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Opinião

Das Redes: “Por quanto tempo mais suportaremos isto?” Por Fetter Jr.

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Por Adolfo Antonio Fetter Jr., produtor rural, ex-prefeito de Pelotas

Fetter Jr.

Nesta segunda-feira de “lockdown”, fui ao único comércio aberto – Farmácia – e aproveitei para dar uma circulada de carro por algumas áreas de Pelotas.

Em algumas áreas mais afastadas até encontrei pessoas sentadas nas calçadas (como antigamente), mas não as fotografei, para não invadir sua privacidade.

Nas áreas mais centrais, o que vi foram vias praticamente vazias de carros e gente – uma “cidade fantasma” – com pouquíssimo movimento em ruas normalmente de grande circulação (Osório, Deodoro, Floriano, por exemplo) e suas transversais, assim como no Mercado e na volta da Praça Pedro Osório.

Aliás, até o Simões Lopes parecia “desolado” com seu banco interditado por fita amarela, que impede que alguém se sente (seria ele contagiado ou contagiante?)

Muitos dirão que isto seria o esperado mesmo, embora por poucos dias, o que poderia ser considerado um “sucesso”. Respeitando quem assim pensa, para mim isto resolverá muito pouco em relação à Pandemia, pois houve grande movimentação prévia na sexta-feira e no sábado (abastecimento e preparação para o Dia dos Pais) e, como decorrência, as pessoas trancadas em casa terão ainda maior contato com quem teve que sair e as possibilidades de contágio e contaminação serão ainda maiores.

    É a mesma coisa que o anunciado para esta semana, com comércio em horário reduzido de funcionamento, o que tenderá a “concentrar” pessoas, enquanto pareceria mais lógico ampliar o horário e assim “diluir” o trânsito.

    E agora? Bem, os números das próximas semanas mostrarão a correção ou não do que está sendo imposto pelas autoridades municipais e, após 5 meses de “abre e fecha” (mais “fecha do que abre”), até pessoas supostamente isoladas se contaminaram (pois alguém tem que sair para fazer o abastecimento familiar, ou receber entregas).

    Por quanto tempo mais suportaremos isto?

    1 Comment

    1 Comments

    1. Paulo Kelbert

      11/08/20 at 10:06

      Se deixarem esta administração perdida continuar, ficaremos na mão de quem tem areia na cabeça, só cria desertos. Este é o retrato do vazio dos argumentos que geram decretos.

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    Cultura e entretenimento

    Guerra civil, o grande filme do ano até agora. Por Déborah Schmidt

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    Guerra Civil mostra a fotojornalista Lee Smith (Kirsten Dunst) e o redator Joel (Wagner Moura) em meio a uma guerra civil que dividiu os Estados Unidos em diversas facções políticas. A dupla pretende conseguir uma entrevista com o presidente, mas para isso, precisa atravessar um país dividido e enfrentar uma sociedade em guerra consigo mesma. A dupla é acompanhada por Jessie (Cailee Spaeny), uma jovem fotógrafa, e Sammy (Stephen McKinley Henderson), um repórter veterano.

    Dirigido e roteirizado pelo premiado Alex Garland, o filme explora uma trama ambientada em um futuro distópico, porém não tão distante e nem tão improvável. Conhecido por filmes como Ex Machina (2014) e Aniquilação (2018) e pelos roteiros de Extermínio (2002), de Danny Boyle e Não Me Abandone Jamais (2010), de Mark Romanek, Garland apresenta uma mistura de ação e suspense ao apresentar a viagem de carro do quarteto de Nova York até Washington. Durante o trajeto, registram a situação e a dimensão da violência que tomou conta das ruas, envolvendo toda a nação e eles mesmos, quando se tornam alvos de uma facção rebelde.

    Como a dupla de protagonistas, os sempre ótimos Kirsten Dunst e Wagner Moura criam um contraponto perfeito. Enquanto Lee já está entorpecida e demonstra frieza com relação ao caos, Joel é mais relaxado e conquista o público através do carisma. A serenidade do grupo pertence a Sammy, em um personagem que é impossível não simpatizar, ainda mais com a excelente atuação de  Stephen McKinley Henderson. Cailee Spaeny, que já havia se destacado em Priscilla (2023), repete a qualidade com Jessie, uma jovem tímida, mas ousada, e que está seduzida pela adrenalina da cobertura de uma guerra. Ainda no elenco, Nick Offerman vive o presidente dos EUA, e Jesse Plemons faz uma participação curta, porém intensa, na cena mais perturbadora do longa.

    Com a qualidade técnica já conhecida dos filmes da A24, a produção mescla a todo o momento sons de tiros ensurdecedores a um silêncio que fala ainda mais alto, em uma verdadeira aula de edição e mixagem de som. A fotografia de Rob Hardy (parceiro de Garland desde Ex Machina) flerta com o documentário e a trilha sonora de Geoff Barrow e Ben Salisbury (também parceiros de longa data do diretor) é discreta, mas extremamente competente ao servir como alívio de momentos mais tensos.

    É instigante acompanhar a jornada desses jornalistas e o filme definitivamente se beneficia deste fato. Através de frames com fotos realistas, em preto e branco, que surgem em meio às cenas mais duras, o filme aposta na fotografia para contar sua narrativa. Mesmo que acostumados com a violência, os jornalistas são os melhores personagens para retratarem essa história e, por mais que tenham seu posicionamento frente ao conflito, o trabalho deles é apenas registrar o que está acontecendo, deixando que o público tire as suas próprias conclusões. Guerra Civil é uma bela homenagem ao papel desses profissionais em momentos de crise.

    Em cartaz nos cinemas, Guerra Civil é o grande filme do ano até o momento. Um olhar crítico e sensível, ainda que essencial, sobre a nossa própria realidade.

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    Brasil e mundo

    Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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