Cultura e entretenimento
Uma visita ao asilo de mendigos
Publicado
9 meses atráson

O jardim do Asilo de Mendigos de Pelotas fica no centro de um quadrilátero de paredes cor do deserto e 20 janelas que rivalizam em altitude com pares de coqueiros que perfilam-se, feito guardiões, dos lados das três escadas de mármore de acesso ao interior da construção centenária. No asilo, o domínio é manso e ordeiro – como os felinos que repousam sob os bancos do jardim. Em um laguinho borbulhado por uma fonte feita de pedras, pequenas esculturas de garças, um inesperado sapo, sugerem a infância, vigiados por uma Virgem Maria. Um interno de cabelo branco sopra uma gaita no pátio. Notas musicais preenchem o ar enquanto um funcionário esclarece que, se desejo colaborar, devo conversar com os idosos.
Apesar do nome, o lugar não abriga mendigos propriamente ditos; paga-se para viver nele. Há duas alas, uma para mulheres e outra para homens, onde estou agora. O silêncio parece reverberar dentro do casarão, e um cheiro forte remete à ancianidade. Passa das 13h. Os internos esperam o lanche das 14h, café, leite, manteiga e pão, recostados em poltronas ou em cadeiras de roda, nas cercanias do refeitório. Outros aguardam nos dormitórios o toque do sino anunciando a refeição. Os que não possuem quarto privativo mantêm os ouvidos atentos ao sino em sombreados alojamentos coletivos, sobre camas identificadas por tabuletinhas numeradas; em uma, com surpresa, vejo um elefante de pelúcia de consideráveis proporções.
Na cama 48, descansa o ex-jóquei Antônio. Foi-se o tempo das corridas, registrado em fotografias penduradas à parede ao lado da cama. Uma das fotos na parede o mostra no começo da carreira, montado orgulhoso em um cavalo vermelho, mirando com expressão infantil. Aos 66 anos, ele avança a passos curtos ao refeitório. Depois que abandonou as pistas e os prêmios, não precisa mais manter o peso nos 52 quilos exigidos dos jóqueis. “Foi uma época boa. Mas, como sempre lutei com a balança, e tinha corrida cinco dias na semana, só comia em dois; nos outros, tomava café. Meus bolsos viviam estufados de dinheiro, mas não podia me alimentar”.
O refeitório, como de resto as demais instalações, é despojado como um quartel. Cada morador ocupa lugar certo à mesa. Alguns recebem alimentos na boca, como passarinhos. Dois deles acionam-me fragmentos de décadas longínquas, mas não lembro quem são.
Na extremidade de uma das oito grandes mesas retangulares, um interno de grossos óculos quadrados parece mal-humorado. “Esse tem dinheiro, é dono de um monte de imóveis, deixou os 20 filhos bem de vida, mas nenhum quis ficar com ele”, confidencia-me um funcionário. Em frente dele, exibindo óculos degradê quase femininos, numa escala do marrom ao amarelo, um homem negro de mãos enormes e unhas que requerem uma tesoura bebe leite com vagar. “Esse é o Ventura. É uma figura. Foi operador de máquinas agrícolas até se aposentar. Trabalhou muito na região de Caxias, na serra.” Embora privado da visão do olho direito, que lembra uma lâmpada queimada, ele mantém um meio-sorriso matreiro de dentes graúdos como chicletes, como se saboreasse uma graça secreta. Alto e atlético, exalando a conhecida jovialidade dos negros, não é difícil imaginar que uma mulher ainda possa se interessar por ele, aos 77 anos.
Porque sou novo no cenário, os moradores do asilo me espreitam enquanto sirvo à mesa. Alguns me acenam com a cabeça, como Ventura faz agora por trás dos óculos, que jamais tira. Da última mesa, do outro lado do salão, Antônio ergue um braço e me envia um abano com a mão. Uns poucos possuem deficiência mental, e vivem imersos em um mundo só seu. Outro possui a estrutura física de um garoto; no lugar dos olhos, duas meias-luas, mesmo assim, desloca-se sozinho pelos recintos, guiando-se pela memória, tateando as matérias. Ao lado do refeitório, uma sala abriga uma televisão de 50 polegadas. Depois das refeições, parte dos inquilinos se acomoda em frente do retângulo iluminado. Outros retornam às sombras dos quartos, sintonizam rádios a pilha e comem frutas – em geral banana e maça. Outros buscam o pátio, o sol e os canteiros. Rosas, hortênsias e jasmins. Uma bonita capela asseada vive quase vazia.
