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Opinião

‘Governador desconhece Caxias do Sul’, diz presidente de Sindicato de Médicos

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NOTA DO SINDICATO DOS MÉDICOS DE CAXIAS DO SUL

Governador, estamos vivendo um grave problema de
saúde pública, não piore a situação. Não misture política neste
momento. Desconhecemos por qual o motivo você não simpatiza
com Caxias do Sul.

Governador, você não conhece Caxias do Sul, geograficamente, politicamente e muito menos sua infraestrutura.

Não necessitamos e não solicitamos sua interversão no
gerenciamento da saúde municipal, você está dificultando o nosso
trabalho na condução dos efeitos desta pandemia.

Deixe o Prefeito Municipal e sua equipe conduzirem o processo eles tem mais conhecimento e vivência do que você, não atrapalhe. Eles estão
administrando um município com 510 mil habitantes, sendo que a sua
experiência é em comunas bem menores.

Caso queira conhecer mais Caxias do Sul, sua realidade, sua infraestrutura, o nosso trabalho, você poderia aconselhar-se com três antecessores seus, Simon, Rigotto e Sartori, estes nunca deixaram Caxias no vermelho.

Governador, vamos aos dados técnicos nos quais você se aventurou a dar palpite e analisar. Esta análise é feita pela representação dos médicos, que são os que de fato estão no dia a dia dos problemas da saúde e do atendimento médico junto com outros profissionais da saúde.

As UTIs estão com 80% de lotação, mas com pacientes de toda a região, tanto no público quanto no privado, entretanto apenas 20% do total de leitos de UTI são relacionados a casos positivos ou suspeitos de Covid-19.

Com a chegada do inverno, todos os anos, as UTIs e leitos de internação
ficam com a lotação próxima aos 100%. O ano passado foi assim e
você não se preocupou com Caxias do Sul.

Governador, é uma característica da cidade, relacionada às patologias comuns ao nosso clima, que as UTIs lotem, mas isto você não sabe por que não nos conhece. Veja o número de óbitos, que todos lamentamos, até o momento 6. Faça a relação número de óbitos e população, mas isto não lhe interessa não é governador?

Essa classificação multicolorida é inadequada, aleatória e fora da realidade. Não é nossa intenção nos por em um patamar superior a ninguém, mas pelas características do município teríamos que ter uma classificação com matização específica, não abrangente a outras localidades.

Senhor Prefeito de Caxias do Sul, a Constituição Federal é clara em seu artigo Primeiro, parágrafo único: “todo o poder emana do povo e em nome dele será exercido”. Considerando este dispositivo constitucional solicitamos-lhe, não acatar tal classificação feita pelo governo do Estado, respeitando a vontade da população caxiense.

Caxias do Sul, 15 de junho de 2020.
Dr. Marlonei Silveira dos Santos
Presidente do Sindicato

4 Comments

4 Comments

  1. Marco Antônio Perelló Moraes

    18/06/20 at 12:19

    Concordo totalmente com Luis Alberto Simões Oliveira e Magda Vargas Soares. O médico foi arrogante, como são os caxienses.

  2. Magda Vargas Soares

    17/06/20 at 14:05

    Infelizmente, o povo caxiense se acha superior em querem uma cor de bandeira só para eles. O empresariado está preocupado com o lucro e não com a população. Como será que o Sartori ou os outros governadores da serra conduziriam a a pandemia? Com certeza iriam puxar a brasa para seu assado como sempre fizeram. Tipo fazer estradas com asfalto impecavel para as colônias de Caxias enquanto o resto do estado carecia de boas estradas.
    Agora quem pode afirmar que foram os caminhoneiros que levaram o vírus para o interior do estado? na maioria foram pessoas que foram viajar a passeio ou visitar parentes e trouxeram o virus para suas cidades.
    Acho que nessa hora as pessoas deveriam ter mais empatia ao invés de olharem para seus umbigos. O governador tem um olhar macro, uma preocupação macro. Se houver menos receita, ou arrecadação em qualquer cidade, isso afeta os cofres do estado simples assim.

  3. Eliane Duarte

    16/06/20 at 19:46

    Governador está perdido, assim como todos, aqui no RS, não tem um protocolo para tratarem os pacientes com Covid, queremos prescrever Hidroxicloroquina e não tem nas farmácias nem hospitais. Governador conseguiu não aprender com todos os surtos q teve em outros países e estado. Agora o reitor da UFPel , cidade dele, resolve que devemos fazer Lookfown, sendo q já foi provado que não funciona. QueM espalhou a doença para o interior foram os caminhoneiros, VÃO FAZER ELES PARAREM? Lembra como foi a greve deles? O desabastecimento que ocorreu? Ah! Vale lembrar que o governador do RS é do mesmo partido do DORIA

    • Luis Alberto Simões de Oliveira

      17/06/20 at 18:20

      A experiência do governador pode ser com um município menor,mas de tão grande importância quanto caxias do Sul, este presidente do sindicato médico parece ser porta voz das elites.

Cultura e entretenimento

Napoleão, o filme, é belo de ver, mas tem montagem confusa. Por Déborah Schmidt

Com duas horas e meia, já foi anunciado um corte do diretor com 4 horas de duração que será exibido no streaming, o que explica os cortes na edição

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Napoleão passa por diferentes décadas da vida de Napoleão Bonaparte (Joaquin Phoenix), na turbulenta França após o fim da monarquia. Sua rápida e implacável ascensão a imperador é vista através de seu conturbado relacionamento com Josephine (Vanessa Kirby), sua esposa e verdadeiro amor.

