A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, realizou transmissão de vídeo ao vivo, pelas redes sociais pessoal e da Prefeitura – na manhã desta quinta-feira (2) –, para atualizar os moradores quanto à situação da pandemia causada pelo novo coronavírus. Até o início dessa tarde, o município registrava 275 casos confirmados.
Levantamento da Secretaria de Saúde aponta que 182 pessoas são consideradas recuperadas, 86 estão em isolamento domiciliar, quatro foram internados como confirmados e seis hospitalizados na condição de suspeita. Há, até o momento, quatro vítimas da Covid-19, que morreram em decorrência da infecção.
Necessidade de controle
Paula iniciou a live lamentando os óbitos registrados nas duas últimas semanas e prestou condolências às famílias. Ela ainda reforçou os pedidos, à população, de que as medidas de prevenção não sejam relaxadas e as pessoas fiquem em casa quando possível.
“Preciso do apoio e da contribuição de todos; precisamos controlar a propagação deste vírus que está tirando vidas, incluindo jovens e quem não tinha histórico de doenças preexistentes”, destacou a prefeita.
Projeto de Lei e multas
Para aumentar a fiscalização, a Prefeituraenviou um Projeto de Lei (PL) à Câmara Municipal de Pelotas com o fim de submeter, à apreciação dos vereadores, a aplicação de multas a quem descumprir as medidas de prevenção. Decretos municipais determinam uso obrigatório de máscara em espaços públicos e privados, e não realização de aglomerações.
O valor da multa, segundo a gestora, é estipulado por Unidade de Referência Municipal (URM): R$ 117,69. Pode variar de 1 a 10 URMs. A Câmara está avaliando o Projeto de Lei e há grandes chances de ser aprovado, anteviu Paula.
“Eu evitei fazer este encaminhamento; fizemos uma consulta. A imensa maioria aprova essa lei, mas, mesmo assim, eu segurei por algumas semanas porque acho que a conscientização é sempre o melhor caminho. Eu esperava que as pessoas, através das informações, mudassem suas posturas, porém precisamos priorizar a vida, trabalhamos com ela à frente de tudo”, ressaltou a chefe do Executivo.
Bandeira vermelha
A prefeita assinalou que a expectativa é a de que, nos próximos dias, a região de Pelotas, no Distanciamento Controlado do governo do Estado passe à bandeira vermelha, que sinaliza risco alto para o novo coronavírus.
Segundo Paula, o aumento do número de internações, principalmente no município de Rio Grande, bem como a quantidade de óbitos crescentes na Zona Sul, que registra 15 mortes pela doença: Rio Grande (6), Pelotas (4), Canguçu (2), São José do Norte (2) e Piratini (1). “Não tenho certeza se isso [a mudança de bandeira] vai acontecer [esta semana], mas pelo aumento que estamos vendo, corremos o risco sério de entrar em bandeira vermelha”, avaliou.
Falta de profissionais
Quanto à área da saúde, informou que há possibilidade de interrupção em serviços eletivos devido à falta de medicamento e de profissionais. “Estamos vivendo algumas dificuldades na saúde, não é uma situação que ocorra apenas em Pelotas; têm faltado medicamentos em algumas áreas; há limitação no número de equipes de profissionais da saúde”, explicou Paula.
Está prevista uma reunião para a tarde desta quinta-feira com o coordenador da Aliança Pelotas, Amadeu Fernandes, cujo objetivo é possibilitar, aos empresários, organização prévia, caso haja modificação no modelo estadual.
Futebol profissional
Outra reunião agendada, o encontro com os presidentes do Esporte Clube Pelotas e Grêmio Esportivo Brasil ocorrerá nesta sexta-feira (3), às 14h, a fim de que os técnicos de saúde apresentem os protocolos de prevenção a serem aplicados no retorno dos treinos. Eles devem cumprir todas as exigências referentes a testagens e ao isolamento dos jogadores.
Napoleão passa por diferentes décadas da vida de Napoleão Bonaparte (Joaquin Phoenix), na turbulenta França após o fim da monarquia. Sua rápida e implacável ascensão a imperador é vista através de seu conturbado relacionamento com Josephine (Vanessa Kirby), sua esposa e verdadeiro amor.
Vindo do nada como um oficial de artilharia do exército francês durante a Revolução Francesa, o filme retrata sua jornada, até ser derrotado e exilado na ilha de Santa Helena. O longa retrata diversos momentos históricos, como a decapitação de Maria Antonieta até a invasão do Egito, quando permitiu que seus exércitos utilizassem as pirâmides de Giza como alvo para treino de pontaria.