“Eu sou um homem feliz”, surpreende-me o ex-jóquei, achegando-se do banco de jardim. Traz nas mãos outras fotografias para mostrar – com a neta no colo, vestindo chapéu campeiro e camisa do Grêmio, tratando de cavalos. “Eu tive uma vida boa. Gosto daqui, onde sou bem tratado”, diz, juntando as mãos como numa oração. Com meu trabalho, consegui comprar duas casas, onde moram minha ex-mulher e minha irmã. Sou livre para visitar meus parentes, e viajo sozinho com um passe [rodoviário] que ganhei de presente de uma médica”.
Ventura fala menos que Antônio. Observa mais, e continua com seu matreiro meio-sorriso, agora diante da pregação de um rapaz da igreja que toda semana visita o asilo. O jovem traz uma bíblia nas mãos e procura orientar um grupo. Em frente dele, ao lado de Ventura, um velho magro de bigode ralo parece não entender as palavras do pregador. O rapaz insiste: “Sim, eu entendo o seu problema. Seu Clóvis, escute bem! Antes de realizar esse desejo seu, precisa elevá-lo em pensamento. Olha só o que fala a bíblia…”. Esfregando o indicador contra o polegar, o homem corta: “O doutor quer R$ 18 mil pela dentadura”. Ventura se levanta, devagar. O ex-jóquei volta a segurar-me pelo braço, como tem feito desde que conversamos. Repete-me “muito obrigado, o sr. é meu amigo para sempre”.
Quintas-feiras são especiais. Na tarde desses dias, um grupo de uma dezena de mulheres traz alarido ao casarão. Carregam sacolas com mimos gastronômicos, um caderno com letras de música. Abraçam idosos no pátio, estendem a eles doces e salgadinhos. Mostram afeto e são retribuídas. “Elas são boas pra nós”, diz o gaiteiro que vi na chegada, intimando-as: “Não se esqueçam de voltar semana que vem”. Elas sorriem da escada, pois sempre voltam, e desaparecem no prédio, onde percorrerão todos os cômodos. Sem o auxílio de instrumentos, as mulheres entram em um dos quartos e começam a sacolejar os corpos e a cantar: “Tá sassaricando, todo mundo leva a vida no arame / tá sassaricando / a viúva, o brotinho e a madame / o velho, na porta da Colombo, é um assombro, sassaricando…
A cantoria atrai o ex-jóquei. Ele chega de mansinho e tira a mais madura das visitantes para dançar. Marcando o ritmo com palmas, enfermeiros e outros moradores também cantam. “Assim vou acabar perdendo meu marido”, brinca a parceira de dança de Antônio, rindo do próprio comentário. Concentrado e sorrindo satisfeito, Antônio ignora e continua a rodar com ela. Retirando-se com o show para outro quarto, as mulheres são obrigadas a voltar. Um idoso quase inaudível pediu um bis: Elas reabrem o caderno: “Que beijinho doce, que ela tem / depois que beijei ela, nunca mais amei ninguém….” .
Um dos funcionários se aproxima de mim: “Para fazer esse trabalho, temos de ter bom humor e alegria, senão fica difícil”. Depois do impacto inicial, em que a depressão domina o visitante, percebe-se que o bom humor é regra no asilo. Brincadeiras e piadas movem os funcionários, que se revezam nas tarefas de servir o almoço aos inquilinos, empurrá-los em cadeiras de roda, acompanhá-los num passeio, banhá-los, conversar com eles.
