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Brasil e mundo

Opinião livre: “Cruz de Sal”. Por Carla Mesko

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Por Carla Mesko, bacharel em Direito, pós-graduada em Direito Público, auditora fiscal da Prefeitura de Pelotas ©

Minha mãe tinha pânico de tempestades. Quando elas se aproximavam, com seus assustadores raios, trovões e relâmpagos, rapidamente ela providenciava a cruz de sal sobre a mesa e a correria para o quarto, onde julgava estarmos protegidos; passada a tempestade, mesmo que a chuva durasse ainda longas horas, voltávamos para a nossa rotina. Se tivesse alguma pessoa idosa ou que merecesse cuidados especiais, esta sim permanecia resguardada.

Isso marcou a minha infância, mais do que as próprias tempestades. A cruz de sal não poderia permanecer eternamente sobre a mesa, assim como nós não poderíamos permanecer dentro de quatro paredes. A vida precisava seguir e a nossa subsistência não poderia esperar a chuva cessar.

O medo nada mais é senão a percepção do perigo, real ou imaginário. Ele é compreensível, mas nunca pode se sobrepor a nossa própria existência, A necessidade diária de vencer não pode se apequenar diante dos obstáculos que são postos no nosso caminho; caso contrário, que sentido teria a vida?

Cruz de sal contra tempestades

Nesta analogia, a extrema-imprensa, a esquerda, os isentões, os aproveitadores de plantão, os mini-ditadores estaduais e municipais são os raios, trovões e relâmpagos; como emissários do apocalipse, torcem para que a desgraça ocorra e que os óbitos se multipliquem, mesmo que isso ocasione a falta de comida na mesa. Eles precisam do caos para atingir seus objetivos.

Para corroborar com a necessidade de causar pânico generalizado, o biólogo (lunático) da USP, Atila Iamarimo, previu um milhão de mortes no Brasil, por Covid-19, até agosto. O tempo está mostrando que o “estudioso” estava mais para um nostradamus picareta. Não há como se concretizar, a não ser que mais de novecentas mil pessoas percam a vida, de ou com Covid, em menos de um mês.

Para entender o que acontece de fato, importante considerar os dados do portal www.transparência.registrocivil.org.br. Mostra que no período de março a julho de 2020 diminuíram consideravelmente as mortes por causas respiratórias no Brasil, especificamente por pneumonia, septicemia e insuficiência respiratória, em comparação ao ano anterior. A não ser que tenham descoberto a cura ou tratamento eficaz para estas doenças (o que não é o caso), algo está muito errado no cenário apresentado pela extrema-imprensa.

No RS, região de inverno rigoroso, houve inclusive uma diminuição considerável do número de mortes por causas respiratórias, no mesmo padrão nacional e – pasmem – no total geral também, em comparação com o mesmo período de 2019. Ou seja, menos gaúchos morreram em 2020 de causas respiratórias, incluindo o vírus chinês, conforme os dados oficiais do portal transparência.

Nossa cruz de sal foi posta sobre a mesa, a tempestade anunciada não se confirmou, apenas a chuva se fez presente, apesar de lamentáveis os óbitos ocorridos, como devem ser lamentados em todos os anos diante de um precário sistema de saúde.

Recolham o sal, protejam os idosos e pessoas do grupo de risco e enfrentem a chuva. Ela não pode (e não será) maior do que a obrigação diária de prover a nossa subsistência e das pessoas que dependem de nós.

Fé em Deus e confiança no homem eleito para lutar por um Brasil de verdade. Sairemos dessa ainda mais fortes.

Artigos de opinião refletem única e exclusivamente a posição de seus autores.

Envie seu artigo para o e-mail amigosdepelotas10@yahoo.com.br

1 Comment

1 Comments

  1. Cláudio

    28/07/20 at 10:10

    A senhora deturpou um ponto, tal qual o que diz fazerem os que ataca. Por exemplo, Atila Iamarino apenas comentou uma projeção do Imperial College de Londres, que projetou 1 milhão de mortos no país até agosto caso absolutamente nada fosse feito no combate à doença.

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Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Leite posta encontro com o Papa

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Atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite foi recebido pelo Papa Francisco nesta quarta-feira (14). Aproveitando o espaço na agenda do Pontífice, levou à Sua Santidade uma réplica das ruínas das Missões e uma caixa com camisas do Grêmio, do Inter e do Xavante, pra ficar de bem com todas as torcidas.

Aproveitando, convidou o Papa a visitar o Rio Grande do Sul em 2026, como parte das comemorações dos 400 anos das missões jesuíticas no estado — por coincidência ano da próxima eleição presidencial, sonho que Leite persegue.

No X, Leite postou: “Foi uma conversa muito gentil e muito amável do Papa, que lembrou ter ido muitas vezes à cidade de Pelotas, onde um tio dele (Victor José Bergoglio) morou”.

Leite acrescentou: “A sua mensagem de hoje (do Papa) é muito oportuna. O Papa Francisco falou sobre temperança e pediu aos fiéis que exercitem o equilíbrio. É uma mensagem que serve para as relações nas redes sociais, pessoais, profissionais e políticas nesse mundo tão dividido”. Com essas palavras, Leite, que tem discursado contra a polarização na política, parece confirmar uma impressão. Ele é conhecido nos bastidores como “Governador Casio”. Tudo calculado, nada é espontâneo, com vistas ao pleito de 2026”.

Na última semana, Leite gravou vídeo de apoio a Matteus, participante gaúcho da final do BBB, aproveitando a onda da audiência do programa. Matteus perdeu, contudo, e o comentário é de que “perdeu por causa do apoio de Leite”. Era o comentário hoje na aula do Pilates.

Terá sido a derrota de Matteus um mau agouro para Fernando Estima, de quem se fala que poderá ser candidato dos tucanos a prefeito de Pelotas?

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