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Brasil e mundo

O que muda no mundo

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Montserrat Martins. médico psiquiatra |

A questão do momento é o que muda no mundo com a posse de Joe Biden nos Estados Unidos, o país ainda mais poderoso do planeta. Uma das primeiras medidas foi voltar ao Acordo do Clima de Paris, com o qual Trump havia rompido. O que isso significa na prática, vamos examinar.

Joe Biden e Lady Jill Biden (Photo by Win McNamee / POOL / AFP)

Estados Unidos e China são os dois maiores poluidores do planeta, o que mostra que poluição não tem ideologia, assim como vírus, afeta a todos. Cientistas de todo o mundo estudam o clima do planeta, que cada vez tem maior amplitude térmica (verões mais quentes, invernos mais frios) e mais acidentes climáticos, como os furacões.

Dos brasileiros o maior expoente foi José Lutzenberger, que há 50 anos já explicava que a Amazônia “não é o pulmão do planeta, é o ar condicionado do planeta”. O desmatamento, associado à poluição, pois a concentração de carbono na atmosfera fragiliza a proteção que nossa atmosfera nos dá contra essas variações extremas do clima.

Obama foi o primeiro Presidente americano a levar a sério o problema e chegou a conseguir acordos inéditos com a China a respeito, abandonados depois por Trump. O impacto desses dois países na poluição global é avassalador, pois têm os maiores parques industriais. Depois deles, o maior impacto sobre o clima é o desmatamento da Amazônia, que afeta todo o planeta e em particular o Brasil. A falta de chuvas no sul, por exemplo, é uma decorrência da diminuição dos “rios flutuantes”, que é umidade que a Amazônia proporciona a todo o país.

Com Biden, a ciência volta a ser valorizada contra os “negacionistas”, que negam a ciência como um todo, desde as informações mundiais sobre a crise climática até os riscos do coronavírus, também menosprezados na Era Trump. Mas além da Ciência também muda a relação dos Estados Unidos com o mundo inteiro, para um modelo mais diplomático e menos belicoso, com a ideia de colaboração entre as nações ao invés do foco na supremacia americana. Voltam a contribuir com a Organização Mundial da Saúde, agora.

Observem os países da Europa, onde se alternam governos de direita ou esquerda, mas mantém alguns princípios básicos em comum, como o respeito à ciência. Até por sobrevivência, pois a subida do nível do mar os afeta diretamente, serão os primeiros países a ser atingidos. Nós, a Europa e o mundo todo se beneficia com os Estados Unidos mais cooperativo.

Montserrat Martins, médico psiquiatra

1 Comment

1 Comments

  1. Clauzer

    23/01/21 at 10:41

    Opinião totalmente desconectada da realidade, o acordo de Paris representa mais taxas aos Americanos para subsidiar políticas obscuras em países em desenvolvimento! Os EUA já é o país com maior promoção de meios não poluentes do mundo.. ora, de o de é a Tesla? O de estão os maiores parques roliços e pesquisas de ponta para uso de combustíveis não poluentes como hidrogênio, por exemplo! Quando a emissão de CO2 as empresas são ultra responsáveis, so não sabe disto que vive numa bolha! Agora vamos falar de Rússia e China! Estes sim são os maiores poluidores e ninguém absolutamente ninguém consegue fiscalizar!
    Trump saiu do acordo de Paris, porque trata de um acordo não produtivo na realidade!
    Mr Biden joga para a torcida e desinformados… proibiu pipelines com diâmetros XL para beneficiar certos conglomerados!
    Sinto, mas sua análise não condiz com a realidade!!!

Brasil e mundo

UFPel entregou título de Dr. Honoris Causa a Mujica

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Discretamente, na sexta passada, a direção da UFPel viajou ao Uruguai para entregar a Pepe Mujica o título de Doutor Honoris Causa. A notícia foi divulgada ontem, terça, no site da Universidade.

Algumas frase dos dirigentes universitários presentes à homenagem, às vezes em tom juvenil:

“Pepe é um grande exemplo de pessoa que consegue lutar por direitos humanos, justiça social e democracia. Resistiu bravamente aos movimentos da ditadura e, como um jardineiro, sempre plantou a esperança, a luta e a vontade dessa luta em cada companheiro. Ele planta hoje a esperança para os nossos jovens”.

“Muito obrigada por ser quem é, muito obrigada por nos inspirar a defender a educação como uma forma mais poderosa de semear o futuro”.

“A visão humanista de Mujica ressoa profundamente com os ideais que nós da Universidade Federal aspiramos cultivar, nossa instituição sempre se pautou na crença de que a educação é a base para uma sociedade mais justa e igualitária, as bandeiras defendidas por Mujica colocam o bem-estar humano e a preservação do planeta acima do materialismo e do consumo desmedido e enlouquecedor, inspiram nossos esforços e reafirmam o nosso compromisso com a busca por dias melhores”.

***

Cmt meu: Mujica é de fato um homem incomum. Coerente. Vive modestamente, de acordo com suas ideias. Há nele uma ausência de vaidades materiais que chega a ser comovente. Se morasse em Pelotas, e fosse professor de Universidade, jamais o veríamos, por exemplo, no Dunas Clube, à beira da piscina, tomando cerveja depois de disputar uma partida de tênis – em greve por salário ainda mais alto do que os que já receberia (R$ 20 mil, digamos), pensando em justiça social num país de esmagadora maioria pobre, com ganhos mensais médios de R$ 3 mil.

***

Na cerimônia, Mujica disse: “Sigo confiando em los hombres, a pesar que todos los dias me deconcertan”.

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Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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