“Socorro, socorro, socorro, socorro, socorro”. De tempo em tempo, um interno grita esse mesmo aflito pedido. Não é nada demais, pois logo se acalma quando alguém se aproxima. De modo geral, os internos, como crianças, carecem de atenção. Não sem surpresa, pensando em dar carinho, o visitante descobre que recebe mais do que dá. “Eu vou tocar pra ti”, avisa-me o gaiteiro no jardim. Depois do anúncio cultural, José (só agora lembro de perguntar seu nome) some no casarão; logo reaparece, trazendo duas novas gaitas de boca de sua coleção, uma vermelha, outra azul, fabricadas na China. Em segundos inunda o ar com seu repertório gauchesco e acrescenta elementos cênicos, passando a dançar em movimentos pendulares laterais. “Tira uma foto de mim”, diz. Lembro que estou sem a câmara. Claro, há o celular, ele me lembra. Clique tirado e conferido: “Olha eu, que legal”, e sorri.
Na despedida, apertos de mãos, inevitáveis abraços, cobranças de novas visitas e promessas a conferir. “Meu amigo, tu é meu amigo para sempre”. Ventura se aproxima para compor uma fotografia comigo e o ex-jóquei, e pela primeira vez abre o sorriso, por inteiro.
***
Ao deixar o casarão, Antônio, sua antiga profissão me fez pensar. Não vou te dizer isso, mas provavelmente concordarias que a vida humana, em matéria de emoção, é uma corrida de cavalos ao contrário. Quando os animais se aproximam da linha de chegada, a vibração é intensa e total. Na etapa final da existência, quando nós é que nos avizinhamos da linha, a sensação é a mesma das largadas, quando estalam as cancelas: um estado de apreensão sem retorno, à espera de resposta. Não é possível mais desfazer as apostas que fizemos.
Jornalista. Editor do Amigos. Ex-funcionário do Senado Federal, do Ministério da Educação e do jornal Correio Braziliense. Prêmio Esso Regional Sul de Jornalismo. Top Blog. Autor do livro Drops de Menta. Fã de livros e filmes.

Cultura e entretenimento
Napoleão, o filme, é belo de ver, mas tem montagem confusa. Por Déborah Schmidt
Com duas horas e meia, já foi anunciado um corte do diretor com 4 horas de duração que será exibido no streaming, o que explica os cortes na edição
Publicado
6 dias atráson
04/12/23Por
Déborah Schmidt
Napoleão passa por diferentes décadas da vida de Napoleão Bonaparte (Joaquin Phoenix), na turbulenta França após o fim da monarquia. Sua rápida e implacável ascensão a imperador é vista através de seu conturbado relacionamento com Josephine (Vanessa Kirby), sua esposa e verdadeiro amor.
Vindo do nada como um oficial de artilharia do exército francês durante a Revolução Francesa, o filme retrata sua jornada, até ser derrotado e exilado na ilha de Santa Helena. O longa retrata diversos momentos históricos, como a decapitação de Maria Antonieta até a invasão do Egito, quando permitiu que seus exércitos utilizassem as pirâmides de Giza como alvo para treino de pontaria.
Dirigido por Ridley Scott, responsável por produções inesquecíveis ao longo de quase 50 anos de carreira como Alien – O 8° Passageiro (1979), Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), um dos meus filmes favoritos, Thelma & Louise (1991), Gladiador (2000), O Gângster (2007), Perdido em Marte (2015), O Último Duelo (2021) e muitos outros. O diretor constrói épicos como poucos, com grandiosas e impressionantes cenas de batalha. Em Napoleão, a ascensão e queda de Bonaparte nos altos escalões do governo francês é intercalada por importantes conflitos como o cerco de Toulon, as invasões à Rússia e a investida contra os ingleses em Waterloo.
O roteiro de David Scarpa traz um protagonista nostálgico, constantemente avaliador da própria vida, narrador de cartas sentimentais e dependente emocionalmente da esposa. Tecnicamente excelente, a fotografia de Dariusz Wolski aposta em sequências que enfatizam paisagens belíssimas e no vermelho-sangue das batalhas. Porém, o filme dilui as competentes cenas de ação em uma montagem confusa, que apresenta a vida de Napoleão de forma apressada e sem o devido contexto.
