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Pelotas e RS

Negociação para reabertura do Pop Center termina sem solução e com pneus queimados

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A tarde desta quinta-feira (4) foi marcada por negociações e protestos em torno da reabertura do Pop Center, fechado desde março por decreto municipal relacionado à pandemia.

Os manifestantes fecharam a rua em frente à prefeitura e atearam fogo a pneus. A prefeita Paula teve de passar pelo tumulto até alcançar o Paço.

Paula abriu a reunião informando que deliberou a possibilidade da reabertura do Pop Center na próxima semana, ao consultar o Comitê de Crise municipal e os especialistas das área da saúde, que estão monitorando a progressão da pandemia no município. Avisou também que as bancas instaladas, provisoriamente, na área externa do prédio do estabelecimento de comércio popular devem ser desmontadas até dia 14 de junho.

“Aceitamos a instalação provisória das bancas na área externa do Pop Center porque sabemos da necessidade financeira dos trabalhadores, mas não podemos retroceder na conquista de termos um local específico para que esse tipo de comércio funcione”, explicou Paula.

A prefeita externou insatisfação com o fechamento da rua em frente ao Executivo pelos manifestantes, antes do início da reunião. “Estamos aqui para conversar, não havia necessidade de queimar pneus, de trazermos insegurança para a população.”

Ela apresentou aos dois grupos ligados ao Pop Center algumas exigências que devem constar de um novo Decreto Municipal, para a reabertura das bancas, entre elas, o uso obrigatório de máscara, a adoção de medidas de higiene – como a disponibilização do álcool gel -, a aferição da temperatura corporal de quem acessar o prédio, além do número de pessoas no local. Será permitida a permanência de uma pessoa a cada 4 metros quadrados por banca, no máximo três trabalhadores. Nos comércios de alimentação esse número limite será de duas pessoas. “Também vamos solicitar o controle na quantidade de clientes, seguindo assim o decreto estadual, de ocupação máxima de 50% da capacidade do local”, alertou a prefeita.

Não houve acerto, porém.

Negociação

Boa parte das quase duas horas de reunião foi destinada às tratativas dos custos de condomínio e aluguel pagos pelos permissionários aos empresários administradores do shopping popular.

As negociações foram abertas com acordo sobre o rateio da despesa que mantém serviços essenciais, como energia elétrica e água. Já a negociação do valor da locação dos espaços precisou ser mediada pela prefeita.

Aluguel

Os permissionários propuseram reduzir o valor do aluguel pela metade durante um ano e não iniciar as atividades em junho. Os administradores ofereceram duas semanas de isenção da despesa, outras duas com redução de 25%, mais 15 dias com o corte do custo em 50% e outras duas semanas pagando 75% do valor , normalizando o aluguel em setembro. Não houve acordo entre os representantes dos permissionários e os gestores.

A prefeita sugeriu a continuidade das negociações e se disponibilizou a estar presente em novos encontros que definam a situação, uma vez que o Pop Center terá liberação municipal para funcionar nos próximos dias. “Me disponho a continuar mediando os acordos entre vocês, inclusive se acertarem a reavaliação de valores em setembro. Esse é um momento de negociação para tudo, já que estamos vivendo a incerteza de uma pandemia”, encerrou Paula.

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Cultura e entretenimento

Luiz Carlos Freitas lança novo romance: Confissões de um cadáver adiado

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O escritor e jornalista Luiz Carlos Freitas autografa na próxima quinta-feira (30), a partir das 18, na Livraria Mundial, seu novo romance: Confissões de um cadáver adiado. Freitas mergulhou no trabalho durante um ano até bater o ponto final.

O romance tem como ponto de partida e chegada a própria vida do autor, que sobreviveu a uma sentença que parecia de morte.

O prefácio fala por si:

Realidade e ficção na hora da morte Amém!

Sou filho do povo pobre e escravizado, a literatura me libertou e salvou. Perambulei por aqui e ali, encontrei guarida, força e sobrevivência financeira no jornalismo, oásis e alegria no ofício de escrever romances de cunho social, em paralelo, nas horas roubadas ao lazer e ao convívio familiar. Escrever me bastava, ser famoso e ganhar dinheiro não me atraia – expulsar fantasmas íntimos era o objetivo. Até que, no final de abril de 2011, ocorreu o que eu previa desde quando perdi meu pai, em 1973, aos 43 anos, vitimado por câncer no estômago e metástase no fígado.

Eu trabalhava na conclusão do romance MoriMundo e, em função de desconforto gástrico, fui me consultar. Desconfiança do médico, endoscopia, diagnóstico de enfermidade anunciada: tumor maligno de 2,5 cm (a mesma doença paterna) no Piloro (parte do estômago). Solução? Cirurgia. Pra ontem! Fui operado dia 13 de maio de 2011. Tudo certo! Extraíram o tumor e parte do estômago – deram-me como curado. Milagrosamente. Sem metástases. Tirei o prêmio da Mega Sena. Hurras! Vivas! Safei-me. Em julho dispensei o auxílio-saúde do INSS, voltei ao trabalho e à conclusão do MoriMundo, com a responsa de retornar a consultar-me com o oncologista em novembro, já com a tomografia em mãos.

