
A vida é complicada, sobretudo para quem passou dos 50 e vive num país de contrastes.
É comum pessoas mais velhas lamentarem ter nascido no Brasil.
Quem vira os 50 por aqui, se torna cínico ou então se torna indigno. Tornar-se cínico não é a saída ideal, mas é a mais coerente.
Há quem se aferre contra ou a favor de um líder nacional. Esse é o indigno, porque tenta encobrir a frustração pela “torcida”, para não perder o apetite pela vida. Triste, porque é o que sobrou.
Fico matutando…
Politicamente, como equilibrar liberdade e igualdade? Em Cuba, tem igualdade, mas não liberdade. Nos EUA, o contrário. Teria de haver uma saída no meio, porque há muita desigualdade e muito sofrimento.
Nem todos têm as mesmas condições genéticas, emocionais, educacionais etc. Logo, o regime ideal teria de incluir todos, para ser superior como sociedade. O Brasil não consegue resolver isso.
Agora queremos ser liberais, como os EUA. Mas não somos como eles. Eles não tiveram Rei, se acostumaram a não depender do estado. Aqui, tivemos Rei, esperamos pelo estado.
O Brasil é um limbo. No meio desse limbo, surgem os populistas aproveitadores, os messiânicos, os loucos.
Sim, a Inglaterra teve Rei, tem Rainha. Mas eles deram um salto com a dona Margarete. Descobriram um potencial adormecido. Talvez um choque de liberalismo fosse bom para o Brasil. Mas um choque como o da Margarete, aqui, nas nossas condições, teria chance de funcionar?
De verdade, eu entendo quando um jovem liberal fala: “Eu gosto é de quem trabalha!”. A nova geração viu no que deu o PT, viu a malandragem do PT, o estado-ladrão (embora no governo Lula tenha chegado a ter pleno emprego). Os mais jovens viram o estado esquecer do povão enquanto falava bonito. Tanto esqueceram, que o outro extremo, Bolsonaro, ganhou.
As ideias liberais, reabilitadas no País (com atraso, como sempre, sendo Brasil), fazem força para nos tirar dessa letargia.
São movimentos…
Podem dar certo ou não.
Estávamos começando esse processo, reforma da previdência… Bolsonaro, mesmo atrapalhado e sendo pessoalmente quem é, querendo ser correto com o dinheiro público, tem algum valor, mesmo que não seja um liberal convicto, como mostra a história dele e dos filhos, tudo na política, em cargos de representação.
Não sei. Parece um salve-se quem puder.
Para completar, veio a pandemia, que vem denunciando a nossa miséria.
Quando deprimo, gosto de ler reportagens sobre a Suécia. Eles conseguiram um modo de vida lá que deveria ser mais divulgado.
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Rubens Spanier Amador, editor| Facebook do autor
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