Com duas horas e meia, já foi anunciado um corte do diretor com 4 horas de duração que será exibido no streaming, o que explica os cortes na edição. Aliás, a trama foi bastante criticada no que diz respeito aos dados históricos retratados no filme, no entanto, a precisão histórica não pareceu uma preocupação para Ridley Scott. Prefiro deixar essa questão para os historiadores, meu assunto aqui é apenas o cinema.
Entre glória e fracasso, Joaquin Phoenix apresenta um homem falho e humano, que, entre estratégias brilhantes contra britânicos e russos, encontrou na esposa o relacionamento que assombrou sua vida. Afinal, o fato de Josephine não conseguir lhe dar um filho, um símbolo da continuidade de um império, desempenhou um papel fundamental na relação entre os dois. A química entre Phoenix e Vanessa Kirby é perfeita, com a atriz roubando a cena e sendo um dos grandes destaques da produção.
“França, exército e Josephine”, foram as últimas palavras proferidas por Napoleão Bonaparte antes de morrer. Possivelmente, as únicas três coisas que amou na vida. O filme faz questão de trazer essa passagem ao término de Napoleão, resumindo a produção nessas três palavras.
Em cartaz, Napoleão retrata o líder e estrategista militar com um olhar nostálgico e humanizado e, portanto, com falhas. Um épico que merece ser visto, preferencialmente, no cinema.
Cultura e entretenimento
Luiz Carlos Freitas lança novo romance: Confissões de um cadáver adiado
Publicado
2 semanas atráson
27/11/23Por
Da Redação
O escritor e jornalista Luiz Carlos Freitas autografa na próxima quinta-feira (30), a partir das 18, na Livraria Mundial, seu novo romance: Confissões de um cadáver adiado. Freitas mergulhou no trabalho durante um ano até bater o ponto final.
O romance tem como ponto de partida e chegada a própria vida do autor, que sobreviveu a uma sentença que parecia de morte.
O prefácio fala por si:
Realidade e ficção na hora da morte Amém!
Sou filho do povo pobre e escravizado, a literatura me libertou e salvou. Perambulei por aqui e ali, encontrei guarida, força e sobrevivência financeira no jornalismo, oásis e alegria no ofício de escrever romances de cunho social, em paralelo, nas horas roubadas ao lazer e ao convívio familiar. Escrever me bastava, ser famoso e ganhar dinheiro não me atraia – expulsar fantasmas íntimos era o objetivo. Até que, no final de abril de 2011, ocorreu o que eu previa desde quando perdi meu pai, em 1973, aos 43 anos, vitimado por câncer no estômago e metástase no fígado.
Eu trabalhava na conclusão do romance MoriMundo e, em função de desconforto gástrico, fui me consultar. Desconfiança do médico, endoscopia, diagnóstico de enfermidade anunciada: tumor maligno de 2,5 cm (a mesma doença paterna) no Piloro (parte do estômago). Solução? Cirurgia. Pra ontem! Fui operado dia 13 de maio de 2011. Tudo certo! Extraíram o tumor e parte do estômago – deram-me como curado. Milagrosamente. Sem metástases. Tirei o prêmio da Mega Sena. Hurras! Vivas! Safei-me. Em julho dispensei o auxílio-saúde do INSS, voltei ao trabalho e à conclusão do MoriMundo, com a responsa de retornar a consultar-me com o oncologista em novembro, já com a tomografia em mãos.

Terminei o livro e o publiquei em setembro daquele ano. Ufa! Em novembro fiz a “Tomo” e me apresentei ao médico, pacificado, tranquilo, sem nada a temer. Choque! De alta voltagem! O cara leu o laudo do exame e me disse na lata: Problemas! Novo tumor no estômago, outro no pâncreas, um terceiro no baço e necrose no fígado. Puta… Balancei. No pâncreas! Tremi, me senti mal, meu mundo caiu, pensei: É o fim, prezado Freitas. Deu pra ti, camarada! O que temia há 40 anos se tornou realidade. Dei um tempo. Recuperei-me. E perguntei ao oncologista: Quanto tempo de vida? Entre seis meses e dois anos! Respondeu na hora, insensível e habituado às dores alheias. O que devo fazer? Extirpar os tumores por meio de cirurgia, a fim, talvez, de prolongar a vida, respondeu: Tchau e benção!
