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Cultura e entretenimento

Exposição retrata 95 anos da Expofeira Pelotas

A exposição é a primeira iniciativa do projeto que marca o início das comemorações rumo ao centenário da maior feira agropecuária da região sul

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Com abertura marcada para o próximo dia 04 (segunda-feira), a 95ª edição da Expofeira promete mais do que exemplares da agropecuária regional. O público que vai ter acesso ao parque Ildefonso Simões Lopes, da Associação Rural de Pelotas (ARP), notará novidades através de novo layout e também dos painéis da exposição que conta a história do evento. A curadoria do projeto 95 anos da Expofeira de Pelotas é do jornalista e ex-secretário nacional de Cultura, Henrique Pires.

A exposição é a primeira iniciativa do projeto que marca o início das comemorações rumo ao centenário da maior feira agropecuária da região sul, com suas duas primeiras edições realizadas ainda no século 19 – em 1899 e 1900.

“A edição inaugural, entre 21 a 23 de abril de 1899, promovida pela Sociedade Agrícola e Pastoril, não foi pioneira apenas em Pelotas, mas no Rio Grande do Sul – talvez no Brasil. Contou com 150 expositores que levaram ao público equinos, bovinos, aves, suínos, maquinário agrícola, plantas forrageiras, conservas e flores ornamentais. Culminou com desfile dos animais em frente ao então Liceu Rio-grandense de Agronomia e Veterinária (atual Faculdade de Agronomia da UFPel) – hoje Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg), no Largo do Mercado”, conta.

Destaques na exposição também serão as edições nº 10, entre 15 e 26 de novembro de 1924, que voltou a ser realizada após intervalo de cinco anos, e a 23ª, de 2 a 7 de outubro de 1945, logo após o fim da 2ª Guerra Mundial – a primeira vez em local próprio, no parque Ildefonso Simões Lopes. Henrique explica:

“Foi liberada verba [junto ao governo da época, primeiro mandato do presidente Getúlio Vargas] para erguer todo o parque de uma só vez, do pórtico aos pavilhões.” Estrutura que, segundo o curador, só ficava devendo à da famosa exposição de Palermo, em Buenos Aires.

As fotos da edição de 1945, segundo Henrique Pires, também valem comentário. Além do bom estado de conservação, mostram presença significativa de público, que se deslocou ao parque principalmente pela linha de bonde disponibilizada pela prefeitura para a ocasião. “Os registros mostram muita gente, de todas as partes da cidade, da Colônia, do centro, periferia, foi um acontecimento”, diz o curador.

Entre outras das tantas expofeiras já realizadas (são 94 entre 1899 e 2020) e selecionadas para a exposição do projeto 95 anos da Expofeira de Pelotas, Henrique ressalta justamente a do ano passado – em formato digital. “Foi uma exposição de superação e ainda assim muito bem-sucedida no aspecto econômico.”

O pioneirismo que cabe à Expofeira Pelotas não se resume ao feito histórico – o que não é pouco. Na visão do jornalista, o evento contribuiu sensivelmente para o agronegócio da região, do Estado e do País.

Também pela internet

Esta primeira ação do projeto 95 anos da Expofeira de Pelotas terá nove painéis com imagens e textos. O material será exposto no entorno da sede da ARP, em frente à pista de exposições, à direita do pórtico de entrada do parque pela avenida Fernando Osório. Além de Henrique Pires, responsável pela curadoria, o comitê organizador conta com Ana Carolina Issler Ferreira Kessler, com o professor do Instituto de Artes da UFPel, Nicola Caringi Lima, com a jornalista Flávia Peres e com a promotora de eventos Beatriz Moraes. A exposição também estará disponível em formato carrossel na plataforma do evento (www.expofeirapelotas.com.br).

História

Quando da primeira edição, em 1899, a então chamada Sociedade Agrícola Pastoril, atual Associação Rural de Pelotas, tinha dois modelos a seguir, ambos de países vizinhos: o da Exposição Nacional do Prado, em Montevideo (de 1883), e o da Exposição Nacional de Palermo, em Buenos Aires (1886). Não há registros até então, de uma feira do gênero no Brasil.

O sucesso das edições iniciais fez o evento crescer, embora em periodicidade irregular. Na 5ª, em 1907, na então Praça das Carretas (atual Praça 20 de Setembro) foi necessária construção de cinco pavilhões para realização da Expofeira, que contou com Joaquim Francisco de Assis Brasil como orador.