Dirigido por Ridley Scott, responsável por produções inesquecíveis ao longo de quase 50 anos de carreira como Alien – O 8° Passageiro (1979), Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), um dos meus filmes favoritos, Thelma & Louise (1991), Gladiador (2000), O Gângster (2007), Perdido em Marte (2015), O Último Duelo (2021) e muitos outros. O diretor constrói épicos como poucos, com grandiosas e impressionantes cenas de batalha. Em Napoleão, a ascensão e queda de Bonaparte nos altos escalões do governo francês é intercalada por importantes conflitos como o cerco de Toulon, as invasões à Rússia e a investida contra os ingleses em Waterloo.
O roteiro de David Scarpa traz um protagonista nostálgico, constantemente avaliador da própria vida, narrador de cartas sentimentais e dependente emocionalmente da esposa. Tecnicamente excelente, a fotografia de Dariusz Wolski aposta em sequências que enfatizam paisagens belíssimas e no vermelho-sangue das batalhas. Porém, o filme dilui as competentes cenas de ação em uma montagem confusa, que apresenta a vida de Napoleão de forma apressada e sem o devido contexto.
Com duas horas e meia, já foi anunciado um corte do diretor com 4 horas de duração que será exibido no streaming, o que explica os cortes na edição. Aliás, a trama foi bastante criticada no que diz respeito aos dados históricos retratados no filme, no entanto, a precisão histórica não pareceu uma preocupação para Ridley Scott. Prefiro deixar essa questão para os historiadores, meu assunto aqui é apenas o cinema.
Entre glória e fracasso, Joaquin Phoenix apresenta um homem falho e humano, que, entre estratégias brilhantes contra britânicos e russos, encontrou na esposa o relacionamento que assombrou sua vida. Afinal, o fato de Josephine não conseguir lhe dar um filho, um símbolo da continuidade de um império, desempenhou um papel fundamental na relação entre os dois. A química entre Phoenix e Vanessa Kirby é perfeita, com a atriz roubando a cena e sendo um dos grandes destaques da produção.
“França, exército e Josephine”, foram as últimas palavras proferidas por Napoleão Bonaparte antes de morrer. Possivelmente, as únicas três coisas que amou na vida. O filme faz questão de trazer essa passagem ao término de Napoleão, resumindo a produção nessas três palavras.
Em cartaz, Napoleão retrata o líder e estrategista militar com um olhar nostálgico e humanizado e, portanto, com falhas. Um épico que merece ser visto, preferencialmente, no cinema.
Foi surpreendente, e até chocante, ver a prefeita Paula Mascarenhas tentando na prática dar um terreno valioso do Município para a Associação Rural. Ela quer dar de mão beijada uma área da prefeitura do tamanho de 25 campos de futebol profissional (25 hectares), para que seja comercializada. Quer ceder a terceiros uma gleba pública, e daquelas dimensões, como se fosse propriedade sua.
O juiz Bento Barros não concordou com a transação. Mandou parar tudo e, em seu despacho, ainda mandou uns recados indiretos à prefeita. Mencionou a crise financeira da prefeitura e relembrou a ela da possibilidade legal de que venda (por licitação) o terreno que a Rural pretende comercializar, o que, no caso em questão, seria o lógico e esperado de um gestor atento ao interesse público.
A área toda da Rural foi doada pelo Município à Associação em 1959. Mas a lei de doação contém uma cláusula de salvaguarda.
O juiz Bento explica:
“A legislação estabelece que a sociedade beneficiária (Associação Rural) não poderia alienar o imóvel ou parte dele em nenhum momento, sob pena de caducidade da doação e retorno do imóvel, juntamente com todas as benfeitorias existentes, ao patrimônio do Município de Pelotas. Portanto, até o momento, o direito de dispor e reaver o imóvel é do Município de Pelotas, integrando o seu patrimônio.”
O terreno, em valor estimado ao redor de R$ 100 milhões, teria por finalidade um vultoso empreendimento imobiliário na Rural — não um fim social, como o originalmente previsto na cessão da área. Trata-se de um negócio que, se consumado, seria típico do Brasil, possível graças à mão caridosa e amiga do Estado. Pior é que o projeto de lei do Executivo autorizando a transação já tinha passado numa comissão da Câmara. Vereadores, que no papel são fiscais do interesse público, estão apoiando.
SABE LÁ DO QUE SE TRATA ISSO?
Há milhões de motivos para preocupações.
Ainda falta muito para o Brasil ser uns Estados Unidos, onde o empreendedorismo é tão admirado pelos nossos liberais. Se é que seria possível uma empreitada semelhante.
Jones Pereira
03/07/20 at 22:26
em caso de transgressão por grupos , a quem deve ser comunicado ?