“O Conselho Nacional de Justiça apontou que entre 2005 e 2015 houve um aumento de 160% no número de processos judiciais por erro médico no país. O Brasil atingiu 26 mil processos contra médicos, por suposto erro médico.
A especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, com 27,14% dos processos, é a mais demandada. No nosso estado é a quarta especialidades mais demandada, frisa-se que 99% dos demandantes estão amparados pela Justiça Gratuita, ou seja, é a judicialização da área da saúde.
Diante desse panorama, a Dr. Scilla faz parte destas estatísticas, eis que atua como médica há 22 anos, com uma média de cinco partos por plantão, haja vista que respondeu a três demandas judiciais na área cível, na Comarca de Pelotas, com a atuação das advogadas Franzisca Frey e Sara Cruz, sendo duas ações julgadas improcedentes e uma encontra-se na fase de instrução. Na área administrativa junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, a Dra também foi absolvida por unanimidade.
O caso que vem sendo ventilado nas redes sociais referente ao estado do Paraná, dada a distância, ficou sob o comando de outro escritório, do mesmo modo teve um desfecho satisfatório para a médica e não apontou sua culpa, tendo o mesmo resultado no Conselho Regional de Medicina do Paraná.
Outrossim, nas cidades de Arroio Grande e Rio Grande não existe qualquer processo em nome da Dra.
Nenhum médico, por mais competente que seja, não pode assumir a obrigação de curar o doente ou de salvá-lo. Pois ciência médica, apesar de todo o seu desenvolvimento, tem inúmeras limitações, que só os poderes divinos poderão suprir. A obrigação que o médico assume a toda evidência, é a de proporcionar ao paciente todos os cuidados conscienciosos e atentos, de acordo com as aquisições da ciência.
Os desabafos e denúncias que estão circulando nas redes sociais, frisa-se, apenas neste momento em que a Dra encontra-se fragilizada frente a agressão sofrida, serão esclarecidas oportunamente quando forem formalmente instrumentalizados, momento em que triunfará o princípio do contraditório e ampla defesa, bem como todas essas falácias divulgadas sem qualquer respaldo probatório ou conhecimento técnico.
Com a devida vênia, podemos comparar toda essa exposição e retaliação pública exagerada, que a Dra Scilla vem sofrendo ao caso da Dra Víginia Soares de Freitas, do Hospital Evangélico no Paraná e acreditamos que ao final de todos esses casos o resultado será o mesmo _ a atuação certa e capaz da Dra Scilla como uma excelente profissional da saúde”.
Foi surpreendente, e até chocante, ver a prefeita Paula Mascarenhas tentando na prática dar um terreno valioso do Município para a Associação Rural. Ela quer dar de mão beijada uma área da prefeitura do tamanho de 25 campos de futebol profissional (25 hectares), para que seja comercializada. Quer ceder a terceiros uma gleba pública, e daquelas dimensões, como se fosse propriedade sua.
O juiz Bento Barros não concordou com a transação. Mandou parar tudo e, em seu despacho, ainda mandou uns recados indiretos à prefeita. Mencionou a crise financeira da prefeitura e relembrou a ela da possibilidade legal de que venda (por licitação) o terreno que a Rural pretende comercializar, o que, no caso em questão, seria o lógico e esperado de um gestor atento ao interesse público.
O terreno, em valor estimado ao redor de R$ 100 milhões, teria por finalidade um vultoso empreendimento imobiliário na Rural —não um fim social, como o originalmente previsto na cessão da área. Um negócio que, se consumado, seria típico do Brasil, possível graças à mão caridosa e amiga do Estado. Pior é que o projeto de lei do Executivo autorizando a transação já tinha passado numa comissão da Câmara. Vereadores, que no papel são fiscais do interesse público, estão apoiando…
SABE LÁ DO QUE SE TRATA ISSO?
Há milhões de motivos para preocupações.
Ainda falta muito para o Brasil ser uns Estados Unidos, onde o empreendedorismo é tão admirado pelos nossos liberais. Se é que seria possível uma empreitada semelhante.
Samuel (Samuel Theis) é encontrado morto na neve do lado de fora do chalé isolado onde morava com sua esposa Sandra (Sandra Hüller), uma escritora alemã, e seu filho Daniel (Milo Machado Graner), de 11 anos, com deficiência visual. A investigação conclui se tratar de uma “morte suspeita”, pois é impossível saber ao certo se ele tirou a própria vida ou se foi assassinado. Sandra é indiciada e acompanhamos seu julgamento que expõe o relacionamento do casal. Entre o julgamento e a vida familiar, as dúvidas pesam sobre a relação da mãe com seu filho.
Com um começo instigante, Anatomia de uma Queda coloca dúvidas na cabeça do espectador: Samuel caiu acidentalmente do chalé ou cometeu suicídio? Ou será que foi empurrado por Sandra? Ao longo de 2h e meia, o filme desenvolve sua narrativa sem pressa e de forma complexa, focada nos diálogos. A primeira parte explora a investigação e a reconstituição da morte de Samuel, enquanto que na segunda temos o julgamento, com Sandra suspeita e acusada do assassinato do marido, tendo que provar sua inocência com ajuda de Maître Vincent Renzi (Swann Arlaud).
A diretora Justine Triet acerta em cheio ao trabalhar com diferentes versões, sem nunca apresentar uma verdade definitiva e nem respostas prontas. O roteiro de Triet e Arthur Harari, seu marido na vida real, foi uma colaboração perfeita ao explorar a intimidade do casal e a relação, muitas vezes abusiva, entre eles.
Em uma das grandes atuações do ano, Sandra Hüller tem uma performance poderosa. Falando em inglês, com dificuldade em francês e sem poder falar em sua língua materna, ela passa por todas as nuances de sua personagem e, ao lado do jovem Milo Machado Graner, conferem à narrativa uma profundidade impressionante.
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes e forte candidato ao Oscar, Anatomia de uma Queda é um angustiante estudo de personagens que desvenda as complexidades das relações humanas.