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Opinião

O GAMBITO DA PREFEITA

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Politicamente falando (se é que se pode falar assim numa hora como essa), a bandeira preta caiu como uma luva para a prefeita, que vinha pressionada por segmentos produtivos contrários às restrições de bandeira vermelha.

Paula avisou em vídeo que vai recorrer da bandeira preta (restrições ainda mais severas), alegando que já anunciou a previsão de abrir 10 novos leitos de UTI na cidade, na Santa Casa. Essa previsão, feita na quarta-feira passada, 9, não foi computada pelo governo do estado para efeito do cálculo que resultou na bandeira preta, anunciada nesta sexta-feira, 11.

Pois continuará a ser uma “previsão” no fim de semana, quando ela apresentará o recurso para manter a bandeira vermelha.

Só o que muda é a consideração, pelo governo do estado, de um mesmo dado em tempos diferentes.

Quem estava achando ruim as restrições da bandeira vermelha, passa a torcer por elas. E até a tolerar os atuais quatro dias de fechamento do comércio e dos serviços não essenciais.

    Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

    1 Comment

    1 Comments

    1. Maria da Graça Pinto Ferreira

      13/12/20 at 07:58

      Sobre o “Gambito da Prefeita” análise perfeita! Jogada psicologicamente muito bem engendrada, depois de botar o bode na sala quando tira tudo fica muito melhor. Sacada de mestre!

    Brasil e mundo

    Felicidade de “segunda”, não dá mais

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    Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

    A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

    Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

    A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

    A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

    O mundo mudou.

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    Opinião

    De fato, Pelotas “mudou”

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    Às vezes encontro com pessoas que estão voltando a morar em Pelotas. É comum comentarem isso: “Pelotas mudou. Havia uma vibração visível. Tinha uma intelectualidade… hoje não tem mais. O Sete de Abril, mesmo, está fechado… há 14, 13 anos… é isso mesmo?”.

    Aqui vão sete coisas que parecem ter mudado a vida em Pelotas. Nem pra pior nem pra melhor. Apenas a vida mudou.

    1. Condomínios fechados: as pessoas se preocupam mais com o condomínio do que com o passeio público. Com sua vida em seus espaços fechados ou, se abertos, integrados, como o Parque Una.

    2. Alunos da UFPel vêm de fora por causa do Enem. Vão embora nas férias e no fim do curso. Não são daqui. Não chegam a formar um elo emocional forte com a cidade.

    3. Professores da UFPel vêm de fora.

    4. A cidade se espalhou.

    5. A população está envelhecendo.

    6. Digitalização da vida, com trabalho remoto.

    7. Globalização, compras pela internet, streaming.

    O mundo mudou.

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