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Cultura e entretenimento

Oscar: ‘Meu Pai’. Por Déborah Schmidt

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No final de semana do Oscar, apresento um dos melhores filmes presentes na premiação. Com 6 indicações, Meu Pai acompanha Anthony (Anthony Hopkins), um idoso que já passou por diversas cuidadoras e recusa auxílio, enquanto sua filha Anne (Olivia Colman) tenta se ajustar às vontades de seu pai e criar um cenário reconfortante antes de se mudar para Paris.

O diretor, roteirista e dramaturgo francês Florian Zeller estreia no cinema adaptando sua própria peça de teatro e transforma o espectador no maior aliado de seu protagonista. Para isso, o diretor utiliza os mais variados recursos artísticos, construindo um trabalho ao mesmo tempo comovente e poético. Através de conversas repetidas e confusas, alterando detalhes no cenário ou nos próprios personagens, o longa explora o ponto de vista de Anthony, que sofre com os problemas da velhice, como a demência.  

Ambientado inteiramente dentro de um apartamento que, por vezes, é o de Anthony e, às vezes, de Anne, e personagens diferentes que aparecem e somem sem grandes explicações, o filme vai intensificando cada vez mais a confusão mental do protagonista, deixando o espectador desconfortável e vulnerável cena após cena, até o seu arrebatador final. Propositalmente confuso, o roteiro escrito por Zeller e Christopher Hampton (vencedor do Oscar por Ligações Perigosas) é espetacular ao se unir com a edição certeira de Yorgos Lamprinos, que corta a sensação de tempo linear. Estamos perdidos, assim como Anthony, em um mar de informações que não faz sentido. Vivemos a experiência e sentimos na pele o que o protagonista está sentindo.  

Com atuações magníficas de Anthony Hopkins e Olivia Colman, Meu Pai mostra, com delicadeza, uma visão devastadora da demência. Uma obra-prima emocionante!

    Déborah Schmidt é servidora pública formada em Administração/UFPel, amante da sétima arte e da boa música.

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    Cultura e entretenimento

    UnaMúsica inicia temporada com show da Gafieira do Clube

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    O projeto UnaMúsica inicia sua temporada 2024 com show da Gafieira do Clube nesta quinta-feira, dia 18, às 18h. A apresentação será ao ar livre, no Anfiteatro do Parque Una e coincide com a abertura da Semana Nacional do Choro em Pelotas.

    O evento, que ocorrerá de 18 a 27 de abril, celebra o  10º aniversário do Clube do Choro de Pelotas e o reconhecimento pelo Iphan do Choro como Patrimônio Cultural do Brasil. Durante o período, diversas atividades acontecerão em diferentes locais da cidade.

    UnaMúsica

    O UnaMúsica surgiu em 2020 com a intenção de valorizar a produção musical local ao promover shows de diferentes estilos no Anfiteatro do Parque Una. Porém, devido à pandemia de Covid-19, o projeto foi reestruturado e, dos cinco shows selecionados para aquela temporada, quatro foram realizados de forma virtual. Em 2022, o plano original foi retomado e a última apresentação foi realizada presencialmente.

    Tendo o espaço público do Parque Una como cenário, o projeto retorna em 2024, buscando  levar boa música aos moradores e visitantes do bairro.

    Gafieira do Clube

    O projeto Gafieira do Clube reúne instrumentistas participantes do Clube do Choro e foi concebido com base nas tradicionais bandas de gafieiras do Rio de Janeiro que se destacavam em casas noturnas renomadas, como as estudantinas, oferecendo um repertório especialmente elaborado para a dança, com arranjos de músicas populares e composições instrumentais.

    Apresentando uma formação moderna que combina os instrumentos do choro com nuances jazzísticas, incluindo contrabaixo, bateria e instrumentos de sopro, a Gafieira do Clube surge com o propósito de proporcionar uma experiência musical instrumental mais vibrante e envolvente, mesclando os ritmos do choro, maxixe, samba e outros, para o deleite dos apreciadores da música brasileira.

    Participam do projeto: Rafael Velloso (sax), Rui Madruga (violão 7 cordas), Fabrício Moura (violão de 6 cordas/cavaquinho), Pedro Nogueira (cavaquinho solo), Paulinho Martins (bandolim), Gil Soares (flauta), Paulo Lima(contrabaixo) e Everton Maciel (percussão).

    O QUÊ: Projeto UnaMùsica 2024 – Show Gafieira do Clube

    QUANDO: Dia 18 de abril, às 18 horas

    ONDE: Anfiteatro do Parque Una

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    Cultura e entretenimento

    Livro desconcertante esse: Por que nós morremos

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    Pelo que diz, a cada geração nossos corpos são simplesmente barcos para facilitar a propagação de nossos genes, e eles se tornam dispensáveis tão logo cumprem sua missão. A morte de um animal ou pessoa seria apenas a morte desse barco.

    Seríamos apenas cascos dos nossos genes. Máquinas de sobrevivência dos genes. Nosso cérebro seria um gerente de filial encarregado de tomar decisões delegadas pelos genes. Trocar uma lâmpada da vitrine, organizar a equipe de vendedores, trocar mercadorias com defeito.

    Sendo assim, toda a nossa vida seriam truques dos genes pra sobrevivermos, nos colocarmos no grupo social pra sobreviver, e procriar e passar os genes adiante. Só isso. 🤪

    Será?

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