O mapa preliminar da 33ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado continua refletindo o alto índice de contágio do coronavírus no Estado.
Mesmo com a mudança nos indicadores da macrorregião Sul, alterando de bandeira preta para vermelha em Bagé e Pelotas, o Estado segue em alerta máximo.
Nesta rodada, a única região Covid que não apresenta risco alto de contágio é Guaíba, classificada em bandeira laranja (risco epidemiológico médio). As outras 20 regiões estão em bandeira vermelha.
Embora tenha havido redução de 4% (de 1.375 para 1.316) no número de internados em leitos clínicos confirmados com Covid-19, pacientes em leitos de UTI aumentaram 2% (de 915 para 935).
A elevação nos óbitos chegou a 20% (de 409 para 490) entre as últimas duas quintas-feiras, o que representa o maior patamar desde o início do modelo. Houve abertura de cerca de 60 leitos de UTI no Estado.
O sistema de cogestão regional, suspenso na primeira quinzena de dezembro, voltou a valer na terça-feira (15/12). Até o momento, 18 das 21 regiões Covid aderiram à cogestão, e adotam protocolos próprios, elaborados pelas associações regionais de cada região.
Para a adesão, é necessário que enviem planos regionais com protocolos próprios adaptados à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam), limitados à bandeira anterior.
Caso ainda não tenham enviado protocolos ou o plano regional não esteja vigente, o governo abre possibilidade de recepção imediata de padrões mais flexíveis até bandeira imediatamente inferior, sem esperar prazo de 48 horas para submissão e validade de novo plano regional.
Municípios e associações regionais que desejarem recorrer do mapa preliminar divulgado nesta sexta (18) podem enviar solicitações para o governo até as 6h de domingo (20/12) por meio do formulário https://forms.gle/2ncdj7GzuY5uQQbB6.
Depois de analisados pelo Gabinete de Crise na segunda-feira (21/12), o governo do Estado divulgará as bandeiras definitivas, vigentes de 22 a 30 de dezembro.
Nesta rodada, o Indicador “Ativos/Recuperados” necessitou de pequeno ajuste, uma vez que o tempo médio entre a confirmação do caso positivo e a inclusão no sistema está atualmente em mais de oito dias.
Muitos casos estavam sendo inseridos com tamanho atraso que não estavam sendo contabilizados como ativos, entrando no sistema já como recuperados. Para corrigir essa distorção, o indicador passa a ser calculado com uma semana de defasagem. Assim, casos que ingressam tardiamente ao longo da última semana são agregados como ativos tendo a semana anterior como data de referência.
MUDANÇA DE BANDEIRAS
Macrorregião Sul: de preta para vermelha
Após estar em bandeira preta no mapa definitivo da 32ª rodada, as regiões de Bagé e Pelotas (macrorregião Sul) retornam à cor vermelha no mapa preliminar desta rodada. A alteração se deve à queda de alguns indicadores que compõem o modelo de Distanciamento Controlado.
A macrorregião Sul teve aumento no número de leitos de UTI livres, de 15 para 22, bem como reduziu o número de internados em leitos clínicos por coronavírus, de 102 para 80, e de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), de 74 para 63. Contudo, o número de internados em leitos de UTI Covid-19 na quinta-feira (17/12) se manteve com 50 – mesmo indicador da semana passada.
Nos indicadores por município, Bagé registrou queda no número de óbitos (de 10 para seis) e hospitalizações (de 23 para 18). O município de Pelotas também teve reduções: de 41 para 33 óbitos e, menos expressiva, de 87 para 86 hospitalizações.
Região de Guaíba: de vermelha para laranja
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Mesmo registrando quatro óbitos a mais que na semana anterior (16), Guaíba foi a única região classificada com a bandeira laranja. A melhora se deve à estabilidade tanto dos indicadores que abrangem dados específicos da região como da macrorregião Metropolitana.
Com a melhora nos indicadores de Velocidade de Propagação da Macrorregião e nos de Mudança da Capacidade de Atendimento (macrorregional e estadual), houve redução da média final para dentro dos parâmetros que determinam a classificação média. Guaíba também apresentou queda de 4% no número de hospitalizações confirmadas por Covid-19 como proporção da população (de 6,44 para 6,19).
Região de Cruz Alta: de laranja para vermelha
Com o registro de risco máximo (bandeira preta) em dois, dos quatro indicadores regionais, a região de Cruz Alta retorna para bandeira vermelha. A piora foi registrada no número de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias, de cinco para nove, e na projeção de óbitos. Com mais seis registros, a região teve aumento de 50% em relação a semana anterior (quatro óbitos). No caso do indicador de Ativos sobre Recuperados, a região registrou 226 ativos e 746 recuperados.
Regra 0-0
De acordo com o mapa preliminar da 33ª rodada, 478 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 10,9 milhões de habitantes, o que corresponde a 96,4% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes).
Desses, 167 municípios (733,7 mil habitantes, 6,5% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.
Dos 19 municípios em bandeira laranja (403,7 mil habitantes, 3,6% do RS), dez não registraram óbitos ou hospitalizações (78,8 mil habitantes, 0,7%).
VERMELHA Cachoeira do Sul Canoas Capão da Canoa Caxias do Sul Erechim Ijuí Lajeado Novo Hamburgo Palmeira das Missões Passo Fundo Porto Alegre Santa Cruz do Sul Santa Maria Santa Rosa Santo Ângelo Taquara Uruguaiana
• número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid-19 aumentou 3% entre as duas últimas semanas (de 1.338 para 1.372);
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• número de internados em UTI por SRAG aumentou 2% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (de 1.115 para 1.140);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS reduziu 4% entre as duas últimas quintas-feiras (de 1.375 para 1.316);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS aumentou 2% entre as duas últimas quintas-feiras (de 915 para 935);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS aumentou 13% entre as duas últimas quintas-feiras (de 407 para 460);
• número de registros de óbito por Covid-19 aumentou 20% entre as duas últimas quintas-feiras (de 409 para 490).