Terminei o livro e o publiquei em setembro daquele ano. Ufa! Em novembro fiz a “Tomo” e me apresentei ao médico, pacificado, tranquilo, sem nada a temer. Choque! De alta voltagem! O cara leu o laudo do exame e me disse na lata: Problemas! Novo tumor no estômago, outro no pâncreas, um terceiro no baço e necrose no fígado. Puta… Balancei. No pâncreas! Tremi, me senti mal, meu mundo caiu, pensei: É o fim, prezado Freitas. Deu pra ti, camarada! O que temia há 40 anos se tornou realidade. Dei um tempo. Recuperei-me. E perguntei ao oncologista: Quanto tempo de vida? Entre seis meses e dois anos! Respondeu na hora, insensível e habituado às dores alheias. O que devo fazer? Extirpar os tumores por meio de cirurgia, a fim, talvez, de prolongar a vida, respondeu: Tchau e benção!

Dei entrada ao hospital dia 1º de janeiro de 2012, com cirurgia marcada para a manhã seguinte. No íntimo se digladiavam a esperança, a desesperança, o medo e um vago sentimento de aceitação do inevitável. Fiquei novehoras na mesa de cirurgia. Extraíram o tumor e o que restava do estômago, a cauda e a cabeça do pâncreas, o baço, e rasparam a necrose do fígado. Acordei e percebi que continuava no mundo dos vivos. Por pouco tempo. Deu rolo. Intercorrências nas cirurgias. Abriram-me mais cinco vezes consecutivas e instalaram um dreno no fígado para filtrar o excesso de bílis. Fui indo, dois, três dias… Bactéria estava à toa na vida e decidiu infectar-me.

Peguei infecção hospitalar das bravas. Dê-lhe litros de antibiótico e parará. A coisa piorou, choque séptico, falência de órgãos múltiplos… Adeus mundo! Quinze dias em coma! Caixão e sepultura prontos, família conformada, médicos nem aí para mais um caso perdido (aqui é força de expressão, “licença poética”). Acordei! Vi três rostos em forma de santa – não lembro a ordem: minha mãe, minha companheira, minha irmã caçula. Acordei do coma para espanto geral – milagre! –, permaneci três meses no hospital, perdi 30 quilos, voltei pra casa – milagre! A enfermidade foi superada, estou limpo  há 11 anos e 25 dias, completados hoje, 26 de setembro de 2023. Não tenho estômago, partes do pâncreas, o baço, a vesícula, a aparência e a energia de outrora…

Nesses quase 12 anos de recuperação física e mental, ganhei sobrevida, 15 quilos (meu peso oscila entre 52 e 55 Kg), paz, tranquilidade, tempo para escrever, certa lucidez, aposentadoria por invalidez, uma coluna política três vezes por semana no centenário Diário Popular (desde 2014 até dezembro de 2020), e uma vida praticamente normal – sem sequelas graves. Ainda que sobre mim paire a sombra do medo da recidiva. Entre 2014 e 2015 escrevi o romance Homo Perturbatus, publicado em 2016, reeditei Amáveis inimigos íntimos, em 2017, Odeio muito tudo isso, em 2019, e publiquei o romance Ninguém em 2020. Enquanto isso, Confissões de um cadáver adiado maturava na mente e no espírito, à minha revelia, esperando o momento certo para vir à luz. Comecei a escrevê-lo em maio de 2022, após necessária visita à aldeia Campelo, no Norte de Portugal, onde nasceram meus avôs paternos. Concluí a obra em março de 2023. Foi doloroso reabrir velhas feridas, descobrir outras, furtivas. Às vezes, chorava e lamentava meus erros, geralmente a melancolia, a nostalgia e a culpa ditaram o ritmo e as palavras. Fui em frente!

Confissões de um cadáver adiado não é um manual de superação da enfermidade – longe disso. Mas é testemunho inequívoco de que o diagnóstico de câncer – mesmo os considerados irremediáveis – já não é sinônimo de finitude. Tampouco tem a pretensão de “colonizar” o outro, como diz Saramago. O objetivo da obra é compartilhar experiências, plantar esperança, mostrar a ambiguidade, a imperfeição e a mesquinhez do ser. Há outros. Diversos.  Descubra-os!

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Pelotas e RS

Nova estapa da obra na ponte do Laranjal levará 10 dias, se não chover

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A prefeitura avisa que começou uma nova etapa da obra na ponte do Laranjal.

Dizem que, nexta-feira (24), começaram uma nova etapa da obra de recuperação da cabeceira da ponte sobre o arroio Pelotas, a terceira. “A empreiteira contratada fez a perfuração das microestacas e começou o trabalho de concretagem”. 

“Entramos, agora, na terceira etapa da obra, que é a das estacas que servirão de cortina para a contenção. O prazo para conclusão dessa parte é de, aproximadamente, dez dias, se o tempo for bom”, diz o secretário de Obras e Pavimentação, Giovan Pereira.

A obra é decorrência de problemas na contenção do material na travessia. Custo: R$ 400 mil, dos cofres do Município.

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