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Opinião

Comitê Covid da UFPel recomenda não retomar aulas presenciais

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Nota técnica sobre o retorno das atividades acadêmicas presenciais na UFPel (Pelotas, 27 de julho de 2020)

O Comitê UFPel Covid-19, a partir de avaliação do cenário atual e de projeções da progressão da pandemia em nível local, não recomenda que a UFPel retorne às atividades acadêmicas presenciais no período imediato após o fim do calendário alternativo vigente.

A recomendação se baseia nos indicadores sobre o estágio da pandemia no Brasil. Os dados mostram que o número de infecções e de óbitos pelo novo coronavírus continua em patamar muito elevado na maior parte do país, sem uma perspectiva concreta de redução.

Não é diferente no estado do Rio Grande do Sul, onde algumas regiões estão sob bandeira vermelha no programa de distanciamento controlado aplicado pelo Governo Estadual, incluindo a cidade de Pelotas, com número crescente de novos casos e de óbitos pela COVID-19.

Além disso, a análise conduzida pela Equipe Científica de acompanhamento da pandemia na UFPel aponta para meados de setembro o pico da COVID-19 em nossa cidade, com possibilidade de esgotamento dos leitos de enfermaria e de UTI disponíveis. Destaca-se ainda que Pelotas tem recebido a demanda de hospitalização de pacientes oriundos de outros municípios, tanto de sua macrorregião quanto de outras regiões do Estado. Segundo o Boletim Informativo da Prefeitura Municipal do dia 26 de julho, 46% dos pacientes em UTI já eram de outras localidades.

Assinale-se também que uma parte significativa dos estudantes da UFPel é oriunda de outras cidades do estado e do país, algumas das quais enfrentam forte crescimento de casos de COVID-19.

Por fim, se faz necessário considerar as dificuldades estruturais para oferecer condições de biossegurança adequadas para o retorno às aulas presenciais, como salas e ambientes arejados, higienização frequente dos espaços e distanciamento social mínimo necessário, de forma a garantir a segurança dos docentes, técnicos e estudantes, especialmente daqueles que integram os grupos de risco na pandemia.

COMITÊ INTERNO DA UFPEL PARA ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO DA PANDEMIA DA COVID-19

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Opinião

Incômodas indicações para cargos na prefeitura

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Há pouco a prefeitura demitiu Pai Cleber de Xangô do cargo de “diretor de Patrolamento” da Secretaria de Obras. Numa cidade com muitas ruas de terra nos bairros, o setor é visado. Quando chove, as ruas, esburacadas, alagam. Ao ver a patrola, os moradores ficam felizes. O ponto: segundo o vereador César Brizolara, do PSB, Pai Cleber foi indicado ao cargo pelo vereador Márcio Santos, do PSDB, partido da prefeita Paula Mascarenhas. A demissão veio após Brizolara afirmar que Cleber entregava aos moradores cartões oferecendo serviços religiosos e propagandeando que o serviço de patrola ocorria graças a Santos.

Já na Secretaria de Assistência Social, o servidor Juliano Nunes foi guindado ao cargo de função gratificada de “diretor de Alta Complexidade”. Segundo o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, em depoimento ontem (19) na Câmara, Nunes foi indicado ao cargo pelo vereador Carlos Júnior, do PSD, da base do governo. Como Pai Cleber, Nunes foi afastado do cargo, depois de denúncias de que desviava dinheiro público de beneficiários do Serviço de Prestação Continuada. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado esteve na casa de Nunes, onde fez buscas e apreensões.

Já no Pronto Socorro Municipal, Misael da Cunha, então vice-presidente do PSDB e ex-tesoureiro do partido, foi elevado ao cargo de “gerente executivo do Pronto Socorro”, de onde acabou afastado após a descoberta de pagamentos em duplicidade a uma empresa específica. O caso motivou uma CPI, em curso na Câmara, onde Brizolara tem insistido em que se abra uma outra CPI específica para investigar a Secretaria de Assistência Social.

Por esses casos estima-se os riscos da indicação política de pessoas para cargos-chave. De apelo eleitoral. E que operam verbas.

Vereadores indicando cargos, de qualquer tipo, e a autoridade na prefeitura aceitando, é um sinal da miséria brasileira, da falta de entendimento do papel institucional. Às vezes cansa falar disso.

A imagem da patrola parece resumir o que ocorre.

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