Os presidentes do Xavante e do Lobão, Ricardo Fonseca e Gilmar Schneider, estiveram há pouco reunidos com a prefeita Paula Mascarenhas para tratar da possibilidade de retomada dos treinos de futebol profissional na cidade. Eles pediram o encontro, segundo a prefeitura, para dizer que gostariam de voltar aos treinos 25 dias antes do recomeço do Campeonato Gaúcho.
A prefeita elogiou os dirigentes, que, segundo ela, compreendem o momento da pandemia e não estão fazendo pressão, apenas dialogando dentro das possibilidades definidas no Plano de Distanciamento Controlado, posto em vigor por decreto do governo do estado.
A prefeita disse a Ricardo e Gilmar que aguardará o resultado de uma reunião entre Federação Gaúcha de Futebol e Governo do Estado, prevista para esta quinta-feira (18), que tratará da volta do campeonato gaúcho, para então se posicionar localmente sobre o tema da volta aos treinos.
Até aqui, a prefeita se mantém contra a retomada do futebol no prazo que gostariam os dirigentes, começo de julho próximo. No dia 10 passado, Paula reiterou que considera precipitado o retorno. Com o reposicionamento do município para a bandeira amarela (baixo risco de contágio por coronavírus), a região poderia retomar os treinos, ainda assim ela considera a volta arriscada. Motivo, segundo a prefeita: “Tem muitos atletas vindos de fora, protocolos de alto custo financeiro, o futebol é um esporte de alto contato. Não estou fechando a porta, é o princípio da precaução, estou esperando o contato dos clubes, o qual ainda não houve oficialmente, para saber a opinião deles”.
Na reunião desta quinta, entre Leite e o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, Leite deve repetir o que já disse e que com o que Paula concorda: Que não vê alternativa para o estadual retornar no meio de julho.
“Nosso Estado tem poucas regiões com bandeira amarela. Nessas regiões podem acontecer jogos. Um campeonato de nível estadual fica comprometido. Nesse momento, parece difícil o retorno de um campeonato esportivo como o Campeonato Gaúcho, mas estamos sempre abertos para discussão e para sermos convencidos. Vamos ouvir e tomar decisões respeitando as vidas das pessoas”, avalia Leite.
Está longe, mas, como as especulações eleitorais começaram, não é descabido considerar que o deputado federal Daniel Trzeciak, do PSDB, possa não concorrer a prefeito de Pelotas em 2014.
Pelos seguintes motivos:
1. Os eleitores não gostam de políticos que abandonam mandatos no meio. Além disso, a região perderia seu único representante no parlamento, logo ele, responsável por trazer grande quantidade de verbas de emendas para hospitais, obras etc.
2. O salário de deputado é de R$ 41,6 mil. O de prefeito, R$ 15 mil.
3.Prefeitura está com déficit grave nas contas públicas. Somados o déficit de 2023 e o previsto em lei para 2024, dá um acumulado de R$ 400 milhões, um quinto do orçamento públicoanual da cidade, de R$ 2 bilhões.
4. O clima de Brasília, seco, segundo orientações de saúde, é mais favorável à filha do deputado, de um ano de idade, do que o úmido clima pelotense.
Prefeita insiste e vai recorrer contra decisão judicial que suspende projeto de lei que autoriza Associação Rural a construir empreendimento imobiliário
A pedido da prefeita Paula Mascarenhas, a Procuradoria do Município vai recorrer judicialmente para manter em curso na Câmara um projeto de lei do Executivo que autoriza a Associação Rural de Pelotas a construir um empreendimento imobiliário sobre um terreno de 25 hectares (igual ao tamanho de 25 campos de futebol profissional).
A Procuradoria vai alegar que, pela Lei 948, de 1959, o terreno está doado pelo Município à entidade. É verdade. Porém, com base na mesma lei citada, o juiz Bento Barros suspendeu nesta semana o trâmite do projeto de lei. Ele se assenta no seguinte argumento presente na mesma Lei 948:
“A legislação mencionada estabelecia que a sociedade beneficiária (Associação Rural) não poderia alienar o imóvel ou parte dele em nenhum momento, sob pena de caducidade da doação e retorno do imóvel, juntamente com todas as benfeitorias existentes, ao patrimônio do Município de Pelotas. Portanto, até o momento, o direito de dispor e reaver o imóvel é do Município de Pelotas, integrando o seu patrimônio.
Estima-se que o terreno valha ao redor de R$ 100 milhões. A prefeita quer abrir mão do terreno em favor da Rural, em vez de vendê-lo. Na prática, por alguma razão incompreensível, quer dar o terreno.
Um negócio assim, se consumado, seria típico do Brasil, possível graças à mão caridosa e amiga do Estado. Pior é que o projeto de lei do Executivo autorizando a transação já tinha passado numa comissão da Câmara. Vereadores, que no papel são fiscais do interesse público, estão apoiando.
Ainda falta muito para o Brasil ser uns Estados Unidos, onde o empreendedorismo é tão admirado pelos nossos liberais. Se é que seria possível uma empreitada semelhante.