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“Há casos isolados. Não há uma cultura de corrupção, não há quadrilha”, diz secretário da Assistência Social

Ontem quinta (18) o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, esteve na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, respondendo a perguntas de vereadores sobre possíveis irregularidades na pasta denunciadas pelo vereador Cauê Fuhro Souto. Tiago disse que “são casos isolados e que não há uma cultura de corrupção na pasta”. Durante seu depoimento, várias vezes procurou isentar o governo.

“Não há quadrilha, não há corrupção endêmica. Está sendo investigado o roubo, a apropriação indevida por um servidor de carreira de recursos (desviados de beneficiários do Serviço de Prestação Continuada). Recebemos essa denúncia em agosto e logo a levamos à Procuradoria do Município e ao Ministério Público. No nosso entendimento, tomamos todas as medidas que cabiam”, disse Bündchen.

O caso isolado a que ele se refere é o do servidor Juliano Soares Nunes. Há pouco Nunes recebeu em casa a visita do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. O Gaeco fez buscas na casa e apreendeu materiais.

Bündchen contou que Nunes tinha função gratificada e que ele havia sido indicado para a função de “diretor de alta complexidade”, por indicação política do PSD e do vereador Carlos Júnior.

Em seu depoimento, Bunchen repetiu uma frase da prefeita Paula: “O governo não tem nenhum tipo de compromisso com nada de errado”.

O secretário negou ainda que haja um esquema irregular de pagamento de horas extras “Não há. Se eu tomar conhecimento de uma coisa dessa, corrige e pune quem tiver que punir”.

O vereador Cesar Brizolara, porém, insistiu na necessidade de instalar uma CPI para apurar problemas na Secretaria de Assistência Social. “Não tem outro caminho, porque há outras denúncias, como a de que o chefe de gabinete da Secretaria entrega sacolas… e faz outras atividades que não são suas funções”, disse.

A Câmara toca duas CPIs hoje, a do Pronto Socorro e a da CEEE Equatorial. O regimento interno da Câmara permite três CPIs simultâneas, mas o presidente da Casa, Anderson Garcia (PSD), alega que a Lei Orgânica do Município se sobrepõe ao regimento e limita o número de CPIs simultâneas a duas.

Prevalecendo a posição de Garcia, a aprovação da CPI da Equatorial inviabilizou a CPI da Assistência Social, mais importante para a cidade, por seu caráter local. A impressão que ficou é de que aprovaram a CPI da Equatorial para inviabilizar a CPI da Assistência Social, que seria muito mais incômoda à prefeitura, que já responde na CPI do Pronto Socorro.

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