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Opinião

Em nota, Aliança Pelotas critica “uso indevido da UFPel para manifestação política”

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NOTA À SOCIEDADE (da Aliança Pelotas, entidade de líderes empresariais)

A Aliança Pelotas, neste ato representando as entidades de classe de Pelotas, que abaixo assinam, vem a público manifestar o que segue.

Como representante de entidades do setor privado, em um momento de crucial participação social nos rumos da nação quanto ao pleito que se apresenta, temos o dever de manifestar nossa posição.

Nesse sentido, e por entendermos que uma sociedade próspera e justa, no âmbito econômico e social, só se faz com plena liberdade individual e de expressão, direito de trabalhar, inovar e empreender, tendo o cidadão como propulsor do desenvolvimento.

E que essas condições só ocorrem com um Estado: eficiente, enxuto, desburocratizado, honesto, respeitador do erário, juridicamente seguro, democrático e respeitador das instituições e divisões de poderes, atuante em fatores fundamentais de igualdade e oportunidade social como educação, saúde e segurança pública.

Dito isso, e frente as posições que se apresentam no âmbito nacional, não há dúvidas que temos lado.

Uma dessas posições, que reprovamos, já esteve à frente da nação por 14 anos, e se mostrou justamente o oposto do que buscamos e entendemos como melhor pra sociedade.

A outra posição, que escolhemos, em menos de 4 anos, sendo metade em uma pandemia que parou o mundo, conseguiu implementar pontos importantes de ideias que nos encaminham para um futuro melhor, reposicionando positivamente o Brasil com importantes índices econômicos e sociais em um momento que potências mundiais enfrentam sérios problemas.

A sociedade vai escolher o seu futuro, e como entidade privada, não poderíamos deixar de nos manifestar, mesmo porque, por enquanto, ainda vivemos em uma democracia que nos dá o direito de expressão.

Linha contínua, expressamos aqui também nossa preocupação e repúdio com o uso político das instituições públicas, em especial as federais, para manifestação político partidária individual de seus gestores e ex-gestores.

As Universidades e as Instituições Públicas de ensino, como construtores e formadores educacionais de milhares de brasileiros, bem como parte fundamental da sociedade em que se inserem, tem o dever de debater política, história, economia, e tantas outras linhas de conhecimento que engrandecem e transformam o futuro, dando amplo espaço a pluralidade e divergência de opinião e expressão dos pensamentos.

O que não podemos admitir é a confusão que se tem feito entre a posição e expressão político partidária individual de gestores, ex-gestores, professores e servidores, que é legítima em um estado democrático, com o uso político partidário das instituições, qualquer lado seja, eis que, salvo melhor juízo, ilegal.

Por essas razões, o cancelamento de atividades do calendário acadêmico previamente programadas da UFPEL, com assinatura dos gestores da instituição, dias após áudios e manifestações públicas de gestores e ex-gestores da Universidade convocando para atos político partidários, justamente no dia em que um dos candidatos ao pleito se fará presente no município em campanha eleitoral, nos parece um desses usos indevidos das instituições públicas, rumo que esperamos seja corrigido.

Assim, e reiterando todos os nossos votos de apreço e desejo que o Brasil siga um rumo de prosperidade dentro de uma democracia, subscrevemos a presente nota.

Aliança Pelotas

Pelotas, 10 de outubro de 2022

Brasil e mundo

Comentário em vídeo: Liberdade de expressão

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Opinião

Incômodas indicações para cargos na prefeitura

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Há pouco a prefeitura demitiu Pai Cleber de Xangô do cargo de “diretor de Patrolamento” da Secretaria de Obras. Numa cidade com muitas ruas de terra nos bairros, o setor é visado. Quando chove, as ruas, esburacadas, alagam. Ao ver a patrola, os moradores ficam felizes. O ponto: segundo o vereador César Brizolara, do PSB, Pai Cleber foi indicado ao cargo pelo vereador Márcio Santos, do PSDB, partido da prefeita Paula Mascarenhas. A demissão veio após Brizolara afirmar que Cleber entregava aos moradores cartões oferecendo serviços religiosos e propagandeando que o serviço de patrola ocorria graças a Santos.

Já na Secretaria de Assistência Social, o servidor Juliano Nunes foi guindado ao cargo de função gratificada de “diretor de Alta Complexidade”. Segundo o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, em depoimento ontem (19) na Câmara, Nunes foi indicado ao cargo pelo vereador Carlos Júnior, do PSD, da base do governo. Como Pai Cleber, Nunes foi afastado do cargo, depois de denúncias de que desviava dinheiro público de beneficiários do Serviço de Prestação Continuada. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado esteve na casa de Nunes, onde fez buscas e apreensões.

Já no Pronto Socorro Municipal, Misael da Cunha, então vice-presidente do PSDB e ex-tesoureiro do partido, foi elevado ao cargo de “gerente executivo do Pronto Socorro”, de onde acabou afastado após a descoberta de pagamentos em duplicidade a uma empresa específica. O caso motivou uma CPI, em curso na Câmara, onde Brizolara tem insistido em que se abra uma outra CPI específica para investigar a Secretaria de Assistência Social.

Por esses casos estima-se os riscos da indicação política de pessoas para cargos-chave. De apelo eleitoral. E que operam verbas.

Vereadores indicando cargos, de qualquer tipo, e a autoridade na prefeitura aceitando, é um sinal da miséria brasileira, da falta de entendimento do papel institucional. Às vezes cansa falar disso.

A imagem da patrola parece resumir o que ocorre.

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