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Brasil e mundo

Alô, Canguçu

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Eu sempre soube que os pinheiros nativos (Araucaria angustifolia) têm como habitat predileto áreas acima de 500 m de altitude que se estendem do Rio Grande do Sul ao sul de Minas. Mas faz pouco tempo que aprendi que a área mais meridional dos pinheirais fica em Canguçu.

Alguma coisa existe também em Piratini e, subindo, essa árvore maravilhosa se alastra por Santana da Boa Vista e vai-se embora rumo a Santa Catarina, passa pelo Paraná, enfeita as serras de São Paulo e estaciona no sul de Minas.

É um dos ecossistemas mais belos da mata atlântica.

Sua madeira (o pinho) fez fortunas do final do século XIX até 1985, quando seu corte foi proibido para evitar o risco de extinção. Hoje dos pinheirais só se extraem os pinhões. Mas a árvore não perdeu sua importância ecológica: trata-se de uma das espécies fundamentais da mata atlântica.

Em torno do pinheiro, proliferam diversas outras espécies vegetais. Entre estas, a erva-mate, que é nativa mas tem sido cultivada para atender à demanda dos bebedores de chimarrão e tomadores de mate. Pois em Santa Catarina está sendo desenvolvido pela Fundação Certi (UFSC), em convênio com a Fundação Boticário, um projeto que combina produção ecológica de pinhão + erva mate dentro do mais adiantado conceito de preservação da biodiversidade.

O projeto começou em 2019 e vai até 2022. No momento, alcança 80 agricultores familiares de sete municípios do Planalto Catarinense.

Com os bons resultados alcançados, a experiência tende a alcançar outros municípios de toda a hinterlândia araucariana. Por isso, estou avisando: alerta, canguçuenses. Olho vivo, piratinienses. Atenção, serranos de Santaninha.

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UFPel entregou título de Dr. Honoris Causa a Mujica

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Discretamente, na sexta passada, a direção da UFPel viajou ao Uruguai para entregar a Pepe Mujica o título de Doutor Honoris Causa. A notícia foi divulgada ontem, terça, no site da Universidade.

Algumas frase dos dirigentes universitários presentes à homenagem, às vezes em tom juvenil:

“Pepe é um grande exemplo de pessoa que consegue lutar por direitos humanos, justiça social e democracia. Resistiu bravamente aos movimentos da ditadura e, como um jardineiro, sempre plantou a esperança, a luta e a vontade dessa luta em cada companheiro. Ele planta hoje a esperança para os nossos jovens”.

“Muito obrigada por ser quem é, muito obrigada por nos inspirar a defender a educação como uma forma mais poderosa de semear o futuro”.

“A visão humanista de Mujica ressoa profundamente com os ideais que nós da Universidade Federal aspiramos cultivar, nossa instituição sempre se pautou na crença de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e igualitária, as bandeiras defendidas por Mujica colocam o bem-estar humano e a preservação do planeta acima do materialismo e do consumo desmedido e enlouquecedor, inspiram nossos esforços e reafirmam o nosso compromisso com a busca por dias melhores”.

***

Cmt meu: Mujica é de fato um homem incomum. Coerente. Vive modestamente, de acordo com suas ideias. Há nele uma ausência de vaidades materiais que chega a ser comovente. Se morasse em Pelotas, e fosse professor de Universidade, jamais o veríamos, por exemplo, no Dunas Clube, à beira da piscina, tomando cerveja depois de disputar uma partida de tênis – em greve por salário ainda mais alto do que os que já receberia (R$ 20 mil, digamos), pensando em justiça social num país de esmagadora maioria pobre, com ganhos mensais médios de R$ 3 mil.

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Na cerimônia, Mujica disse: “Sigo confiando em los hombres, a pesar que todos los dias me deconcertan”.

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Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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