Vindo do nada como um oficial de artilharia do exército francês durante a Revolução Francesa, o filme retrata sua jornada, até ser derrotado e exilado na ilha de Santa Helena. O longa retrata diversos momentos históricos, como a decapitação de Maria Antonieta até a invasão do Egito, quando permitiu que seus exércitos utilizassem as pirâmides de Giza como alvo para treino de pontaria.

Dirigido por Ridley Scott, responsável por produções inesquecíveis ao longo de quase 50 anos de carreira como Alien – O 8° Passageiro (1979), Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), um dos meus filmes favoritos, Thelma & Louise (1991), Gladiador (2000), O Gângster (2007), Perdido em Marte (2015), O Último Duelo (2021) e muitos outros. O diretor constrói épicos como poucos, com grandiosas e impressionantes cenas de batalha. Em Napoleão, a ascensão e queda de Bonaparte nos altos escalões do governo francês é intercalada por importantes conflitos como o cerco de Toulon, as invasões à Rússia e a investida contra os ingleses em Waterloo.

O roteiro de David Scarpa traz um protagonista nostálgico, constantemente avaliador da própria vida, narrador de cartas sentimentais e dependente emocionalmente da esposa. Tecnicamente excelente, a fotografia de Dariusz Wolski aposta em sequências que enfatizam paisagens belíssimas e no vermelho-sangue das batalhas. Porém, o filme dilui as competentes cenas de ação em uma montagem confusa, que apresenta a vida de Napoleão de forma apressada e sem o devido contexto.

Com duas horas e meia, já foi anunciado um corte do diretor com 4 horas de duração que será exibido no streaming, o que explica os cortes na edição. Aliás, a trama foi bastante criticada no que diz respeito aos dados históricos retratados no filme, no entanto, a precisão histórica não pareceu uma preocupação para Ridley Scott. Prefiro deixar essa questão para os historiadores, meu assunto aqui é apenas o cinema.

Entre glória e fracasso, Joaquin Phoenix apresenta um homem falho e humano, que, entre estratégias brilhantes contra britânicos e russos, encontrou na esposa o relacionamento que assombrou sua vida. Afinal, o fato de Josephine não conseguir lhe dar um filho, um símbolo da continuidade de um império, desempenhou um papel fundamental na relação entre os dois. A química entre Phoenix e Vanessa Kirby é perfeita, com a atriz roubando a cena e sendo um dos grandes destaques da produção.

“França, exército e Josephine”, foram as últimas palavras proferidas por Napoleão Bonaparte antes de morrer. Possivelmente, as únicas três coisas que amou na vida. O filme faz questão de trazer essa passagem ao término de Napoleão, resumindo a produção nessas três palavras.

Em cartaz, Napoleão retrata o líder e estrategista militar com um olhar nostálgico e humanizado e, portanto, com falhas. Um épico que merece ser visto, preferencialmente, no cinema.

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Opinião

Decisão surpreendente a da prefeita!

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Foi surpreendente, e até chocante, ver a prefeita Paula Mascarenhas tentando na prática dar um terreno valioso do Município para a Associação Rural. Ela quer dar de mão beijada uma área da prefeitura do tamanho de 25 campos de futebol profissional (25 hectares), para que seja comercializada. Quer ceder a terceiros uma gleba pública, e daquelas dimensões, como se fosse propriedade sua.

O juiz Bento Barros não concordou com a transação. Mandou parar tudo e, em seu despacho, ainda mandou uns recados indiretos à prefeita. Mencionou a crise financeira da prefeitura e relembrou a ela da possibilidade legal de que venda (por licitação) o terreno que a Rural pretende comercializar, o que, no caso em questão, seria o lógico e esperado de um gestor atento ao interesse público.

A área toda da Rural foi doada pelo Município à Associação em 1959. Mas a lei de doação contém uma cláusula de salvaguarda.

O juiz Bento explica:

“A legislação estabelece que a sociedade beneficiária (Associação Rural) não poderia alienar o imóvel ou parte dele em nenhum momento, sob pena de caducidade da doação e retorno do imóvel, juntamente com todas as benfeitorias existentes, ao patrimônio do Município de Pelotas. Portanto, até o momento, o direito de dispor e reaver o imóvel é do Município de Pelotas, integrando o seu patrimônio.”

O terreno, em valor estimado ao redor de R$ 100 milhões, teria por finalidade um vultoso empreendimento imobiliário na Rural — não um fim social, como o originalmente previsto na cessão da área. Trata-se de um negócio que, se consumado, seria típico do Brasil, possível graças à mão caridosa e amiga do Estado. Pior é que o projeto de lei do Executivo autorizando a transação já tinha passado numa comissão da Câmara. Vereadores, que no papel são fiscais do interesse público, estão apoiando.

SABE LÁ DO QUE SE TRATA ISSO?

Há milhões de motivos para preocupações.

Ainda falta muito para o Brasil ser uns Estados Unidos, onde o empreendedorismo é tão admirado pelos nossos liberais. Se é que seria possível uma empreitada semelhante.

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