A periodicidade anual só se estabeleceu na metade do século passado. Motivos não faltaram. Entre 1899 a 1954, quando, a partir da 23ª edição, a Expofeira passou a ser realizada todos os anos, o agronegócio foi atingido por uma série de fatores, como a pandemia da Gripe Espanhola, a Revolução de 1923 no Estado e duas Grandes Guerras.

Mesmo assim, sempre que possível, não faltaram esforços para emplacar o evento no calendário local. Algumas vezes em grande estilo, como em 1945, quando a Expofeira foi realizada pela primeira vez no Parque Ildefonso Simões Lopes, da ARP – naquele tempo, Sociedade Agrícola de Pelotas. Sob a atual denominação – Associação Rural de Pelotas – o evento passou a ser realizado em 1966, na 40ª edição.

Fatos como esses estarão compilados nos painéis a serem expostos durante esta 95ª Expofeira no entorno da sede da ARP, à direita do pórtico de entrada do Parque Ildefonso Simões Lopes – o primeiro de uma série de iniciativas previstas para celebrar em 2026 o centenário do evento.

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UnaMúsica inicia temporada com show da Gafieira do Clube

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O projeto UnaMúsica inicia sua temporada 2024 com show da Gafieira do Clube nesta quinta-feira, dia 18, às 18h. A apresentação será ao ar livre, no Anfiteatro do Parque Una e coincide com a abertura da Semana Nacional do Choro em Pelotas.

O evento, que ocorrerá de 18 a 27 de abril, celebra o  10º aniversário do Clube do Choro de Pelotas e o reconhecimento pelo Iphan do Choro como Patrimônio Cultural do Brasil. Durante o período, diversas atividades acontecerão em diferentes locais da cidade.

UnaMúsica

O UnaMúsica surgiu em 2020 com a intenção de valorizar a produção musical local ao promover shows de diferentes estilos no Anfiteatro do Parque Una. Porém, devido à pandemia de Covid-19, o projeto foi reestruturado e, dos cinco shows selecionados para aquela temporada, quatro foram realizados de forma virtual. Em 2022, o plano original foi retomado e a última apresentação foi realizada presencialmente.

Tendo o espaço público do Parque Una como cenário, o projeto retorna em 2024, buscando  levar boa música aos moradores e visitantes do bairro.

Gafieira do Clube

O projeto Gafieira do Clube reúne instrumentistas participantes do Clube do Choro e foi concebido com base nas tradicionais bandas de gafieiras do Rio de Janeiro que se destacavam em casas noturnas renomadas, como as estudantinas, oferecendo um repertório especialmente elaborado para a dança, com arranjos de músicas populares e composições instrumentais.

Apresentando uma formação moderna que combina os instrumentos do choro com nuances jazzísticas, incluindo contrabaixo, bateria e instrumentos de sopro, a Gafieira do Clube surge com o propósito de proporcionar uma experiência musical instrumental mais vibrante e envolvente, mesclando os ritmos do choro, maxixe, samba e outros, para o deleite dos apreciadores da música brasileira.

Participam do projeto: Rafael Velloso (sax), Rui Madruga (violão 7 cordas), Fabrício Moura (violão de 6 cordas/cavaquinho), Pedro Nogueira (cavaquinho solo), Paulinho Martins (bandolim), Gil Soares (flauta), Paulo Lima(contrabaixo) e Everton Maciel (percussão).

O QUÊ: Projeto UnaMùsica 2024 – Show Gafieira do Clube

QUANDO: Dia 18 de abril, às 18 horas

ONDE: Anfiteatro do Parque Una

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Livro desconcertante esse: Por que nós morremos

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Pelo que diz, a cada geração nossos corpos são simplesmente barcos para facilitar a propagação de nossos genes, e eles se tornam dispensáveis tão logo cumprem sua missão. A morte de um animal ou pessoa seria apenas a morte desse barco.

Seríamos apenas cascos dos nossos genes. Máquinas de sobrevivência dos genes. Nosso cérebro seria um gerente de filial encarregado de tomar decisões delegadas pelos genes. Trocar uma lâmpada da vitrine, organizar a equipe de vendedores, trocar mercadorias com defeito.

Sendo assim, toda a nossa vida seriam truques dos genes pra sobrevivermos, nos colocarmos no grupo social pra sobreviver, e procriar e passar os genes adiante. Só isso. 🤪

Será?

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