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Opinião

Aliança Pelotas sobre decreto: “Setor produtivo não pode pagar a conta outra vez”

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Aliança Pelotas, que congrega lideranças empresariais, divulgou há pouco o texto abaixo:

“O SEGMENTO PRODUTIVO NÃO PODE PAGAR A CONTA MAIS UMA VEZ”: ALIANÇA PELOTAS REPUDIA DECRETO RESTRITIVO

Membros representantes das dez entidades de classe dos segmentos produtivos locais que integram a Aliança Pelotas estão promovendo reuniões desde o fim da tarde de ontem (8) para buscar alternativas que mitiguem os efeitos do decreto restritivo anunciado pela prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), prevendo o cerceamento das atividades comerciais e liberdade econômica.

O grupo discorda da decisão e critica a imposição das duras medidas, alegando que o Comitê de Enfrentamento Municipal à Pandemia, um fórum de debates com a participação de todos os agentes públicos e privados envolvidos no tema, não teve a oportunidade de participar das discussões que levaram à promulgação do decreto.

“Entendemos que as medidas não vão trazer efeito suficiente no número de casos confirmados. No entanto, trarão graves consequências para a economia que vem sendo afetada em nosso município. Não há qualquer outro lugar no Estado, senão no País, que se esteja tomando medidas tão drásticas de cerceamento à atividade produtiva. Isso mostra, na conduta de outros gestores públicos, que o dito lockdown não traz os resultados esperados para solucionar a saúde, apenas agrava a situação econômica e social”, defendeu o coordenador da Aliança, Fabrício Iribarrem.

O coordenador ainda mencionou que a época do ano é a mais promissora para o setor produtivo, quando se esperava recuperar um pouco das perdas e lembrou que foi justamente nas atividades comerciais onde se viu os protocolos implantados com mais veemência e, agora, será a mais punida.

Ao classificar como negativa posição do Executivo, o grupo de empresários elenca os graves efeitos psicológicos impostos à população já desgastada e no limiar da capacidade de absorver tamanhas incertezas e determinações que estão sendo modificadas a cada dia.

“Há pouco tempo atrás todos fomos convocados a sairmos às ruas para votar, em dois turnos. Agora sequer é possível comprar bens no comércio ou desfrutar de forma isolada e segura de parques e espaços públicos”, disse o assessor jurídico da Aliança, Guilherme Moncks.

O tema eleições, inclusive, é recorrente nos debates e vem sendo fortemente vinculado ao aumento de casos confirmados com a doença no município. A unanimidade dos representantes lamenta a forma inadequada como os políticos pelotenses cumpriram os protocolos sanitários, gerando aglomerações para as atividades de campanha e desprezando o uso dos equipamentos de segurança, como máscara e álcool gel, segundo eles, fortemente fiscalizados nos estabelecimentos comerciais de Pelotas.

“Nós não geramos esse agravamento do quadro. Não temos a mínima participação nestas ações que promoveram o vírus. Mas, agora, esse ônus veio parar dentro das nossas empresas e com uma conta pesada a ser saudada, sob pena de multas e ameaças. É lamentável”, disse o presidente do Cipel, Amadeu Fernandes.

A Aliança defende, no entanto, uma nova postura dos gestores municipais, como aumento dos horários de funcionamento em comércios e restaurantes e mais equilíbrio para contornar a situação de lotação nos hospitais. A administração do número de leitos, no entendimento do grupo, deve ser feita com base na totalidade disponível na região e no Estado e não somente levando-se em conta os leitos exclusivos Covid ou aqueles fechados há pouco tempo. Ainda, a imediata retomada dos números de UTIs que estavam em funcionamento anteriormente, as quais, conforme a Aliança, jamais deveriam ter sido desestruturadas, o que acabou por mais uma vez comprometer o atendimento a sociedade.

A adoção do protocolo de manejo preventivo da Covid na atenção primária, como forma de desagravar os casos dos pacientes, também é defendida pelo grupo.

    3 Comments

    3 Comments

    1. Wagner Britto

      09/12/20 at 22:35

      Estas pessoas que dirigem estas entidades provocam náuseas !

    2. Paulo Osorio

      09/12/20 at 18:57

      Acho que o decreto esqueceu de um item. O futebol. Teremos jogo do Campeonato Brasileiro, com time vindo de outro estado. Ainda dá tempo para corrigir.

    3. Marina

      09/12/20 at 18:09

      Lamentável tamanha ganância dos setores produtivos de Pelotas. No dia em que houve recordes de infecções confirmadas (439) e de mortes (7), soltam tal nota. E ainda dizem que seus setores não ajudam na propagação do vírus. A história vai contar quem teve culpa sobre os terrores que aconteceram durante a pandemia, e não pensem ques ficarão de fora.

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    Brasil e mundo

    Felicidade de “segunda”, não dá mais

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    Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

    A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

    Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

    A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

    A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

    O mundo mudou.

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    Opinião

    De fato, Pelotas “mudou”

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    Às vezes encontro com pessoas que estão voltando a morar em Pelotas. É comum comentarem isso: “Pelotas mudou. Havia uma vibração visível. Tinha uma intelectualidade… hoje não tem mais. O Sete de Abril, mesmo, está fechado… há 14, 13 anos… é isso mesmo?”.

    Aqui vão sete coisas que parecem ter mudado a vida em Pelotas. Nem pra pior nem pra melhor. Apenas a vida mudou.

    1. Condomínios fechados: as pessoas se preocupam mais com o condomínio do que com o passeio público. Com sua vida em seus espaços fechados ou, se abertos, integrados, como o Parque Una.

    2. Alunos da UFPel vêm de fora por causa do Enem. Vão embora nas férias e no fim do curso. Não são daqui. Não chegam a formar um elo emocional forte com a cidade.

    3. Professores da UFPel vêm de fora.

    4. A cidade se espalhou.

    5. A população está envelhecendo.

    6. Digitalização da vida, com trabalho remoto.

    7. Globalização, compras pela internet, streaming.

    O mundo mudou.

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