou não parar agora e só retornar em 2021.

A alternativa é mudar o perfil do seu negócio – trabalhar onlaine, com menos pessoas (para garantir a segurança), mandar entregar em casa – ou não ter mais um negócio para chamar de seu.

Continuar como era até a semana passada é uma opção que não está mais disponível no cardápio. E não há pensamento mágico que mude isso.

Ah, mas estão fazendo mimimi, é muita histeria, já houve epidemias piores, eu não acredito, eu não isso, eu não aquilo.

Não é sobre você, meu filho, ou sobre aquilo em que você acredite. É sobre todos nós.

É, principalmente, sobre aqueles do grupo de risco: os que nos geraram, nos educaram, nos alimentaram, e que nunca poderiam imaginar que viessem a ser ignorados na reta final da vida.

E ignorados não por ingratidão ou desamor, mas por sentimentos infinitamente mais mesquinhos, como o egoísmo e a demência ideológica.

Sim, você pode ir à academia. Afinal, ela já está paga, e você precisa estar fítines. Necessita manter o xeipe. Seu corpo exige a serotonina que só 45 minutos de esteira e meia hora de crosfite são capazes de liberar. Isso é ou não é mais importante que a saúde da avó do seu personal, da tia da limpeza, do pai do segurança, da sua vizinha aposentada?

Sim, você pode continuar agindo como se nada estivesse acontecendo à sua volta. Pode ir pegar onda em meio ao bombardeio, como em “Apocalypse Now”. Estatisticamente, a letalidade é só de 3,5%, você está fora do grupo de risco e tudo não passa de uma manobra da esquerda para desacreditar e derrubar o seu Presidente, o Capitão que acabou com a roubalheira, restaurou a moralidade (nada mais de dedo no cu com verba pública!) e recolocou Deus acima de tudo, de volta ao lugar de honra no altar, usurpado pelo Lula.

Assim como os petistas ignoram o rastro de mortos que deixaram (por falta de saneamento, pela violência, pelo sucateamento da saúde pública – afinal, roubaram o quanto puderam, de onde puderam), você também fará de conta que não tem nada a ver com as vítimas desta pandemia.

Mesmo que você não dê um espirro, algum desses mortos será seu. E muito do sofrimento dos que sobreviveram. E muita da dor dos que perderam pais, irmãos, tios, avós. Porque sua imprudência terá sido um vetor de contaminação.

“Eu só puxo o gatilho; quem mata é Deus”, costumam dizer os pistoleiros.

Quem vai matar é o vírus. Mas a digital no gatilho – indelével, iniludível – é a sua. E nem terá sido por ódio (crime passional costuma ter suas atenuantes) ou por ganância (como nos crimes do PT). Será só burrice mesmo.

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UFPel entregou título de Dr. Honoris Causa a Mujica

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Discretamente, na sexta passada, a direção da UFPel viajou ao Uruguai para entregar a Pepe Mujica o título de Doutor Honoris Causa. A notícia foi divulgada ontem, terça, no site da Universidade.

Algumas frase dos dirigentes universitários presentes à homenagem, às vezes em tom juvenil:

“Pepe é um grande exemplo de pessoa que consegue lutar por direitos humanos, justiça social e democracia. Resistiu bravamente aos movimentos da ditadura e, como um jardineiro, sempre plantou a esperança, a luta e a vontade dessa luta em cada companheiro. Ele planta hoje a esperança para os nossos jovens”.

“Muito obrigada por ser quem é, muito obrigada por nos inspirar a defender a educação como uma forma mais poderosa de semear o futuro”.

“A visão humanista de Mujica ressoa profundamente com os ideais que nós da Universidade Federal aspiramos cultivar, nossa instituição sempre se pautou na crença de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e igualitária, as bandeiras defendidas por Mujica colocam o bem-estar humano e a preservação do planeta acima do materialismo e do consumo desmedido e enlouquecedor, inspiram nossos esforços e reafirmam o nosso compromisso com a busca por dias melhores”.

***

Cmt meu: Mujica é de fato um homem incomum. Coerente. Vive modestamente, de acordo com suas ideias. Há nele uma ausência de vaidades materiais que chega a ser comovente. Se morasse em Pelotas, e fosse professor de Universidade, jamais o veríamos, por exemplo, no Dunas Clube, à beira da piscina, tomando cerveja depois de disputar uma partida de tênis – em greve por salário ainda mais alto do que os que já receberia (R$ 20 mil, digamos), pensando em justiça social num país de esmagadora maioria pobre, com ganhos mensais médios de R$ 3 mil.

***

Na cerimônia, Mujica disse: “Sigo confiando em los hombres, a pesar que todos los dias me deconcertan”.

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Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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