Uma doença é torturante, um tipo de tortura.
Ninguém merece um castigo desses que a pandemia vem impondo a todos, sem exceção, em maior ou menor grau.
Pois hoje, não sei por que (o inconsciente está sempre nos enviando mensagens), lembrei de um livro de memórias de um ex-preso político.
Falando da tortura, diz algo mais ou menos assim:
“O mais difícil não era sofrer na mão dos carrascos, os choques elétricos, o pau-de-arara.
Pior era nos dias seguintes, quando vinham nos buscar à mesma hora, às 14h, e, em vez de nos espancarem, como faziam sempre no mesmo horário, nos levavam para o banho de sol. Essa quebra na lógica do que deveria acontecer era ainda mais perturbadora.
Nos dias seguintes, eu ficava olhando para a porta da cela à mesma hora, 14h, com expectativa do que haviam reservado para nós da nova vez.
Com o tempo, entendi que aquilo fazia parte da tortura, a parte mais sofisticada. Tentar nos dobrar por dentro ao nos deixar sem saber o que esperar, ao desnortear a nossa previsibilidade”.
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Sobre o que o preso político pensava, pode-se ,quem sabe, hoje pensar “o que o STF fará amanhã em qualquer horário do dia?”
Nada surpreenderá!