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Opinião

Sobre a denúncia do vereador Cauê

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Vereador Cauê Fuhro Souto denunciou que há servidores da Secretaria de Assistência Social que, segundo ele, registram ponto, mas não dão expediente na prefeitura. Trabalhariam em outros locais. Supondo que seja verdade… (ainda não se sabe 100%), vem ao caso uma experiência real feita por cientistas com dois macacos.

Eles deram uma uva para cada macaco e os dois comeram a sua uva. Deram cinco uvas para cada macaco e cada um comeu a sua cota. Por fim, deram nove uvas a um macaco e uma uva a outro. O macaco a quem deram uma uva recusou-a, não quis comê-la.

Os cientistas concluíram que mesmo macacos possuem “senso de impessoalidade”, ou seja, gostam de ser tratados com justiça, Tratados com equivalência ou, pelo menos, sem grandes disparidades.

Macacos, como homens, são gregários, aproximam-se por conchavos, formando grupos (bandos), redes colaborativas, na base do “é dando que se recebe”, um modo de preservação ancestral baseado na retribuição. Ainda assim, exigem impessoalidade no tratamento. Se esta não ocorre, dá origem a ressentimento.

Estão dizendo que quem levou o caso para que o vereador denunciasse foi um servidor de carreira. Não se sabe se foi. Mas faz sentido que tenha sido um servidor o autor da queixa, um que faz jus a salário, ao contrário dos denunciados, que estariam sendo privilegiados por superior hierárquico, por motivo desconhecido. Talvez o MP descubra, se apurar o caso e se confirmar a irregularidade.

Parece um problema (a ver) relacionado à má distribuição de uvas.

Rubens Amador. Jornalista. Editor do Amigos de Pelotas. Ex funcionário do Senado Federal, MEC e Correio Braziliense. Pai do Vitor. Fã de livros, de cinema. E de Liberdade.

Brasil e mundo

Felicidade de “segunda”, não dá mais

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Concordo com Alexandre de Moraes: antes das redes sociais, nós éramos felizes e não sabíamos. Mas éramos felizes no sentido de que uma pessoa ignorante podia ser. Hoje a farsa não convence tão fácil. As vozes se tornaram muito mais plurais, o que é positivo para a sociedade.

A tecnologia levou a percepção de felicidade a um patamar mais elevado. Aumentou a exigência. Ninguém mais se contenta com meias verdades.

Voltar no tempo é impossível, apesar dos esforços nesse sentido. O próprio Lula não entendeu isso, por isso está perdendo popularidade. Perdeu poder de persuasão. Ele e qualquer outro governante.

A própria velha imprensa perdeu poder de persuasão. Está todo mundo vendo o rei nu. Vendo e avisando a este da nudez, em voz alta. A corte toda, que inclui a velha imprensa, está nua. Ouvindo que está nua, mas se fingindo de surda.

A tecnologia muda os comportamentos. Os avanços tecnológicos provocam essas destruições criativas. Assim como foi o canhão que permitiu Napoleão, a internet e as redes sociais estão forjando um cidadão menos distraído, mais atento e engajado. Uma democracia muito mais participativa.

O mundo mudou.

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Opinião

De fato, Pelotas “mudou”

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Às vezes encontro com pessoas que estão voltando a morar em Pelotas. É comum comentarem isso: “Pelotas mudou. Havia uma vibração visível. Tinha uma intelectualidade… hoje não tem mais. O Sete de Abril, mesmo, está fechado… há 14, 13 anos… é isso mesmo?”.

Aqui vão sete coisas que parecem ter mudado a vida em Pelotas. Nem pra pior nem pra melhor. Apenas a vida mudou.

1. Condomínios fechados: as pessoas se preocupam mais com o condomínio do que com o passeio público. Com sua vida em seus espaços fechados ou, se abertos, integrados, como o Parque Una.

2. Alunos da UFPel vêm de fora por causa do Enem. Vão embora nas férias e no fim do curso. Não são daqui. Não chegam a formar um elo emocional forte com a cidade.

3. Professores da UFPel vêm de fora.

4. A cidade se espalhou.

5. A população está envelhecendo.

6. Digitalização da vida, com trabalho remoto.

7. Globalização, compras pela internet, streaming.

O mundo mudou.

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