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Pelotas e RS

Prefeitura confronta pelotense com lixo mal descartado

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Quem passou pelo Calçadão da Andrade Neves, na tarde desta quarta-feira (3), foi surpreendido ao encontrar uma estrutura diferente próxima ao Chafariz das Três Meninas, que atraiu olhares curiosos da população.

No entanto, a caixa de acrílico com 2 metros de altura guardava um conteúdo bastante conhecido por todos: lixo. Todos os resíduos expostos foram retirados pelo Sanep na primeira semana do mutirão de limpeza das bocas de lobo e levados até o centro da cidade para dimensionar a gravidade do problema de descartar o lixo incorretamente.

Nas primeiras noites de trabalho da autarquia, mais de 300 bueiros foram limpos e uma caçamba de caminhão cheia de resíduos recolhida – principalmente, com garrafas pet e sacolas plásticas, que obstruíam as estruturas e impediam o escoamento da água.

A ideia do Sanep é alertar os cidadãos e demonstrar que o lixo jogado por eles na rua, uma hora ou outra, retornará causando alagamentos e prejudicando sua própria rotina no município. 

A prefeita Paula Mascarenhas e o diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia, acompanharam o início da atividade e aproveitaram para conversar com as pessoas sobre o tema. De acordo com Paula, atividades de educação ambiental, como esta, precisam ser reforçadas para conscientizar a população.

A iniciativa chamou a atenção de pelotenses que caminhavam pelo Calçadão e pararam para observar os resíduos, responsáveis por entupir os sistemas de drenagem até a semana passada. É o caso da aposentada Leiane Rodrigues, que aprovou a exposição como forma de sensibilizar a comunidade.

Mutirão de limpeza chegará aos bairros

O diretor-presidente do Sanep explica que, pelos próximos três meses, a autarquia dará continuidade ao mutirão de limpeza das bocas de lobo. A expectativa é de que em 15 dias, cerca de mil estruturas já estejam desobstruídas e o serviço seja direcionado aos bairros, acrescenta Garcia. A ação acontece sempre durante a noite, das 19h às 7h, para evitar interrupções no trânsito e aglomerações. Somente no primeiro trecho que recebeu o mutirão (esquina das ruas Gonçalves Chaves e Tiradentes), em maio, três sacos cheios de lixo foram retirados.

Plástico Zero

Paralelo à limpeza dos bueiros, o Sanep também busca evitar que tantos resíduos cheguem aos sistemas de drenagem e provoquem os alagamentos. Pensando nisso e em contribuir para a redução da poluição plástica no mundo, lançou o projeto Plástico Zero no último mês. Através de campanhas educativas em cinco feiras da cidade, a iniciativa vai distribuir, à população, ecobags (sacolas de pano reutilizáveis) no lugar dos sacos plásticos.

1 Comment

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  1. Fernando Rohnelt Filho

    04/06/20 at 01:07

    Excelente idéia, pode ser que saltando aos olhos, as pessoas tomem consciência de que são responsáveis pela manutenção de limpeza da cidade. Com toda certeza da maneira que se apresenta uma hora irá acontecer o óbvio, um alagamento desproporcional, aí a culpa será de quem? Da prefeitura, da prefeita ou do cidadão que joga seu lixo por todo canto da cidade.

Cultura e entretenimento

Luiz Carlos Freitas lança novo romance: Confissões de um cadáver adiado

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O escritor e jornalista Luiz Carlos Freitas autografa na próxima quinta-feira (30), a partir das 18, na Livraria Mundial, seu novo romance: Confissões de um cadáver adiado. Freitas mergulhou no trabalho durante um ano até bater o ponto final.

O romance tem como ponto de partida e chegada a própria vida do autor, que sobreviveu a uma sentença que parecia de morte.

O prefácio fala por si:

Realidade e ficção na hora da morte Amém!

Sou filho do povo pobre e escravizado, a literatura me libertou e salvou. Perambulei por aqui e ali, encontrei guarida, força e sobrevivência financeira no jornalismo, oásis e alegria no ofício de escrever romances de cunho social, em paralelo, nas horas roubadas ao lazer e ao convívio familiar. Escrever me bastava, ser famoso e ganhar dinheiro não me atraia – expulsar fantasmas íntimos era o objetivo. Até que, no final de abril de 2011, ocorreu o que eu previa desde quando perdi meu pai, em 1973, aos 43 anos, vitimado por câncer no estômago e metástase no fígado.

Eu trabalhava na conclusão do romance MoriMundo e, em função de desconforto gástrico, fui me consultar. Desconfiança do médico, endoscopia, diagnóstico de enfermidade anunciada: tumor maligno de 2,5 cm (a mesma doença paterna) no Piloro (parte do estômago). Solução? Cirurgia. Pra ontem! Fui operado dia 13 de maio de 2011. Tudo certo! Extraíram o tumor e parte do estômago – deram-me como curado. Milagrosamente. Sem metástases. Tirei o prêmio da Mega Sena. Hurras! Vivas! Safei-me. Em julho dispensei o auxílio-saúde do INSS, voltei ao trabalho e à conclusão do MoriMundo, com a responsa de retornar a consultar-me com o oncologista em novembro, já com a tomografia em mãos.