Dei entrada ao hospital dia 1º de janeiro de 2012, com cirurgia marcada para a manhã seguinte. No íntimo se digladiavam a esperança, a desesperança, o medo e um vago sentimento de aceitação do inevitável. Fiquei novehoras na mesa de cirurgia. Extraíram o tumor e o que restava do estômago, a cauda e a cabeça do pâncreas, o baço, e rasparam a necrose do fígado. Acordei e percebi que continuava no mundo dos vivos. Por pouco tempo. Deu rolo. Intercorrências nas cirurgias. Abriram-me mais cinco vezes consecutivas e instalaram um dreno no fígado para filtrar o excesso de bílis. Fui indo, dois, três dias… Bactéria estava à toa na vida e decidiu infectar-me.
Peguei infecção hospitalar das bravas. Dê-lhe litros de antibiótico e parará. A coisa piorou, choque séptico, falência de órgãos múltiplos… Adeus mundo! Quinze dias em coma! Caixão e sepultura prontos, família conformada, médicos nem aí para mais um caso perdido (aqui é força de expressão, “licença poética”). Acordei! Vi três rostos em forma de santa – não lembro a ordem: minha mãe, minha companheira, minha irmã caçula. Acordei do coma para espanto geral – milagre! –, permaneci três meses no hospital, perdi 30 quilos, voltei pra casa – milagre! A enfermidade foi superada, estou limpo há 11 anos e 25 dias, completados hoje, 26 de setembro de 2023. Não tenho estômago, partes do pâncreas, o baço, a vesícula, a aparência e a energia de outrora…
Nesses quase 12 anos de recuperação física e mental, ganhei sobrevida, 15 quilos (meu peso oscila entre 52 e 55 Kg), paz, tranquilidade, tempo para escrever, certa lucidez, aposentadoria por invalidez, uma coluna política três vezes por semana no centenário Diário Popular (desde 2014 até dezembro de 2020), e uma vida praticamente normal – sem sequelas graves. Ainda que sobre mim paire a sombra do medo da recidiva. Entre 2014 e 2015 escrevi o romance Homo Perturbatus, publicado em 2016, reeditei Amáveis inimigos íntimos, em 2017, Odeio muito tudo isso, em 2019, e publiquei o romance Ninguém em 2020. Enquanto isso, Confissões de um cadáver adiado maturava na mente e no espírito, à minha revelia, esperando o momento certo para vir à luz. Comecei a escrevê-lo em maio de 2022, após necessária visita à aldeia Campelo, no Norte de Portugal, onde nasceram meus avôs paternos. Concluí a obra em março de 2023. Foi doloroso reabrir velhas feridas, descobrir outras, furtivas. Às vezes, chorava e lamentava meus erros, geralmente a melancolia, a nostalgia e a culpa ditaram o ritmo e as palavras. Fui em frente!
Confissões de um cadáver adiado não é um manual de superação da enfermidade – longe disso. Mas é testemunho inequívoco de que o diagnóstico de câncer – mesmo os considerados irremediáveis – já não é sinônimo de finitude. Tampouco tem a pretensão de “colonizar” o outro, como diz Saramago. O objetivo da obra é compartilhar experiências, plantar esperança, mostrar a ambiguidade, a imperfeição e a mesquinhez do ser. Há outros. Diversos. Descubra-os!

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viniciushax
11/03/23 at 13:58
Feliz dos visitantes que puderam contar com a tua visita e nós, os leitores, que pudemos nos deleitar com essa pequena pérola em forma de texto.
Obrigado Rubens e parabéns pela habilidade que tens com as palavras.
Abraço!
Rubens Spanier Amador
11/03/23 at 14:33
Obrigado, meu amigo. Tu és meu amigo para sempre! Um abração, grato pelas palavras.