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Opinião

Reduzidos ao essencial, no futuro teremos uma sociedade do Ter ou do Ser?

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Muito se fala em novo normal, na pós-pandemia. A pandemia levará a uma economia mais ecológica?

A reação dos governos foi reduzir as atividades ao essencial.

E se as pessoas gostarem desse estilo de vida mais simples?

O PIB dos países despencaria, haveria desemprego em massa. A produção focaria em alimentos, saúde, educação, entretenimento.

Haveria muito tempo livre.

Os governos teriam de pagar para as pessoas ficarem em casa e conseguirem satisfazer as necessidades básicas.

Seria um tipo de socialismo estilo Admirável Mundo Novo. Um prolongamento ad eternum da vida sob quarentena.

Baseado:

  1. Na superprodução de alimentos.
  2. Na superprodução de mercadorias essenciais.
  3. O pós-capitalismo…

O dia-a-dia seria completamente diferente. A educação. Tudo mudaria.

O que aconteceria quando a mais valia (o excedente) fosse tão grande que o custo do capital fosse zero?

Marx previa uma crise nesse caso.

Aconteceria isso:

A produção seria tão grande e barata que os governos poderiam distribuí-la. As máquinas e o capital seriam tão abundantes que teriam custo zero. É o que está acontecendo com o petróleo.

E é para onde o capitalismo está levando a humanidade, com o aumento crescente da produtividade. Para o ócio criativo. Para o socialismo.

Isso já vem acontecendo nos últimos 50 anos, mas está mascarado pela criação de novas “necessidades” não essenciais dos consumidores.

Agora estamos experimentando dispensar essas necessidades não essenciais. Dispensar o supérfluo e ficar com o absolutamente necessário.

A questão é: o que as pessoas vão preferir?

Trabalhar menos, ter menos, levar uma vida ecológica? Trabalhar mais e ter mais supérfluos, usar cada vez mais os recursos naturais?

Uma sociedade voltada para o SER ou para o TER?

Podemos entrar numa nova fase da humanidade? Como o comunismo, que ficou para trás porque não conseguiu acompanhar as inovações do capitalismo. Ou ainda é cedo?

Essa sociedade do SER poderá inovar tecnologia? Ou significará estagnação?

Poderá ter liberdade?

A resposta talvez esteja em sociedades como a sueca.

Em breve copiaremos os nórdicos?

Talvez estejamos em transição para essa nova sociedade, um dos sinais é o desemprego estrutural enorme de pessoas.

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Opinião

Incômodas indicações para cargos na prefeitura

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Há pouco a prefeitura demitiu Pai Cleber de Xangô do cargo de “diretor de Patrolamento” da Secretaria de Obras. Numa cidade com muitas ruas de terra nos bairros, o setor é visado. Quando chove, as ruas, esburacadas, alagam. Ao ver a patrola, os moradores ficam felizes. O ponto: segundo o vereador César Brizolara, do PSB, Pai Cleber foi indicado ao cargo pelo vereador Márcio Santos, do PSDB, partido da prefeita Paula Mascarenhas. A demissão veio após Brizolara afirmar que Cleber entregava aos moradores cartões oferecendo serviços religiosos e propagandeando que o serviço de patrola ocorria graças a Santos.

Já na Secretaria de Assistência Social, o servidor Juliano Nunes foi guindado ao cargo de função gratificada de “diretor de Alta Complexidade”. Segundo o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, em depoimento ontem (19) na Câmara, Nunes foi indicado ao cargo pelo vereador Carlos Júnior, do PSD, da base do governo. Como Pai Cleber, Nunes foi afastado do cargo, depois de denúncias de que desviava dinheiro público de beneficiários do Serviço de Prestação Continuada. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado esteve na casa de Nunes, onde fez buscas e apreensões.

Já no Pronto Socorro Municipal, Misael da Cunha, então vice-presidente do PSDB e ex-tesoureiro do partido, foi elevado ao cargo de “gerente executivo do Pronto Socorro”, de onde acabou afastado após a descoberta de pagamentos em duplicidade a uma empresa específica. O caso motivou uma CPI, em curso na Câmara, onde Brizolara tem insistido em que se abra uma outra CPI específica para investigar a Secretaria de Assistência Social.

Por esses casos estima-se os riscos da indicação política de pessoas para cargos-chave. De apelo eleitoral. E que operam verbas.

Vereadores indicando cargos, de qualquer tipo, e a autoridade na prefeitura aceitando, é um sinal da miséria brasileira, da falta de entendimento do papel institucional. Às vezes cansa falar disso.

A imagem da patrola parece resumir o que ocorre.

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