Terminei o livro e o publiquei em setembro daquele ano. Ufa! Em novembro fiz a “Tomo” e me apresentei ao médico, pacificado, tranquilo, sem nada a temer. Choque! De alta voltagem! O cara leu o laudo do exame e me disse na lata: Problemas! Novo tumor no estômago, outro no pâncreas, um terceiro no baço e necrose no fígado. Puta… Balancei. No pâncreas! Tremi, me senti mal, meu mundo caiu, pensei: É o fim, prezado Freitas. Deu pra ti, camarada! O que temia há 40 anos se tornou realidade. Dei um tempo. Recuperei-me. E perguntei ao oncologista: Quanto tempo de vida? Entre seis meses e dois anos! Respondeu na hora, insensível e habituado às dores alheias. O que devo fazer? Extirpar os tumores por meio de cirurgia, a fim, talvez, de prolongar a vida, respondeu: Tchau e benção!

Dei entrada ao hospital dia 1º de janeiro de 2012, com cirurgia marcada para a manhã seguinte. No íntimo se digladiavam a esperança, a desesperança, o medo e um vago sentimento de aceitação do inevitável. Fiquei novehoras na mesa de cirurgia. Extraíram o tumor e o que restava do estômago, a cauda e a cabeça do pâncreas, o baço, e rasparam a necrose do fígado. Acordei e percebi que continuava no mundo dos vivos. Por pouco tempo. Deu rolo. Intercorrências nas cirurgias. Abriram-me mais cinco vezes consecutivas e instalaram um dreno no fígado para filtrar o excesso de bílis. Fui indo, dois, três dias… Bactéria estava à toa na vida e decidiu infectar-me.

Peguei infecção hospitalar das bravas. Dê-lhe litros de antibiótico e parará. A coisa piorou, choque séptico, falência de órgãos múltiplos… Adeus mundo! Quinze dias em coma! Caixão e sepultura prontos, família conformada, médicos nem aí para mais um caso perdido (aqui é força de expressão, “licença poética”). Acordei! Vi três rostos em forma de santa – não lembro a ordem: minha mãe, minha companheira, minha irmã caçula. Acordei do coma para espanto geral – milagre! –, permaneci três meses no hospital, perdi 30 quilos, voltei pra casa – milagre! A enfermidade foi superada, estou limpo  há 11 anos e 25 dias, completados hoje, 26 de setembro de 2023. Não tenho estômago, partes do pâncreas, o baço, a vesícula, a aparência e a energia de outrora…

Nesses quase 12 anos de recuperação física e mental, ganhei sobrevida, 15 quilos (meu peso oscila entre 52 e 55 Kg), paz, tranquilidade, tempo para escrever, certa lucidez, aposentadoria por invalidez, uma coluna política três vezes por semana no centenário Diário Popular (desde 2014 até dezembro de 2020), e uma vida praticamente normal – sem sequelas graves. Ainda que sobre mim paire a sombra do medo da recidiva. Entre 2014 e 2015 escrevi o romance Homo Perturbatus, publicado em 2016, reeditei Amáveis inimigos íntimos, em 2017, Odeio muito tudo isso, em 2019, e publiquei o romance Ninguém em 2020. Enquanto isso, Confissões de um cadáver adiado maturava na mente e no espírito, à minha revelia, esperando o momento certo para vir à luz. Comecei a escrevê-lo em maio de 2022, após necessária visita à aldeia Campelo, no Norte de Portugal, onde nasceram meus avôs paternos. Concluí a obra em março de 2023. Foi doloroso reabrir velhas feridas, descobrir outras, furtivas. Às vezes, chorava e lamentava meus erros, geralmente a melancolia, a nostalgia e a culpa ditaram o ritmo e as palavras. Fui em frente!

Confissões de um cadáver adiado não é um manual de superação da enfermidade – longe disso. Mas é testemunho inequívoco de que o diagnóstico de câncer – mesmo os considerados irremediáveis – já não é sinônimo de finitude. Tampouco tem a pretensão de “colonizar” o outro, como diz Saramago. O objetivo da obra é compartilhar experiências, plantar esperança, mostrar a ambiguidade, a imperfeição e a mesquinhez do ser. Há outros. Diversos.  Descubra-os!

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Pelotas e RS

Nova estapa da obra na ponte do Laranjal levará 10 dias, se não chover

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A prefeitura avisa que começou uma nova etapa da obra na ponte do Laranjal.

Dizem que, nexta-feira (24), começaram uma nova etapa da obra de recuperação da cabeceira da ponte sobre o arroio Pelotas, a terceira. “A empreiteira contratada fez a perfuração das microestacas e começou o trabalho de concretagem”. 

“Entramos, agora, na terceira etapa da obra, que é a das estacas que servirão de cortina para a contenção. O prazo para conclusão dessa parte é de, aproximadamente, dez dias, se o tempo for bom”, diz o secretário de Obras e Pavimentação, Giovan Pereira.

A obra é decorrência de problemas na contenção do material na travessia. Custo: R$ 400 mil, dos cofres do Município.

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