As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (297), Caxias do Sul (207), Passo Fundo (121), Pelotas (86), Canoas (83) e Novo Hamburgo (81).
Comparativo: situação entre 20 de novembro e 18 de dezembro
• número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid-19 aumentou 17% no período (de 1.172 para 1.372);
• número de internados em UTI por SRAG aumentou 38% no Estado no período (de 827 para 1.140);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS aumentou 30% no período (de 1.014 para 1.316);
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• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 aumentou 37% no período (de 683 para 935);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 reduziu 27% no período (de 626 para 460);
• número de óbitos por Covid-19 acumulados em sete dias aumentou 74% no período (de 282 para 490).
O Comitê Interno para Acompanhamento da Evolução da Pandemia da Covid-19 da UFPel divulgou nota técnica em que alerta para um retorno de um quadro de alta transmissibilidade do coronavírus em Pelotas.
Essa piora, segundo o grupo, ocorre após um período de uma taxa de transmissão mais baixa. Isso ocorre devido ao abandono de medidas de prevenção, especialmente do uso de máscaras em ambientes fechados. O comitê ainda destaca que há muitos pelotenses com a dose de reforço atrasada, o que prejudica a situação do contágio.
Uma das observações feitas pelo grupo é que há um crescimento nas internações, em patamares que não eram observados desde março. Outro dado levantado pelo comitê é o de mortalidade por Covid-19, que, nas taxas atuais, é maior que de doenças com alta fator de mortalidade, como cânceres de pulmão e mama.
Por isso, o Comitê Covid-19 UFPel ainda incentiva o uso de máscaras de boa qualidade, cobrindo boca e nariz, e a busca por uma maior adesão à imunização por meio de vacina, especialmente em populações vulneráveis ou que estejam com doses em atraso.
Publicada no Diário Oficial da União de hoje (6) instrução normativa do Ministério da Economia que estabelece o retorno de servidores e empregados públicos ao trabalho presencial. A medida vale para aqueles que trabalham em órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal (Sipec).
A Instrução Normativa nº 36, no entanto, acrescenta que “os órgãos e entidades integrantes do Sipec poderão utilizar o Programa de Gestão, nos termos da Instrução Normativa nº 65, de 30 de julho de 2020, para permitir a continuidade ou execução de atividades em regime não presencial”.
A instrução publicada em 2020 estabelece orientações, critérios e procedimentos adotados para a implementação de um programa de gestão que possibilita a execução de atividades remotas, pelos servidores e empregados públicos vinculados ao Sipec, detalhando situações, contextos e objetivos que viabilizam a implementação desse modelo.
O Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Farmanguinhos/Fiocruz) anunciou hoje (5) que assinou um acordo de cooperação tecnológica com a farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD), com o objetivo de produzir no Brasil o molnupiravir, primeiro antiviral oral para o tratamento da covid-19.
O acordo foi assinado na terça-feira (3) e o medicamento recebeu ontem (4), da Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), a autorização de uso emergencial no país. O pedido à Anvisa foi protocolado pela MSD em novembro.
Em princípio, a Fiocruz será responsável pela importação, administração, testagem, armazenagem, embalagem, rotulagem, liberação e fornecimento do medicamento para o Sistema Único de Saúde (SUS). A transferência da tecnologia para a produção 100% nacional será viabilizada ao longo dos próximos dois anos, após avaliação das condições técnicas e demanda do SUS pelo molnupiravir.
O acordo prevê também a condução de ensaios clínicos para verificar a eficácia em um eventual uso profilático para a covid-19, além de estudos experimentais da atividade do medicamento contra vírus como o da dengue e da chikungunya. A MSD vai monitorar e prestar assistência nas atividades para a transferência parcial de tecnologia.
Segundo a farmacêutica, o molnupiravir reduz “significativamente” as hospitalizações e até 89% da mortalidade por covid-19. O diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, explicou que o acordo vem sendo discutido desde o começo de 2021 e as negociações resultaram em um projeto de grande potencial também para o tratamento de outras doenças.
“Faz mais de um ano que a gente vem conversando com a MSD e acompanhando toda a evolução dos testes e dos resultados, na torcida, porque tínhamos uma pandemia e toda uma população para tratar. Acho que chegamos a um documento bastante robusto, não só no sentido de trazer mais uma ferramenta de combate à covid-19, mas também de internalização do produto e de utilização dele para outras doenças importantes para o SUS”.
Molnupiravir
O molnupiravir já recebeu aprovação condicional pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA) e pela Agência Regulatória Europeia (EMA), além de aprovação para uso emergencial pelo Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA), sendo usado atualmente em 17 países.
Segundo a autorização da Anvisa, o molnupiravir poderá ser usado no tratamento de pacientes de covid-19 maiores de 18 anos, não grávidas, que não precisam de oxigênio suplementar e apresentam risco de evolução para a forma grave da doença, com necessidade de prescrição médica.
O estudo clínico global de fase 3, iniciado em abril do ano passado, teve sete centros no Brasil, sendo três em São Paulo, um em Brasília, um em Belo Horizonte, um em Curitiba e outro em Bento Gonçalves (RS).
Trabalho
19/12/20 at 18:56
Depois da última semana vi que esse sistema simplesmente não funciona. Precisou um grito mais alto das prefeitura, pro governador recuar.